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Zona Proximal

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Por:   •  9/2/2015  •  2.476 Palavras (10 Páginas)  •  473 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM A ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL.

Nesta perspectiva sócio-interacionista, sócio-cultural ou sócio-histórica, de Vygotsky, a relação entre o desenvolvimento e a aprendizagem esta ligada ao fato do ser humano viver num meio social, sendo este a alavanca para os dois processos.

Entenderemos melhor essa relação ao analisarmos o conceito de zona de desenvolvimento proximal, como lidar com o desenvolvimento natural da criança e estimula- lá através da aprendizagem? Como esta pode ser efetuada de modo a contribuir para o desenvolvimento global da criança?

De acordo com Vygotsky o desenvolvimento principal é o psicológico mental que é promovido pela convivência social, pelo processo de socialização , além das maturações orgânicas , depende da aprendizagem na medida em que se dá por processos de internalização de conceitos, que são promovidos pela aprendizagem social, principalmente aquela planejada no meio escolar ou seja para Vygotsky, não é suficiente ter todo aparato biológico da espécie para realizar uma tarefa se o individuo não participa de ambientes e práticas especificas que propiciem esta aprendizagem. Não podemos pensar que a criança se vai desenvolver com o tempo, pois esta não tem, por si só, instrumentos para percorrer sozinha o caminho do desenvolvimento, que dependerá das suas aprendizagens mediante as experiências a que foi exposta. Neste modelo, o sujeito no caso, a criança é reconhecida como ser pensante, capaz de vincular a sua ação à representação de mundo que constitui a sua cultura, sendo a escola um espaço e um tempo onde este processo é vivenciado onde o processo de ensino- aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos.

Para Vygotsky a zona de desenvolvimento proximal (ZDP), é a distância entre o nível de desenvolvimento real da criança, determinado pela sua capacidade de resolver problemas de forma independente, e o seu nível de desenvolvimento proximal, demarcado pela capacidade de solucionar problemas com a ajuda de um parceiro mais experiente.

São as aprendizagens que ocorrem na ZDP que fazem com que a criança se desenvolva ainda mais conseguindo superar-se. È justamente nesta zona de desenvolvimento proximal que a aprendizagem mais significativa vai ocorrer, a função de um educador escolar, por exemplo, seria de favorecer esta aprendizagem, servindo de medidor entre a criança e o mundo, como foi destacado anteriormente, é no âmago das interações no interior do coletivo, das relações com o outro, que a criança terá condições de construir as suas próprias estruturas psicológicas. É assim que as crianças, possuindo habilidades parciais, as desenvolvem com a ajuda de parceiros mais habilitados (mediadores) até que tais habilidades passem de parciais a totais, temos que trabalhar, portanto, com a estimativa das potencialidades da criança, potencialidades estas que, para tornarem-se desenvolvimento efetivo, exigem que o processo de aprendizagem, os mediadores e as ferramentas de aprendizagem estejam integrados num ambiente adequado. Temos, portanto, uma interação entre desenvolvimento e aprendizagem, que se dá da seguinte maneira, num contexto cultural, com aparato biológico básico que lhe dá a capacidade para interagir com os outros, o indivíduo desenvolve-se movido por mecanismos de aprendizagem provocados por mediadores.

PENSAMENTO E LINGUAGEM.

A linguagem é antes de tudo social. Portanto, sua função inicial é a comunicação, expressão e compreensão, essa função comunicativa e esta estreitamente combinada com o pensamento.

A comunicação é uma espécie de função básica porque permite a interação social e ao mesmo tempo, organizar o pensamento para Vygotsky, a aquisição da linguagem passa três fases: a linguagem social, que seria esta que tem por função denominar e comunicar, e seria a primeira linguagem que surge, depois teríamos a linguagem egocêntrica e a linguagem anterior, intimamente ligada ao pensamento.

A LINGUAGEM EGOCENTRICA

A progressão da fala social para fala interna, ou seja, o processamento de perguntas e respostas dentro de nós mesmos o que estaria bem próximo do pensamento, representa a transição da função comunicativa para a função intelectual, nesta transição, surge a chamada fala egocêntrica, trata-se da fala que a criança emite para si mesma, em voz baixa, enquanto esta concentrada em alguma atividade, esta fala além de acompanhar a atividade infantil, é um instrumento para pensar em sentido escrito, isto é, planear uma resolução para a tarefa durante a atividade na qual a criança esta entretida.

A fala egocêntrica constitui uma linguagem para a pessoa mesma, e não uma linguagem social, com funções de comunicação e interação, esse “falar sozinho” é essencial porque ajuda a organizar melhor as ideias e a planejar melhor as ações, é como se a criança precisasse de falar para resolver um problema que, nós adultos, resolveríamos apenas no plano do pensamento raciocínio. Uma contribuição importante de Vygotsky e seus colaboradores, descrita no livro pensamento e linguagem é o fato de que, por volta dos dois anos de idade, o desenvolvimento do pensamento e da linguagem que até então eram estudados em separado se fundem, criando uma nova forma de comportamento.

Este momento crucial, quando a linguagem começa a servir o intelecto e os pensamentos começam a realizar-se a fase da fala egocêntrica é marcado pela curiosidade da criança pelas palavras, por perguntas acerca de todas as coisas novas (“o que isso?”) e pelo enriquecimento do vocabulário.

O declínio da vocalização egocêntrica é sinal de que a criança progressivamente se abstrai do som, adquirindo capacidade de “pensar as palavras”, sem precisar de dizê-las, ai esta a entrar na fase do discurso interior, se durante a fase da fala egocêntrica houver algumas deficiência de elementos e processos de interação social, qualquer fator que aumente o isolamento da criança, iremos perceber que seu discurso egocêntrico aumentara subitamente, isso é importante para o cotidiano dos educadores, pois a atenção a este aspecto poderá permitir-lhe detectar possíveis deficiências no processo de socialização da criança.

DISCURSO INTERIOR E PENSAMENTO

O discurso interior é uma fase posterior em relação á fala egocêntrica, é quando as palavras passam a ser pensadas, sem que necessariamente sejam faladas, é um pensamento expresso em palavras. Já o pensamento propriamente dito é um plano mais profundo do discurso interior, que tem por função criar conexões e resolver problemas, o que não é, necessariamente, feito

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