A Gestão, Dimensões e Aplicabilidade Técnico-Operativa

TRABALHO PROFISSIONAL

Gestão, dimensões e aplicabilidade técnico-operativa.

Eduardo José dos Santos

Tutora: Sara Alves Raquel

1. INTRODUÇÃO

         O profissional do Serviço Social é aquele que, ao longo dos anos, trabalha no enfrentamento das diversas expressões da questão social. Sua atuação desenvolve-se na diferença de classes, ao qual se torna mediador entre ambas as partes. Diante disto, suas ações movem-se dentro das suas competências teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política. Dessa forma utiliza-se uma estrutura instrumental para se posicionar perante a realidade com atitude investigativa e analítica, respondendo as demandas sociais, possibilitando o acesso aos direitos sociais e proporcionando a transformação social.

      Com o passar dos tempos muitas transformações ocorreram, com isso se fez necessário uma demanda em busca de novas habilidades e competências, impulsionando a formação do Assistente Social, para seguir uma atuação diferenciada.

      O Principal objetivo deste trabalho é a contribuição para uma reflexão crítica sobre o modo de pensar e agir do profissional de Serviço Social na atualidade, tendo como referencia maior o  projeto ético-político profissional do Serviço Social, onde permite revelar a essência do novo, trazendo novas possibilidades e novas investigações, sem naturalizar a realidade e em busca de defender a liberdade dos sujeitos sociais.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

         De acordo com as pesquisas, nota-se que o Serviço Social é uma profissão dinâmica, e cabe ao profissional modificar a sua forma de atuação. É de extrema importância o acompanhamento nos movimentos da sociedade e de suas mudanças, sempre buscar visualizar os novos espaços e ter a possibilidade de interferir sobre uma realidade social concreta.

      De certa forma, está vinculada a transformação na qual a sociedade vem enfrentando, e com isso, o projeto ético-político assegura a teoria critica como fundamento para a ação do profissional. Assim, encontram-se novas exigências que possibilitam as novas descobertas, sem naturalizar o real.  

         “O projeto ético-político pressupõe uma prática que leve a transitar do reino das necessidades para o da liberdade, pressupõe também a capacidade de o homem criar valores, escolher alternativas e ser reconhecido como cidadão (BATTINI, 2008).”

         De certa forma, o projeto ético político do Serviço Social brasileiro está completamente vinculado a um projeto de transformação da sociedade, é bem claro e compreensível quanto aos seus compromissos.

         Tem em seu núcleo o reconhecimento da liberdade como valor ético central – a liberdade concebida historicamente, como possibilidade de escolher entre alternativas concretas, daí um compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais. Consequentemente, o projeto profissional vinculasse a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero. (NETTO, 1999, p. 104).

 No referente à gestão como instrumento de trabalho do assistente social, Souza Filho e Gurgel (2016, p. 72) salientam que:

“A finalidade da gestão democrática deve transformar as condições de vida das classes subalternas, aprofundando e universalização dos direitos civis políticos e sociais, visando contribuir com a separação da ordem do capital.

                                                Uma finalidade que aponte para intervenção imediata visando à expansão da                                  emancipação política na perspectiva de contribuir com a luta pela construção da emancipação humana.”

   Magalhães (2003, p. 69) diz que o cotidiano do trabalho “deve ser vivenciado de modo pleno, consciente e compromissado (política e eticamente), para que a ação profissional se apresente como uma possibilidade, não de alienação, mas de construção de valores que deem sentido ético-político à história profissional”.

   O projeto ético-político junto ao Serviço Social significa que a profissão rompe com a identidade conservadora, com a ética da isenção, e que está cada vez mais comprometida com os direitos dos sujeitos sociais e com a construção de uma nova sociabilidade, sem discriminação de gênero, raça, etnia, cor, entre outros. Sendo assim, compreender o significado social da profissão na sociedade capitalista clarificar seus objetivos sociais, escolher crítica e adequadamente os meios éticos orientados por um Projeto Crítico implica que os assistentes sociais estão aptos, em termos de possibilidade, a realizar uma intervenção profissional de qualidade, competência e comprometido com valores humanos. (GUERRA, 2007, p.15).

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