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A Saúde da Mulher vítima de Violência Doméstica

Por:   •  6/6/2022  •  Projeto de pesquisa  •  2.610 Palavras (11 Páginas)  •  96 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

SERVIÇO SOCIAL

       Saúde da Mulher vítima de Violência doméstica

Professor Orientador:

São Paulo

   2020

Sumário

  1. –INTRODUÇÃO                                                                             1
  2. – OBJETIVOS                                                                   6

2.1- Objetivo geral                                                           6

2.2- Objetivo específico                                                   6

        3.0 – METODOLOGIA                                                           7

        4.0 – CRONOGRAMA                                                           8        5.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                                   9

Nome do Projeto: Saúde da Mulher vítima de Violência doméstica

Problema: A violência doméstica contra a mulher é vista como uma questão social e histórica, no entanto, vem sendo a cada dia abordada como uma questão de saúde, pois muitos problemas de saúde decorrem deste tipo de violência.

Hipótese: A violência doméstica traz agravos para a saúde física e psicológica das mulheres e sua qualidade de vida.

1.INTRODUÇÃO

A violência é um fenômeno social complexo, multicausal e historicamente produzido, que deve, portanto, ser compreendido nos marcos de relações socioeconômicas, políticas e culturais específicas; estar sempre demarcada no tempo e no espaço. (ANJOS, 2003; PIVA; SEVEREO; DARIANO, 2007)

A Organização Mundial da Saúde (OMS,2002), reconhece a violência como “o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio,contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”, associa intencionalidade com a prática do ato propriamente dito, independentemente do resultado causado. Os incidentes não intencionais – tais como a maioria das lesões de trânsito queimaduras acidentais – estão excluídos da definição (KRUG, et al.,2002).

Teles e Melo (2002) define violência, em seu sentido mais comum, como uso da força física, psicológica ou intelectual para obrigar outra pessoa a fazer algo que não tem vontade, constranger, tolher a liberdade, incomodar e impedir a outra pessoa de manifestar seu desejo e sua vontade sob pena de viver seriamente ameaçada ou até mesmo ser espancada, lesionada ou morta.

Nesse sentido, acredita-se que a definição que mais se encaixa no contexto de violência doméstica é aquela que defende que através da violência procura-se impor superioridade e poder ou obter algo pela agressão, não só física, mas também pela agressão psicológica, dentre outras(GUIMARÃES;PEDROZA,2015).

A partir de uma nova visão sobre direitos humanos e novas formulações de políticas públicas, a Saúde tem se aproximado das políticas que dizem respeito à violência e se preocupado em formular propostas e ações de intervenção na população que sofre de violência doméstica.

A partir de 1994, a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) recomendou, aos países membros, que incluíssem, na suas agendas, o tema da violência e,em 2002 a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou o Relatório Mundial sobre a Violência e Saúde,que ressaltou a necessidade do estabelecimento de ações intersetoriais para este assunto (MINAYO, 2005)

A violência doméstica é um fenômeno cada vez mais comum em nossa sociedade, atingindo mulheres em várias camadas sociais. A violência doméstica não parte somente do companheiro, mas pode advir de qualquer pessoa que tem um laço afetivo com esta mulher vítima da agressão (GUIMARÃES;PEDROZA,2015).

Segundo a Lei Maria da Penha Brasil (2006), a violência não se restringe a relações amorosas e pode haver violência doméstica e familiar independentemente de parentesco.  o agressor pode ser o padrasto/madrasta, sogro/a, cunhado/a ou agregados, desde que a vítima seja uma mulher, em qualquer idade ou classe social.

A violência doméstica é um fenômeno que por séculos vem afetando à vida de muitas mulheres, e, o alto índice dessas agressões, vem se intensificando a cada dia (OMS, 2012). É uma questão preocupante, pois, várias mulheres são agredidas, mortas ou desenvolvem algum tipo de transtorno físico e psicológico por meio deste abuso, desde depressão ao transtorno pós-traumático, dentre outros. A violência afeta desde a percepção da mulher sobre si mesma, desenvolvendo sentimentos de insegurança e impotência, até suas relações com o meio social,que se tornam fragilizadas devido à situação de isolamento, expressas pela falta de apoio de pessoas às quais possa recorrer(NETO et al,2015).

A violência contra a mulher tem recebido crescente atenção e mobilização desde o início dos anos 70. O problema inclui diferentes manifestações, como: assassinatos, estupros, agressões físicas e sexuais, abusos emocionais, prostituição forçada, mutilação genital, violência racial, por causa de dote ou por opção sexual. A violência pode ser cometida por diversos perpetradores: parceiros, familiares, conhecidos, estranhos ou agentes do Estado (SEGATO,2006).

 No Brasil, nos últimos 20 anos, foram criados serviços voltados para a questão, como as delegacias de defesa da mulher, as casas-abrigo e os centros de referência multiprofissionais que têm enfocado, principalmente, a violência física e sexual cometida por parceiros e ex-parceiros sexuais da mulher (BRASIL, 2004) Na última década, foram criados os serviços de atenção à violência sexual para a prevenção e profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis (DST), de gravidez indesejada e para realização de aborto legal, quando for o caso (BRASIL, 2012)

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