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As Diferentes perspectivas éticas em Serviço Social

Por:   •  28/5/2017  •  Resenha  •  622 Palavras (3 Páginas)  •  236 Visualizações

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Disciplina: Ética em Serviço Social

Nome: Déborah Andrade

Professora: Rosa Predes

26 de setembro/2016

O livro “ética e práxis profissional” trata-se do segundo caderno do curso de capacitação Ética para agentes multiplicadores, escrito por Cristina Brites e Mione Apolinário Sales. De maneira muito didática, por meio das personagens Zezé e Antonieta, as autoras buscam nos mostrar o percurso das perspectivas éticas formadas na história do Serviço Social e os objetivos de atuação do profissional na sociedade, por meio dessas diferentes perspectivas. São elas: Conservadorismo tradicional, conservadorismo moderno e renovação crítica.

A unidade 3 do livro diz respeito a perspectiva conservadora do serviço social, aquele serviço social tradicional. O conservadorismo tradicional, diz respeito ao momento inicial da institucionalização do serviço social enquanto profissão e os primeiros códigos de ética (documento de 1947 e código de ética de 1965). No início, a profissão assumiu um caráter social e isso impedia uma visão crítica. Os fundamentos filosóficos doutrina social da igreja (neotomismo); os conteúdos ideológicos (pensamento conservador) e a perspectiva hegemônica das ciências sociais (positivismo), eram os fundamentos teóricos do serviço social. Elementos como: tradição, autoridade, corporativismo, simbolismo religioso e família, eram supervalorizados. A profissão, ligada à igreja, não era laica. O indivíduo era relacionado ao transcendental, um ser superior, e não deveria questionar os motivos do seu pauperismo. Essa perspectiva é abstrata e a-histórica e defende uma liberdade simbólica. A prática profissional era vista como caridade, e os problemas sociais eram vistos como de cunho moral. O desajuste não estava na sociedade, mas, no indivíduo. A dimensão ético-política da prática profissional era aliada a necessidade de legitimar a face humanitária do Estado e do empresariado. As assistentes sociais (sim, obrigatoriamente mulheres) possuíam um perfil: deviam ser cristãs, de família tradicional e etc, e eram vistas como “moças boazinhas que são pagas para ter pena dos pobres”. O serviço social não era encarado enquanto profissão, mas, como ajuda.

A unidade 4, no mostra uma segunda perspectiva ética do Serviço Social. O conservadorismo moderno se refere a um segundo momento da profissão. A partir da década de 90 a profissão passa por um período de renovação, entretanto, mantém-se a tradicional defesa do conceito de liberdade pela ótica burguesa (O homem é dono do seu destino, o que reforça a defesa da propriedade privada). Uma das semelhanças com a perspectiva anterior é que ambas são a-históricas, e afirmam direitos individuais. A principal diferença entre essa perspectiva moderna e o conservadorismo tradicional é a laicização da profissão, onde o indivíduo é desvinculado do transcendental. Nessa perspectiva ética, a prática do assistente social se limita ao cumprimento da demanda em que lhe foi atribuída. Cabe ao serviço social apenas reforçar a ordem e reafirmar a autoridade do estado.  

Os valores emancipatórios presentes na renovação crítica do Serviço Social, são aqueles em que estamos ligados atualmente. Essa perspectiva se assemelha pouquíssimo com as anteriores. Ela é histórica e desvinculada de autoridades divinas, reconhece elementos como: luta de classes, exploração da força de trabalho, mais valia, pauperismo e etc, e encarra os usuários não como seres desajustados, mas, como sujeitos de direitos. Nesse momento, o profissional pode posicionar-se a favor da classe trabalhadora.

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