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Atividade Prática Supervisionada de Psicologia

Por:   •  1/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.376 Palavras (10 Páginas)  •  157 Visualizações

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UNIVERSIDADE EDUCACIONAL-UNIDERP

ANHANGUERA EDUCACIONAL DE PORTO ALEGRE

SERVIÇO SOCIAL Grupo F

*Deborah Maria Ribas Santos-RA 8323771602

*Lorena Machado-RA 9937026086

*Maria Andréia Rossato Godoy-RA 7302512756

*Luciane Welausen-RA 7989741134

*Mara Souza-RA 8307764413

Atividade Prática Supervisionada de Psicologia

Profa.: Helenrose A da S Pedroso Coelho

Porto Alegre, 26 de abril de 2014.

Psicologia – Etapa 1 Passo 3

Segundo o texto, podemos perceber que a humilhação social caracteriza-se pela focalização da subjetividade no homem separado, ou seja, um caso particularmente doloroso de angústia, um afeto mórbido, advindo da exposição do homem pobre diante de sua inferioridade social.O sentimento da dignidade humana parece se desfazer chegando a humilhação crônica, longamente sofrida pelos pobres e seus descendentes, sendo efeito da desigualdade política, o sentimento da dignidade humana pareceu desfeito, deixa de ser espontâneo. É preciso um esforço para mantê-lo, um esforço nem sempre eficaz para o humilhado.No humilhado a submissão é que se torna espontânea, como tal trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e político. O humilhado atravessa uma situação de impedimentos para sua humanidade, uma situação que ele conhece em si mesmo em seu corpo, em seus gestos, em sua imaginação, e também reconhecível em seu mundo, em seu trabalho e mesmo onde reside.

No que se refere ao comentário “aqui você tem que trabalhar porque tudo depende do trabalho , aqui em São Paulo você não tem da onde adquirir nada, nem para comer, nem para nada”. Nessa queixa Gerônimo refere-se, ao mal estar na cidade capitalista, que tudo é movido através do dinheiro, desabafa o frentista Gerônimo, pois as relações sociais estão despersonalizadas, refreando a personalidade para o âmbito privado da família, toda e qualquer aquisição foi transformada em moeda. Em seu depoimento o trabalhador não deixava dúvida sobre a exploração já conhecida. Quando a trabalhadora refere-se a “se a gente tivesse condições de pagar um médico particular, a gente não ia correr ao INPS”, mas com o salário que a gente ganha, hoje em dia tem que correr... o tema da saúde é recorrente no depoimento dos trabalhadores. A saúde é virtual corporal por excelência.

A vida em sua concreta riqueza de qualidades parece sempre odiada para depois dos salários, e aí vem a conformidade com o todo, os pobres sofrem freqüentemente o impacto dos maus tratos, psicologicamente sofreu no dia a dia a simples mensagens: “vocês são inferiores”. E o que é profundamente grave a mensagem passa a ser esperada.

Entendemos com tudo isso que devemos assumir a tarefa de superação política e psicológica da humilhação social, tarefa de todos nós, pois com uma fiscalização coletiva mais rígida estaremos superando alguns desses direitos, ou seja, o sentimento de não possuírem direitos de parecerem desprezíveis, como seres que ninguém vê.

A desigualdade social entende-se além do comportamento dos sujeitos das relações estabelecidas, do tratamento que é destinado aos pobres, invisíveis sociais, a desigualdade surge, ramifica-se e permanece na sociedade por fatores concretos. A desigualdade também se dá através da divisão e da ocupação dos espaços habitados por negros pobres e brancos ricos. Uma espécie de “divisão geográfica” da desigualdade. Pensar em uma transformação social é perfilhar idéia como compromisso social, postura crítica. É pensar em uma mudança das condições para uma sociedade que insiste em se manter cega. Mesmo alguns sujeitos que contribuem para a previdência não terão todos os seus direitos assegurados, também são sujeitos que vivem dos favores do resto dos outros.

Se a desigualdade, a humilhação e a invisibilidade pública ainda permanece como tema recorrentes nesta sociedade é porque há um interesse em torno da manutenção deste sistema, não é preciso vivenciar a humilhação para saber que ela existe.

Lendo o texto pudemos entender que a humilhação social, começa pelo seu poder aquisitivo por vezes vale o que se tem, não ficando para trás os verdadeiros valores humanos, chegamos a conclusão de que devemos assumir um compromisso social e questionar o que está colocado como verdade e não aceitando que as coisas são por que são e buscando novas propostas, reinvindicando.

O compromisso social só se define, havendo um engajamento com o contexto social, dessa forma esse compromisso poderá ser verdadeiro de acordo com suas causas finais.

Após lermos e analisarmos o texto, surgiram vários questionamentos com relação as histórias de vida, através dos relatos orais ali observados, qual a pesquisa buscou descrever fenômenos Psicossociais e interpretá-los. Percebemos que o pesquisador entrevistou várias pessoas e a pesquisa encontrou, precisou logo descrever e gradualmente discutir problemas de humilhação social, logo, colocamos em pauta o caso dos garis, homens que se formam historicamente condenados ao rebaixamento social e político, são seres humanos hostilizados e vítimas de preconceito, onde passam por constrangimentos colocando-os como seres inferiores, subjetivamente polarizados entre soberbos e rebaixados, membros de uma classe sofrida que preferem evitar as pessoas com medo de represália e mais humilhações, quando assegura que não se trata simplesmente de humilhação, mas humilhação social: um sofrimento sim, sentido em corpo e alma pessoais, mas um sofrimento político, desaparecimento de um homem no meio de outros homens, no que é resultado de um processo histórico de longa duração, que rebaixa a percepção de outrem,

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