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Capítulo II Protoformas do Serviço Social

Por:   •  22/1/2017  •  Resenha  •  710 Palavras (3 Páginas)  •  4.989 Visualizações

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Capítulo II - Protoformas do Serviço Social

  1. Grupos Pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social

Obras de caridade sustentadas pelo clero e leigos possuem uma longa história, datando desde o período colonial. Bem como, a tentativa de intervenção e controle da classe proletária, que é datada desde as grandes ondas imigratórias que começaram com os italianos desembarcando no o Brasil para substituir a mão de obra escrava.

        Já a atuação do clero no controle dos operários da indústria datam desde o surgimento das primeiras grandes indústrias, no fim do século XIX. A presença de religiosos é marcante no interior desses centros industriais. Neles era possível encontrar capelas próprias onde os operários eram obrigados a assistir missas e outras liturgias. No âmbito sindical, com suporte patronal, são criadas iniciativas de cunho assistencial e organizacional que pretendiam contrapor-se ao sindicalismo autônomo que se inspiravam em ideias anarquistas.

Vale ressaltar que o que poderia ser entendido como protoformas do Serviço Social, como entendemos hoje, possui a sua base em obras que começaram a surgir só após o fim da Primeira Guerra Mundial.

No contexto internacional, o surgimento da primeira nação socialista (antiga União Soviética – URSS) e a efervescência do movimento popular operário em toda a Europa caracterizam o cenário de surgimento e multiplicação das primeiras escolas de Serviço Social naquele continente. Já no contexto interno, devido as manifestações operárias que datam de 1917 a 1921 vem à tona para a sociedade a “questão social”, bem como a necessidade de solucioná-la ou então, pelo menos, minorá-la.

É diante desse quadro que surgem instituições assistenciais como a Associação das Senhoras Brasileiras, no Rio de Janeiro, em 1920 e a Liga das Senhoras Católicas, em São Paulo no ano de 1923. Estas instituições possuem colaboração em recursos e em potencial de contatos a nível de Estado que acabaram por auxiliar na organização de obras assitencialistas de maior proprorção e eficiência.

O surgimento dessas instituições está inserido na primeira fase do movimento de reação católica, bem como, na divulgação do pensamento social da Igreja e na formação das bases do apostolado laico. Os seus objetivos não estão relacionados diretamente à ajuda aos miseráveis daquela época, mas sim, já incorporando um caráter assistencialista preventivo e de apostolado social, responder e aliviar as demandas sociais vindas com o desenvolvimento e fixação do capitalismo.

Em 1922 é fundada a Confederação Católica (antecessora da Ação Católica) que tinha como objetivo centralizar politicamente e dinamizar essa gênese de apostolado laico.

É importante salientar que, apesar de essas instituições e obras possuírem uma ação limitada, de conteúdo assistencial e paternalista, será com o gradual desenvolvimento delas que se constituirão as bases para, a partir dos anos de 1930, a expansão da Ação Social e o surgimento das primeiras escolas de Serviço Social.

1.1 O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo e a Necessidade de uma Formação Técnica Especializada para a Prestação de Assistência

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