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Cuidar no Domicílio: Entre a família e o SAD

Por:   •  17/3/2019  •  Tese  •  18.202 Palavras (73 Páginas)  •  96 Visualizações

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Sílvia Cristina Ferreira Moreira 

Cuidar no Domicílio: Entre a Família e o Serviço de Apoio Domiciliário 

Dissertação a apresentar ao Instituto Superior de Serviço Social do Porto para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social, realizada sob a orientação científica do Professor Doutor Oscar Manuel Soares Ribeiro.


AGRADECIMENTOS

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Os meus agradecimentos são dirigidos a todas as pessoas que tornaram possível a realização desta tese.

Ao Professor Doutor Oscar Ribeiro, orientador científico da tese, um agradecimento especial pela disponibilidade, competência, transmissão de úteis ensinamentos, motivação e amizade que sempre manifestou. Pelo acesso que me facilitou a uma pesquisa mais alargada e enriquecedora e pela sua crítica sempre tão atempada como construtiva.

Aos Dirigentes e Técnicos da Santa Casa da Misericórdia de Vizela e do Centro Social e Paroquial de São Miguel e aos cuidadores dos utentes que frequentam o Serviço de Apoio Domiciliário dessas Instituições, cuja contribuição foi valiosa na fase de recolha de dados.

Às minhas amigas e colegas da Santa Casa da Misericórdia de Vizela pelo companheirismo e encorajamento constantes.

E, por fim, à minha família, em especial aos meus filhos, Francisco e Afonso, ao meu marido, aos meus pais e tia, cujo apoio incondicional e estímulo constante foi fundamental para a concretização deste meu trabalho.

A todos o meu profundo agradecimento!


PALAVRAS – CHAVE:

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Idosos; Cuidadores Informais; Cuidadores Formais; Serviço de Apoio Domiciliário

RESUMO:

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A prestação de cuidados no domicílio tem-se revelado uma aposta de futuro ao nível das políticas sociais dirigidas à população idosa. Nesse sentido, torna-se premente reflectir e avaliar este tipo de serviços, considerando o papel assumido pelos agentes prestadores de cuidados que directa e indirectamente nele operam na promoção do bem-estar do idoso dependente. O presente estudo visa compreender o lugar que os familiares ocupam, enquanto cuidadores informais, face ao serviço de apoio domiciliário. Partindo do modelo teórico de Twigg e Atkin (1994; 1995) sobre as possíveis dinâmicas relacionais que estes podem estabelecer com o sistema de cuidados formais (“recurso”, “parceria”, “co-cliente” ou “substituição”), procurou-se, mais especificamente, caracterizar a posição de 42 familiares/cuidadores informais de idosos que beneficiam de serviço de apoio domiciliário, e avaliar o grau de concordância entre os diferentes agentes de cuidados envolvidos (direcção técnica do serviço de apoio domiciliário e ajudantes familiares) relativamente à posição que estes auto-percepcionam. Tendo por base os principais posicionamentos identificados, procurou-se também averiguar possíveis diferenças nas dimensões de sobrecarga, felicidade e satisfação nos cuidados prestados. Os principais resultados apontam para um auto-posicionamento maioritário enquanto “parceiros” ou “substituídos” por parte dos familiares, enquanto os directores técnicos e os ajudantes do SAD os entendem como alguém que “substituem” nas responsabilidades face ao idoso dependente. Os cuidadores informais, de um modo geral, revelam níveis baixos de sobrecarga associada ao cuidar, apresentando, em complementaridade, aspectos positivos (satisfação e felicidade), com os “parceiros” a apresentar maiores níveis de sobrecarga. Os valores de satisfação com o SAD, e independentemente da posição assumida, são globalmente positivos. Os resultados que ressaltam deste estudo revelam-se importantes para delinear novas intervenções ao nível do serviço de apoio domiciliário, e determinam, sobretudo, implicações práticas, particularmente no âmbito da intervenção junto das famílias cuidadoras, que tendem a ser excluídas do processo de planeamento e programação dos cuidados a garantir ao idoso no domicílio.


KEY WORDS:

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Elderly; Informal caregivers; Formal caregivers; Domiciliary Care

ABSTRACT:

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Domiciliary care constitutes a significant source of support for the elderly and plays a pivotal part among the current gerontological social policies. Knowing the role family carers play within such services and the way they can act together for the older person’s well being is presently a prominent research issue. The present study aims at understanding such role and the contours of the relationship established between family and professional carers. Drawing from Twigg and Atkin’s (1994; 1995) typology of caring that conveys the patterning of professionals’ engagement with carers (“carers as resources”, “carers as co-worker”, “carers as co-clients” and “superseded carers”), this study analyzed the perspectives assumed by 42 family/informal carers of dependent older persons who received domiciliary care, and the congruency of their perspectives with that assumed by the professionals who provided the service. It also assessed informal carers’ quality of life (burden and satisfaction with care), happiness and satisfaction with the domiciliary care service. Findings revealed that the primary care workers’ understanding of family carers’ needs and circumstances fitted best with Twigg and Atkin’s models of carers as superseded, while family carers perceived themselves mostly as co-workers or superseded carers. Unsatisfactory inter-rater agreement was found between the agents. In overall, informal carers reveal low levels of burden (higher on those carers self-perceived as co-workers), present positive aspects of care (satisfaction and happiness), and are globally satisfied with the service their care-receivers receive. The author discusses these findings, presents implications for assessment and practice with family carers, and explores the potential relevance of the theoretical model. Some insights on further research on the status of informal carers in domiciliary care is also presented.

SIGLAS:

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SAD – Serviço de Apoio Domiciliário

AVD – Actividades da vida diária

AIVD – Actividades instrumentais da vida diária

IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

LEE – Laboratório de Epidemiologia e Estatística


ÍNDICE:

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INTRODUÇÃO        8

CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO TEÓRICO        13

1. O CUIDADO INFORMAL AO IDOSO NO SISTEMA FAMILIAR        14

2. O LUGAR DO CUIDADOR INFORMAL NO ESTADO-PROVIDÊNCIA        18

2.1. DE “RECURSO” A “CO-CLIENTE”        20

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