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Gestão Do Conhecimento

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Por:   •  9/5/2014  •  7.722 Palavras (31 Páginas)  •  220 Visualizações

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Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional e Gestão do Conhecimento: Um Estudo de Caso em Instituição de Ensino Superior Privada

ELAINE LIMA DE OLIVEIRA Universidade de São Paulo elaine.oliveira@granbery.edu.br FABÍOLA MACIEL SARUBBI Universidade de São Paulo tibiula@yahoo.com.br HELENA TALITA DANTE CORDEIRO Universidade de São Paulo htalitacordeiro@gmail.com

RESUMO

Cada vez mais as organizações têm reconhecido a importância do capital humano e o gerenciamento do conhecimento para o sucesso competitivo. A consideração do conhecimento como recurso chave para o alcance da vantagem competitiva faz com que a gestão do conhecimento apareça como nexo fundamental entre a gestão de pessoas e a aprendizagem organizacional. Uma vez que as organizações aprendem por meio de seus membros individuais, torna-se fundamental a compreensão da aprendizagem organizacional e da gestão de pessoas para estimular e gerenciar este aprendizado. O presente artigo tem como objetivo analisar a integração e conexão entre GP-Gestão de Pessoas, GC-Gestão do Conhecimento e AO-Aprendizagem Organizacional a partir do modelo proposto por OLTRA (2003;2005), aplicando este modelo em um estudo de caso realizado em IES-Instituição de Ensino Superior escolhida pelo critério de conveniência e também pelo interesse em se estudar a gestão do conhecimento em uma organização cujo produto final é o próprio conhecimento. Foram levantados dados secundários por meio de análise documental e primários obtidos em entrevista com a Pró-Reitora da IES. Identificou-se que o modelo proposto por OLTRA (2003;2005) contribui para a identificação e explicação dos motivadores, fatores críticos e boas práticas de GP alinhadas à GC e AO. A partir da decisão estratégica de se tornar uma comunidade aprendente e de gerir o conhecimento dentro da IES, diversas práticas foram implementadas tanto de aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento como de gestão de pessoas. O alinhamento dessas práticas e a implementação de práticas de GP para a GC geraram mudanças em direção aos objetivos estratégicos da IES.

Palavras-Chave: Gestão de Pessoas, Gestão do Conhecimento, Aprendizagem Organizacional.

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1. INTRODUÇÃO

Ao olhar a sociedade contemporânea, verifica-se claramente que uma de suas principais características está centrada no papel do conhecimento sobre os processos de produção, empregando-se a esta sociedade a definição de sociedade do conhecimento para explicar o momento vivido. Sob este enfoque, é possível verificar a emergência de um novo paradigma econômico e produtivo no qual o fator mais importante deixa de ser a disponibilidade de capital, trabalho, matérias-primas ou energia, passando a ser o uso intensivo de conhecimento e informação (Bernheim e Chauí, 2003). Neste contexto, destaca-se a crescente popularidade da aprendizagem organizacional nos estudos e na literatura atual, sendo que o conceito ganha notoriedade a partir da década de 90, período em que a preocupação em favorecer aprendizagens resulta do ambiente competitivo onde a inovação em produtos e processos são nucleares na sobrevivência das organizações (Antonello, 2005). Para Kim (1998), é possível pensar na aprendizagem organizacional como uma metáfora derivada da compreensão de aprendizagem individual, ou seja, as organizações aprendem por meio de seus membros individuais, o que torna fundamental a compreensão das teorias de aprendizagem individual. Porém, assim como este tipo de aprendizagem vem sendo estudado exaustivamente sem ter esgotado completamente a compreensão do funcionamento da mente humana, também a teoria da aprendizagem organizacional é apresentada pelo autor, como em estágio embrionário. Sob esta perspectiva de que a aprendizagem organizacional passa inicialmente pela aprendizagem individual revela-se a importância de que a Gestão de Pessoas seja um processo estratégico, dotado de práticas que privilegiem a aprendizagem organizacional e a gestão do conhecimento com foco na melhoria da capacidade competitiva da organização mediante as turbulências enfrentadas. A Instituição de Ensino Superior (IES), neste caso, uma Universidade, é uma organização que, de um lado e por sua própria natureza, constrói e dissemina conhecimento, e de outro não pode deixar de atentar para as relações de troca que estabelece com o seu ambiente externo e interno. Nesse sentido, este estudo procurou identificar como são estabelecidas as relações entre os processos de gestão de pessoas, de aprendizagem organizacional e de gestão do conhecimento na IES estudada? O quanto estes três campos estão integrados, possuem elementos comuns e são assim suscetíveis ao enriquecimento mútuo sinérgico, dentro do ambiente educacional, a partir do modelo proposto por OLTRA (2003;2005)? Em sua contribuição prática, o presente artigo apresenta a observação da realidade, por meio de um estudo de caso realizado em uma Universidade Particular, que implantou práticas de gestão de pessoas e de aprendizagem organizacional/gestão do conhecimento no ano de 2008, verificando-se como essas práticas adotadas estão inter-relacionadas entre si, com base no modelo proposto por Oltra (2003, 2005), fundamentando-se ainda por outros autores seminais dos campos do conhecimento acima citados.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS De acordo com Fischer (2002), Gestão de Pessoas significa orientação e direcionamento do agregado de interações humanas que acontecem dentro de uma organização. O autor reforça ainda que a adoção da expressão gestão de pessoas não é feita apenas com o objetivo de substituir a então desgastada noção de administração de recursos humanos.

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Segundo o autor, seu uso procura ressaltar o caráter da ação – a gestão e seu foco de atenção: as pessoas (p.31). Ele admite que embora ambos os conceitos – administração e gestão – sejam utilizados como sinônimos, gestão é considerada uma ação onde há menor grau de previsibilidade do resultado a ser gerido. Já a palavra pessoas vem substituir a de recursos à medida em que o papel do ser humano no trabalho transformou-se nas últimas três décadas e suas características mais voltadas ao saber, à intuição e à criatividade são reconhecidas como fundamentais para a melhoria dos resultados organizacionais. No que tange a nomenclatura “Gestão de Pessoas” para autores internacionais, a maioria das bibliografias consultadas utiliza o termo “Human

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