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MOVIMENTOS IDENTITÁRIOS E CULTURAIS: GÊNERO, ETNIA, GERAÇÕES

Por:   •  11/9/2015  •  Resenha  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  2.834 Visualizações

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FERNANDA ALVES LIMA RODRIGUES

MARIA JUSSILENE SANTOS LEITE

VERA LÚCIA DE SOUZA FERREIRA

MOVIMENTOS IDENTITÁRIOS E CULTURAIS

Aracaju

2014

MOVIMENTOS IDENTITÁRIOS E CULTURAIS: GÊNERO, ETNIA, GERAÇÕES

O movimento de gênero, afro-brasileiro e o movimento indígena, movimentos de jovens e idosos etc. são considerados movimentos identitários e culturais porque conferem aos seus participantes uma identidade centrada em fatores biológicos, étnico-raciais, ou geracionais (idade).

Dentre as redes temáticas, os movimentos culturais, identitários são os que mais cresceram a partir dos anos 1990, assim como forma os que mais receberam atenção das ONG’s.

MOVIMENTOS DAS MULHERES

Segundo algumas analistas, entendido com dupla nomenclatura, movimento feminista e de mulheres e sob duas categorias– as feministas que estão envolvidas nos debates e na organização do campo feminista, interferem na política, centradas em campanhas e lutas das mulheres predominante ditas. O debate é recortado de acordo com tendências e correntes. Lutam pelo exercício pleno da democracia numa perspectiva de igualdade e liberdade, como horizonte de ação coletiva.

Já o movimento de mulheres é maior, no entanto quase invisível enquanto movimento. O que tem visibilidade são as demandas da qual são portadoras, demandas que atingem toda população. Tanto no movimento de mulheres como no feminista, são elas que têm ocupado espaço construindo a maioria das ações coletivas públicas.

O conjunto dessas ações une categorias e cria sujeitos sociais que produzem movimentos sociais, entretanto ainda existe a invisibilidade da atuação das mulheres em vários setores inclusive em outros movimentos sociais que s dedicam a outras causas sociais.

No século XIX, as mulheres já buscavam o protagonismo, através de publicações e aparições em mídias conservadoras. Em 1873, o filme “sexo feminino”, naquela época conclamava as mulheres a tomar consciência de sua identidade e direitos, como educação, direito ao voto e abolição da escravatura.

As mulheres como “atrizes principais” das ações coletivas, são também um novo e possível modo de recomposição do mundo. Para Touraine (2007), as mulheres por terem vivido a dominação em suas experiências, poderão vir a ter ações mais gerais, de recomposição de todas as experiências individuais e coletivas.

MOVIMENTO DOS HOMOSSEXUAIS

Este movimento cresceu no Brasil na última década, ganhando impulso nas ruas, mesmo diante de uma sociedade marcada pelo machismo, tornando-se uma novidade histórica. Além de sofrerem discriminação, o movimento sofre também com  criminalização, sendo alvo de atentados a vida, perseguições e mortes por  grupos fascistas e nazistas.

Em 1978, com a criação do grupo “Somos” e do jornal “Lampião da esquina” em São Paulo, é considerado o início da luta política dos homossexuais. No Brasil, sempre em ações articuladas com as lutas feministas e manifestações em outros movimentos sociais. Em 2007, segundo os organizadores, a Parada Nacional do Orgulho LGBT, teve 3 milhões e meio de pessoas, se consolidando como maior expressão do movimento no Brasil.

MOVIMENTOS DE JOVENS

Os jovens geram vários movimentos culturais, especialmente na área da música, enfocando temas de protesto. O rap, o punk, o hip hop, a cultura de rua como o break grafite, ou ser um Dj tem mobilizado mais os jovens em termos de galera do que de movimentos sociais. Ideias de auto realização e contestação estão presentes nesse movimento, que trabalha memórias e representações ao redor da questão do reconhecimento, entendida nos ermos de Honneth (2003), que toma por base, entre outros a dimensão do emocional construída em torno das relações intersubjetivas de reconhecimento mútuo.

A partir desse novo século, o hip hop foi incorporado na agenda das políticas sociais voltadas aos jovens, como um dos projetos sociais prioritários da várias ONG’s. as ações de rua passaram a serem expressões legítimas do uso de uma esfera pública de reconhecimento. Reivindicações estéticas fundiram-se com demandas politicas e ganharam sentido enquanto aspirações de reconhecimento e justiça social. Este processo ocorre, entretanto de forma despolitizada porque ele se faz associado a uma cultura de massa globalizada, que dilui e fragmenta os sujeitos coletivos e suas identidades de classe ou de oprimidos, para glamorizá-los como herdeiros de uma cultura que está sendo valorizada etc.

No Brasil atual, o desenvolvimento de projetos destinados a crianças e adolescentes, ou com jovens constitui a principal frente de atuação das ONG’s, sendo que a dinâmica dessas organizações é entorno do projeto social, diferentemente dos movimentos sociais.

A nova realidade no campo do associativismo onde se localizam as instituições tem um modelo diferente do que ocorreu no Brasil nos anos de 1980, a era movimentalista, dos movimentos sociais. Atualmente mobilizar pessoas envolve não apenas um chamamento para uma ação direta da sua categoria ou classe social, no novo paradigma mobilizar as pessoas deve ser uma tarefa integral: mobilizar corpos, emoções, pensamentos e ação de formar e provocar mudanças nos hábitos e comportamento dos indivíduos.

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