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Texto: Carnaval do Concreto: Blocos Piratas Num Rio de Janeiro em Movimento

Por:   •  12/3/2022  •  Resenha  •  364 Palavras (2 Páginas)  •  154 Visualizações

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Texto: Capítulo 21 - Carnaval do concreto: blocos piratas num Rio de Janeiro em movimento.

Entre 2010 e 2020, diferentes grupos musicais e carnavalescos ocuparam as ruas do Centro do Rio de Janeiro de maneira ativista em velocidades frenéticas promovendo, portanto, a ruptura com o tradicional e dividindo audiências. Enquanto em 2007 obras para os megaeventos (olimpíadas) alteravam paisagens, encareciam aluguéis e estereotipavam a metrópole: blocos não oficiais e festas gratuitas chegavam anos depois na cidade e centros industriais transformados. Francisco Cruces no primeiro capítulo de seu livro nos desvela acerca das novas formas de habitar a cidade que fazem-se necessárias para novas percepções. Esse é o ponto fundamental: as reportagens sobre a cidade e a experiência urbana se entrelaçam (Finnegan, 1998).

O rio - mesmo à um cenário pandêmico - continua em movimento mas, curiosamente, os blocos de rua neste ano não estão autorizados a movimentar-se. No primeiro momento que enxerguei o capítulo, um sentimento de aflição me pairou: nessa época, há dois anos, era possível sentir a potência visual dos blocos piratas (e oficiais) no Centro do Rio.

O texto trata de como o carnaval de rua promove a liberdade corporal e de estereótipos, ocupação de espaços públicos - e, neste ano, 2022, podemos perceber a privatização da rua. Ao mesmo tempo que o carnaval do concreto nos desvela o deslocamento de construções e percursos, neste ano, o carnaval do concreto torna-se, portanto, o carnaval dos que detém a capital.

E, desse modo, mais uma vez em forma de resistência, os cortejos desfilam se posicionando contra a privatização do carnaval de rua. O carnaval foi cancelado em fevereiro, mas blocos clandestinos que desfilaram neste sábado (19) no Centro do Rio. Em uma matéria de repúdio do Jornal Globo a manchete se espalhava: No fim da tarde, no entanto, na mesma região, a TV Globo flagrou um bloco ainda mais cheio e aglomerado. No entanto, no mesmo fim de semana estão ocorrendo inúmeras manifestações privadas que pouco foram abordadas.

O sentimento que o texto me causou no fim das contas é de frustração. Uma vez que manifestações descritas e tão bem realizadas estão sendo impedidas e repudiadas no ano de 2022, inibindo, portanto, a experiência urbana pela cidade.

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