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O Assistência Social

Por:   •  7/9/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  630 Palavras (3 Páginas)  •  141 Visualizações

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Segundo a autora, há uma incompatibilidade entre ética e capitalismo, visto que, não há como a ética ser materializada num sistema tão desigual, excludente e que valoriza a propriedade privada. Isso significa que o individualismo está presente nesse sistema, tornando a materialização da ética um desafio.

De acordo com a teoria marxista, hegemônica no campo do Serviço Social, a sociedade é composta por diversos tipos de contradições. O Serviço Social está imerso em um universo de contradições. A principal delas seria a questão das relações sociais que se apresentarem como relações econômicas, ou seja, decorrem do modo de produção.

Para Marx, as relações de produção são consideradas as mais importantes e consistentes relações sociais. Os valores sociais e culturais, os modelos de família, as leis, a religião, as idéias políticas são aspectos cuja explicação está no colapso de diferentes modos de produção. (ALVES, et. al., 2008).

Sabemos que Marx não se debruçou especificamente sobre o estudo da ética. Mas, há teóricos que digam que todo estudo feito para elaboração de suas análises sobre a sociedade capitalista burguesa em “O Capital” trazem (implicitamente) aspectos sobre a ética e a moral burguesa que podem ser considerados estudos sobre a ética propriamente dita.

O texto de Marx destacado explicita as relações, os valores que norteiam a sociabilidade baseada no consumo, na posse de mercadorias, nas coisas e, nesse sentido, estabelece a possibilidade para que por meio da sua teoria possa ser feita a crítica e a análise concernentes à ética em relação a esses elementos, postos em nossa sociedade, pelo próprio movimento da realidade. (OLIVEIRA, 2014).

Em meio ao Serviço Social, para o aprofundamento da questão da ética na teoria e na prática profissional, foi feita uma apropriação através dos estudos de Barroco (2007), que nos traz a ontologia do ser social baseados no trabalho, como centralidade da ética.

Existem outras categorias que são de extrema importância e são essenciais para o exercício da profissão. Uma delas é a democracia. Nessa categoria há uma ambiguidade: a democracia teve origem Grécia e se caracterizava como o governo do povo, pelo povo e para o povo. Mas não é isso que acontece na democracia contemporânea. Para Marx, a democracia é “dividida” entre democracia política (igualdade entre os indivíduos perante a lei) e democracia político-econômica (superação das desigualdades reais, homens iguais não só no plano político, mas também, no plano econômico.

Outra contradição vivida pelo Serviço Social é a questão social. O trabalho do assistente social advém da questão social. Marx diz que o capitalismo é a produção e reprodução contínua e ampliada da questão social e a sua superação só se efetivará quando houver o fim da sociedade capitalista.

Em relação a assistência social, a autora procura mostrar como é necessária quando se analisa o cenário atual da sociedade desigual e que o Serviço Social deve buscar propostas qualificadas baseadas nas necessidades históricas e sociais a que os indivíduos usuários da política são/estão submetidos.

A autora cita um teórico que traz a ideia de que a escolha da matriz teórico-metodológica marxista para o Serviço Social, de se opor à hegemonia das classes dominantes tornou-se quase unida da referida profissão tanto na academia quanto no campo prático.

Segundo Mota (2009) apud Oliveira (2014), as categorias de contradição e mediação são os principais aspectos teóricos que nos fazem entender a natureza contraditória da profissão e a esfera política considerada como a principal mediação na atuação profissional.

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