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O Deficiente e Mercado de Trabalho

Por:   •  9/4/2017  •  Resenha  •  616 Palavras (3 Páginas)  •  267 Visualizações

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No Brasil, desde os primórdios há registros de formas pejorativas e preconceituosas usadas para se referir as pessoas com deficiência, a exemplo, termos como “enjeitados”, “mancos”, “aleijados”, “cegos” e “surdos-mudos”, entre outros. De acordo com Silva (1987) a conduta aplicada no século XVI era a de eliminar as pessoas com deficiência.

Nos costumes indígenas no século XVI e XVII, as crianças nascidas com algum tipo de deficiência aparente ou deficiência adquirida física/sensorial, deveriam ser mortas. Na época em questão, essas crianças eram consideradas castigos dos deuses e, por isso, deveriam ser mortas (GRANDO, 2013).

No caso dos escravos negros vindos para o Brasil, no século XVIII, devido aos castigos físicos e em decorrência da superlotação dos navios, aumentou o número de pessoas que adquiriram alguma deficiência, levando em consideração as precárias situações de higiene e o grande número de doenças que deixavam sequelas (GRANDO, 2013).

No Brasil, o interesse pelo atendimento aos deficientes teve início a partir do século XIX, por meio das nas experiências dos educadores dos EUA e Europa. Em 1854, foi fundado pelo imperador D. Pedro II, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos que mais tarde teve seu nome substituído por Instituto Benjamin Constant, que prestava atendimento a meninos cegos, e em 1857, foi a vez do Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, que hoje recebe o nome Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Aranha (2000) enfatiza que

Ambos foram criados pela intercessão de amigos ou pessoas institucionalmente próximas ao Imperador, que atendeu às solicitações, dada a amizade que com eles mantinha. Essa prática do favor, da caridade, tão comum no país naquela época, instituiu o caráter assistencialista que permeou a atenção à pessoa com deficiência, no país, e a educação especial, em particular, desde seu início (ARANHA, 2000, p. 23).

No ano de 1874 foi criado no Estado da Bahia o Hospital Juliano Moreira, que deu início à assistência médica às pessoas com deficiência intelectual, e em 1887, no Estado do Rio de Janeiro, foi criada a Escola México, que prestava atendimento a pessoas com deficiências físicas e também intelectuais (MAZZOTTA, 2005).

Percebe-se que os primeiros passos tomados em relação às pessoas com deficiência no Brasil, tinham uma visão social caridosa e assistencialista, que conferia aos seus assistidos um mínimo de dignidade por meio de práticas de favor e boa vontade. Na maioria das vezes a garantia de condição melhor de vida ou o acesso a um determinado acontecia por meio de doação, que mantinha as pessoas com deficiência sempre necessitadas e dependentes.

A partir do ano de 1906, as escolas públicas iniciaram o atendimento aos alunos com deficiência mental, sendo primeiramente no Rio de Janeiro e logo após no Estado de São Paulo, com vistas a cura e a reabilitação, sem dar prioridade à construção do conhecimento junto ao mesmo. Ao inserir o aluno com deficiência nas escolas, sempre procuravam assegurar aos alunos e pais que eles não iriam atrapalhar o andamento da classe (CORRÊA, 2005).

As primeiras tentativas de atendimento especializado ao deficiente físico datam de 1931 e 1932, a partir da criação de uma classe especial na Escola Mista do Pavilhão Fernandinho da Santa Casa de Misericórdia,

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