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O Fichamento Hobbes o Medo e a Esperança

Por:   •  8/11/2021  •  Resenha  •  1.245 Palavras (5 Páginas)  •  259 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: TEORIA POLÍTICA I

SÍNTESE 5

HOBBES: O MEDO E A ESPERANÇA

MÁRCIO EMANOEL SILVA DE ABREU

MARIA FERNANDA DOS SANTOS CRUZ

MARIA LUIZA SANTOS OLIVEIRA

PAULA REGINA PEREIRA DE MELO

THAMIRES SALES RESENDE

RECIFE

2021

Hobbes: o medo e a esperança

Thomas Hobbes faz parte da categoria de filósofos ditos contratualistas, ou seja, ele acreditava que o homem possui um estado natural de comportamento em sociedade, e adquiriu a ideia de contrato social para limitar a selvageria entre si. É muito importante ter essa premissa em mente para obter conhecimento de sua tese filosófica.

Para Hobbes, o homem está sempre em alerta, pois não conhece o que se passa na mente do seu próximo, pois temos conhecimento de nossas forças e fraquezas, nossos desejos e planos, mas não sabemos os dos outros. Por isso, para não ficar em desvantagem, o homem em sua natureza, está apto para atacar sempre que puder para proteger os seus ideais e objetivos, e atacar sempre que quiser tomar o lugar de outro, obtendo assim o poder máximo.

Existem as três principais causas de discórdia entre o homem: competição, desconfiança e desejo de glória. A competição em obter o poder do outro, a desconfiança em que outros ataquem o que lhe pertence, e o desejo de glória por pura vaidade, um elogio ou uma opinião que lhe agrade. Assim, conclui-se que o ser humano vive em uma constante guerra.

Hobbes, por influência de filósofos clássicos, acredita que o homem é um animal político que devemos conhecer a nós mesmos, e nos livrarmos dos preconceitos que estão inseridos em nós. Apenas possuindo conhecimento da verdadeira natureza humana, é possível fazer política.

Ao tratar do indivíduo hobbesiano, o definimos como um ser que preza pela honra e não por bens. A honra é tratada como a verdadeira riqueza do homem. Nessa condição, é observado no texto que, a partir do surgimento de guerras de todos contra todos, surge a oportunidade da criação de um contrato social, ou seja, um pacto entre cidadãos e um soberano assim escolhido por seus súditos. Antes disso, tratamos dos direitos que assim lhes eram concedidos para poder viver em paz na sociedade. Um homem, sempre teve poder sobre o outro e muitos viam seu modo de viver diante de muitas limitações. Na guerra, observamos que a paz pode custar caro. Ela favorece para uns e não para outros. Aos que não cediam e acreditavam na sua própria força e capacidade, de alguma maneira estariam sujeitos a defender-se, quando não se sentissem seguros, ao receio de perderem sua própria liberdade.

A partir do século XVI, Joe Bodin foi um dos primeiros a tratar do assunto soberania. Em suas reflexões políticas, ele manifesta que o Estado, assim obtendo um poder soberano, possuirá um governo estável podendo solucionar pendências e solucionando qualquer decisão que assim lhe for imposto. Neste caso, o direito do povo unificado passaria a ser um só poder pertencente ao Estado. Isto era comparado ao grande Leviatã, figura bíblica que mencionado por Hobbes, seria algo poderoso, que impunha suas vontades e ações.  Ele enxergava o contexto de liberdade de cada indivíduo como algo que torna essa pessoa individualista que posteriormente causava conflitos. Por este motivo, autoriza-se o contrato social entre soberano e súditos. Até mesmo aos que não votavam a favor, não podiam sequer ir contra a quem fosse escolhido. Ao se opor a ele, estaria destinado a sofrer consequências como a morte ou outros tipos de castigos. É importante ressaltar que um tipo de pacto social como este, será questionado anos seguintes por diversos autores da contemporaneidade como Rousseau, ao mais atuais. Outros tipos de pactos nesta época eram inadmissíveis e considerados fraudulentos, podendo assim cometer injúrias ao Estado em si.

Hobbes desmonta o valor teórico das palavras “igualdade” e “liberdade”. A igualdade é o fator que leva a guerra de todos, pois é quando dois homens ou mais podem querer a mesma coisa e se enfrentam por ela. E a liberdade seria a falta de oposição, onde o indivíduo pode fazer o que quiser, muito diferente da concepção de liberdade como um princípio pelo qual os homens lutam e morrem.

Entretanto, há o que Hobbes entende ser a verdadeira liberdade do súdito. Quando o cidadão assina o contrato social, renunciando o seu direito de natureza e dá poderes ao soberano, a fim de instaurar a paz, o homem só abre mão de seu direito para proteger sua própria vida. Ou seja, o súdito tem o direito de desobedecer ao soberano em casos de sua vida ser colocada em perigo, e de resistir individualmente a qualquer ato nesse sentido.

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