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Os Botões De Napoleão: Pimenta, Noz Moscada E Cravo-da-índia

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Por:   •  6/5/2014  •  482 Palavras (2 Páginas)  •  6.360 Visualizações

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Os Botões de Napoleão

Pimenta, noz-moscada e cravo-da-índia.

Breve história da pimenta

Em 1948 Vasco da Gama se aproximava da Índia para ganhar uma fortuna incalculável com condimentos que durante séculos haviam sido monopólio dos mercadores de Veneza. Na Europa medieval um condimento, a pimenta, era tão valioso que uma libra dessa baga seca era suficiente para comprar a liberdade de um servo ligado à propriedade de um nobre.

Supõe-se que foram os mercadores árabes que introduziram a pimenta na Europa, inicialmente pelas antigas rotas das especiarias, que passavam por Damasco e cruzavam o mar Vermelho. No século I d.C, mais da metade das importações que seguiam para o Mediterrâneo a partir da Ásia e da costa leste da África era de especiarias, e a pimenta proveniente da Índia constituía boa parte delas. Usavam-se condimentos na comida por duas razões: como conservante e para realçar o sabor. A pimenta e outros temperos disfarçavam o gosto da comida podre ou rançosa e provavelmente ajudavam a desacelerar o avanço da deteriorização.

No século XV, o monopólio veneziano do comércio de especiarias era tão completo e as margens de lucro eram tão grandes que outras nações começaram a considerar seriamente a possibilidade de encontrar rotas alternativas para a Índia – em particular uma via marítima contornando a África. A Era dos Descobrimentos estava prestes a começar, impulsionada em grande parte pela demanda de pimenta-do-reino. Isso levou ao descobrimento do Novo Mundo por Cristóvão Colombo.

O ingrediente ativo tanto da pimenta preta quanto da branca é a piperina, um composto com a fórmula C17H19O3N.

Química Picante

O composto químico responsável pelo sabor pungente e a ardência da pimenta chile, muitas vezes intensa, é a capsaicina, que tem a fórmula química C18H27O3N. Uma terceira molécula “picante” que também se adapta a essa teoria da forma molecular é a zingerona (C11H14O), encontrada no rizoma do gengibre.

As Moléculas Aromáticas do cravo-da-índia e da noz-moscada

A noz-moscada e o cravo-da-índia eram igualmente preciosos como a pimenta e muito mais raros que esta. O principal componente do óleo do cravo-da-índia é o eugenol; o composto fragrante presente no óleo da noz-moscada é o isoeugenol. A única diferença entre essas duas moléculas aromáticas está na composição de uma ligação dupla.

A noz-moscada é um dos dois condimentos produzidos pela mesma árvore; o outro é o macis. A noz-moscada é feita com a semente – ou amêndoa – marrom e reluzente da fruta.

Grandes quantidades de duas outras moléculas fragrantes, miristicina e elemicina, ocorrem tanto na noz-moscada quanto no macis. As estruturas desses dois compostos se parecem muito entre si e com as daquelas moléculas encontradas na noz-moscada e nas pimentas.

A noz-moscada era considerada a “especiaria da loucura”. A base química da possibilidade da miristicina e da elemicina serem psicoativos deve-se ao fato que uma outra molécula, o safrol, cuja estrutura difere da estrutura da miristicina unicamente pela falta de um OCH3, é o material usado na fabricação ilícita do composto conhecido como ecstasy.

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