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RELATÓRIO ETNOGRÁFICO: MINHA EXPERIÊNCIA DE CAMPO NA RELIGIÃO ESPIRITA

Por:   •  4/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.710 Palavras (7 Páginas)  •  295 Visualizações

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KAWANA ELVIRA CRUZ DOS SANTOS

RELATÓRIO ETNOGRÁFICO: MINHA EXPERIÊNCIA DE CAMPO NA RELIGIÃO ESPIRITA

Ivaiporã

2018

KAWANA ELVIRA CRUZ DOS SANTOS

RELATÓRIO ETNOGRÁFICO: mINHA EXPERIÊNCIA DE CAMPO NA RELIGIÃO ESPIRITA

Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Maringá, na disciplina de Antropologia, ministrada pela professora Elizete Conceição Silva, como requisito parcial à obtenção da nota do 4º Bimestre.

Ivaiporã

2018

Relatório Etnográfico: Minha experiência de campo na religião Espirita

Resumo:

Esse relatório apresenta os resultados da minha experiência no Centro Espirita Fraternidade Espirita Allan Kardec, no período de 13 à 20 de novembro. O principal objetivo deste foi adentrar na cultura desta religião, conhecendo suas crenças, costumes  e formas de organização, a partir de reuniões e conversas com membros deste grupo. Sendo assim, o trabalho viabiliza conhecer de perto as relações e cotidiano dos espiritas.

Palavras-chave: Espiritismo, cultura, crenças.

Introdução:

A doutrina Espirita surgiu na França, no século XIX, a partir dos estudos de Hippolyte Léon Denizard, um pedagogo e educador francês, bem conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec. No Brasil, o Espiritismo aparece em meados de 1860, em Salvador, como pontuado por André Schröder na noite de 17 de setembro de 1865, escritores, professores, militares e magistrados se reúnem e fundam o primeiro centro espirita brasileiro, seguindo rituais propostos por Allan Kardec, tentavam atrair alguma alma desencarnada e nesta noite, sem aviso prévio, a mão de um dos homens começou a rabiscar um papel, ou seja, este episódio que ocorreu em Salvador é o marco do Espiritismo no país.

A religião em sua pratica busca a evolução espiritual do ser humano através das reencarnações. A religião Espírita acredita na possibilidade de contatar espíritos, ou seja, os adeptos desta religião se comunicam com pessoas já falecidas, segundo Kardec (1981, p.14), “(...) não somente se faz girar uma mesa, magnetizando-a, mas, também se pode fazê-la falar. Interroga-se, e ela responde”. Portanto, será pelo viés desta prática que fundamento o seguinte trabalho, contando como intermediadora a integrante Shirley Morais, que me instruiu nos encontros e me forneceu respostas as minhas indagações, me possibilitando adentrar ao seu meio.  

O espiritismo como qualquer outra religião possui suas normas de conduta e se baseia em disciplina, o participante precisa estar ciente que ao entrar para este meio, irá se remeter a vidas passadas e junto a isso virão algumas pendencias que devem agora ser resolvidas.

A experiência das reuniões

Estive com Shirley durante os últimos dias, ela que participa há 11 anos do espiritismo, acreditando em vidas passadas, me relatou que encontrou nesta religião o caminho do perdão, seja da vida que leva agora e até mesmo de vidas passadas, conhecendo seus limites, o que é dela e o que não deve ser. Para os espiritas a cada reencarnação nascemos um pouco melhor, evoluindo com a passagem das vidas, Shirley me relatou que a partir do momento que começou a frequentar a casa espírita, começaram a aparecer seus cobradores de vidas passadas, sendo assim precisou ter muita fé e estudar, porque é como se ela estivesse cutucando um vespeiro, ou seja, se faz necessário muita disciplina para vivenciar experiências como esta.

As reuniões ocorrem nas terças e quintas, e eles se dividem da seguinte forma, nas terças se estuda os evangelhos segundo o espiritismo, para que antes de participarem dos momentos mais específicos da religião, o integrante tenha bases de estudos, não só para conhecer as práticas, mas para se conhecer, e nas quintas realiza-se a desobssessão, sendo este seguindo o viés da doutrina espirita a fim de tratar as pessoas que estão sofrendo com espíritos, sendo que estes de alguma forma estão presos aqui, por ter cometido o mal, mas, ainda podem se recuperar, mesmo depois da morte, visto que, para eles os espíritos são eternos.

Posterior a estes trabalhos, Shirley me levou a conhecer sobre mediunidade, que para eles é uma construção diária que demanda um trabalho continuado de dedicação e esforço para atingir seu objetivo e serve para trocas de experiências com espíritos encarnados ou já desencarnados, dialogando através de suas vivências.

Não pude participar das reuniões mediúnicas e nem dos demais encontros, somente de palestras de estudo sobre os evangelhos, visto que antes de adentrar em momentos tão profundos, preciso passar por pelo menos um ano de estudo, para conhecer o espiritismo, as práticas e até mesmo me descobrir neste meio, mas pude ouvir relatos sobre alguns momentos vivenciados por integrantes mais antigos e estudados, segundo as pessoas que ali ouvi, as reuniões mediúnicas podem assustar um pouco, pois nunca se sabe quais espíritos virão e que bagagens carregam, alguns aparecem em formas humanas e outros já não, é preciso muita concentração e oração para não desestabilizar o ambiente, alguns espíritos podem se recusar a deixar o caminho das trevas, então o trabalho pode demorar um pouco, contudo, no final, os espíritos sempre se redimem ao ouvir, dialogar, rememorar histórias. Obvio, existem alguns que rejeitam a redenção e ficam amarrados, enjaulados, assistindo palestras até se redimirem.

As reuniões são realizadas por médiuns e pessoas que já tem conhecimento, começa por uma prece espontânea, a iluminação é baixa para ajudar na concentração, é feita uma pequena leitura do evangelho segundo o espiritismo, todos os presentes ficam em silencio em oração. Os médiuns recebem os espíritos que são nossos irmãos, tem o dialogador que conversa com os espíritos, enquanto os demais permanecem em constante oração.  O tempo estimado destes encontros varia de 40 a 50 minutos. Os médiuns que deram passividade geralmente recebem seus mentores espirituais para retirar alguma energia negativa que possa ter ficado.

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