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SÍNTESE EXPLICATIVA DO TEXTO: SERVIÇO SOCIAL NA CENA CONTEMPORÂNEA DE MARILDA VILELA IAMAMOTO

Por:   •  10/1/2018  •  Resenha  •  1.360 Palavras (6 Páginas)  •  1.003 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO [pic 1]

BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS

DO SERVIÇO SOCIAL III

NAÍRES RAIMUNDA GOMES FARIAS

JULIANA GOMES DE PAIVA

SÍNTESE EXPLICATIVA DO TEXTO: SERVIÇO SOCIAL NA CENA CONTEMPORÂNEA DE MARILDA VILELA IAMAMOTO

Marilda Vilela Iamamoto, graduada em Serviço Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora, (1971), com mestrado em Sociologia Rural pela Universidade de São Paulo (1982), doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001) É professora Titular (aposentada) da Escola de Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professora titular da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro atuando no Programa de Pós-graduação em Serviço Social. Selecionada para o Programa Produtividade em Ciência (FAPERJ/UERJ), coordenadora do Programa de Estudos e Pesquisas Pensamento social e realidade brasileira na América Latina e do Centro de Estudos Octávio Ianni.

Iamamoto é uma das mais ilustres e reconhecidas protagonistas da história do Serviço Social brasileiro e a leitura e compreensão desse texto para formação profissional de futuros assistentes sociais é imprescindível e são necessárias muitas reflexões acerca dos questionamentos que a autora traz a respeito do fazer profissional do Assistente Social e do desmembramento de diversos conceitos arraigados no conservadorismo e consequentes alienações que as conjecturas trazem.

O texto em si tenta abordar de forma clara e objetiva as consequências das características da sociedade baseada na necessidade de acúmulo de capital e de que forma a intervenção social também se traduz como uma constante luta contra o próprio sistema econômico em prol da coletividade e da busca pelo bem estar dos indivíduos.

Além disso, o texto aborda as competências profissionais e os direitos sociais para tentar tapar uma lacuna que a autora traz já no início de sua discussão: a escassez de literatura histórica e também críticas que abordem esses tópicos. Sabe-se que faz parte do processo de emancipação profissional a consciência da influência conservadora e burguesa na própria égide da profissão.

Diferentemente de seus primórdios, o Serviço Social contemporâneo, consoante a autora, trouxe uma reestruturação voltada ao trabalho e aos direitos dos agentes trabalhistas: o trabalhador. Há, além disso, uma retificação do compromisso com lutas por condições democráticas e igualitárias entre os indivíduos.

E essa reestruturação, como se sabe, não se deu de forma natural e benevolente, muito pelo contrário, foi à base de lutas, resistência e empoderamento das classes trabalhadoras no contexto de ditadura e posteriormente de redemocratização com a conquista de muitos direitos em face a Constituição Federal de 1988.

E os frutos dessa necessária mudança ocorrida no Serviço Social, de acordo com Iamamoto, foram um projeto profissional diferenciado e singular pela característica de criticidade e consciência, e também maior proximidade com os ideais marxistas.

Contudo, em face de alguns passos na frente, a autora alerta para um novo foco das ações governamentais que tem como objeto a família e a ideia de homem e meio, que são fatores que alarmam às ideologias ultraconservadoras  a dificuldade que os profissionais tem, estando inseridos nas mais diversas esferas do próprio estado. Afinal, como não romper com o propósito básico social da profissão e ter que submeter-se às demandas do sistema estatal?

A autora ainda critica a forma muito teorizada e simplista da atuação do profissional e propõe que esse não deva ser apenas um relator da história, ou mais uma peça no quebra cabeça do Sistema econômico capitalista que siga metodicamente manuais e recomendações baseadas numa exclusão da complexidade das relações sociais, mas que tenha não só um olhar crítico como também capacidade suficiente de intermediar e intervir em prol da insistência da luta e conquista de direitos dos indivíduos.

Apresenta-se ainda uma dicotomia baseada numa mudança de projeção de cidadania que se volta para os desejos efêmeros de consumismo e posse de bens. E aliado a isso há uma alarmante queda na aglutinação de trabalhadores que deveriam apresentar resistências diante do terreno cheio de obstáculos no dia a dia. A autora cita alguns exemplos: a luta antiga dos trabalhadores sem terra pela tão almejada reforma agrária, trabalhadores sem teto nos mal ordenados centros urbanos do país, a luta indígena por manutenção e conquista de terras e direitos, luta pela emancipação das mulheres, dos negros, direitos dos idosos e demais minorias que necessitam de atenção social.

Uma análise sobre um fenômeno de financeirizaçāo que aborda a autora é sobre uma espécie de atenção voltada a uma utópica visão de autossuficiência do capital enquanto gerador de riquezas. Trata-se de engendrar o trabalhador não como uma vítima do sistema, mas um coadjuvante que caso não seja mais útil, será substituído sem causar dano real ao protagonista mor da relação: O Capital.

A autora traz a necessidade de uma mudança da visão determinista para a visão de revolução que terá papel primordial do profissional de Serviço Social  que originam novos rumos para a sociedade. Além disso, dialoga-se a respeito da absorção do estado pela sociedade civil, ou seja, há uma superação em questão.

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