Trabalho e Ser Social
Por: Raquel Santana • 22/6/2019 • Resenha • 647 Palavras (3 Páginas) • 102 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE
SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
RAQUEL CARNEIRO SANTANA
TRABALHO E SER SOCIAL
GUARAPUAVA[pic 1]
2019
RAQUEL CARNEIRO SANTANA
TRABALHO E SER SOCIAL
Trabalho apresentado à disciplina de Trabalho e Sociabilidade, como requisito para obtenção de nota parcial no 1º semestre, sob orientação da Prof.ª Nayara Bueno.
[pic 2]
GUARAPUAVA
2019
TRABALHO E SER SOCIAL
O trabalho tem muito significados, embora seja uma palavra comum e de conhecimento abrangente, seu significado é variado. Pode lembrar dor, aflição, tortura, fardo, mas também é o meio pelo qual o homem cria seus instrumentos para transformar a matéria natural em objetos desejados, que se utiliza de força física ou do intelecto para alcançar determinados fins (ALBORNOZ, 1994, p. 8).
Podemos afirmar que muitos animais, assim como os humanos, conseguem criar instrumentos e trabalhar para alcançar uma determinada finalidade. O que os difere, entretanto, é a presença da consciência e a intencionalidade que o ser humano carrega consigo. Os humanos têm o arbítrio e a liberdade de escolher com o que trabalhar e o que fazer e, também, possuem níveis de divisão de trabalho muito complexos, sofisticados e superiores aos encontrados nos animais (ALBONOZ, 1994, p. 12).
Friederich Engels (1876) afirma em seu texto “O papel do trabalho na transformação do macaco em homem” que o trabalho é tão fundamental e básico para o ser humano que ele é o responsável pela criação do próprio homem. Engels se apoiou nos entendimentos de Darwin sobre a evolução e seleção natural para explicar o surgimento do homem, através de uma raça de macacos altamente desenvolvidos que passaram a usar das mãos para trepar nos lugares ao invés de caminhar e, assim, adotaram uma posição cada vez mais ereta. Entretanto, é grande a distância que separa a mão no macaco desenvolvido com a mão do homem, isso se deve ao aperfeiçoamento que o trabalho trouxe ao longo de centenas de milhares de anos.
É imprescindível notar que a construção de instrumentos para o trabalho, possibilitada pelo desenvolvimento da mão, também possibilitou o desenvolvimento da palavra articulada, pois era importante passar para os outros e para as próximas gerações as novidades incorporadas diariamente na vida desses seres. Portanto, o trabalho e a palavra articulada foram estímulos fundamentais para que o cérebro humano se desenvolvesse e com ele os órgãos do sentido (ENGELS, 1876).
Segundo Lukács, existem três esferas ontológicas: inorgânica, orgânica e o ser social, cada uma delas possuem características próprias, processualidades sociais distintas, mas são completamente interligadas, sem uma a outra não poderia existir. O ser social se difere da esfera inorgânica por possuir vida e se difere da esfera orgânica por possuir consciência. A consciência existe apenas nos homens, pois eles conseguem avaliar uma situação concreta com base em alternativas e experiências passadas e, a partir daí, escolhem a opção que mais lhe é oportuna (LESSA, 2015).
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