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Um Olhar sobre o idoso

Por:   •  1/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.429 Palavras (6 Páginas)  •  226 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

SERVIÇO SOCIAL

INTERFACES DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

BRUNA BRITTES E BRUNA MATTOS

UM OLHAR SOBRE O IDOSO

Dra. Elisângela Maia Pessoa

São Borja

2017

1. INTRODUÇÃO

No presente texto irão ser abordados aspectos referentes ao envelhecimento, e de início traz-se de acordo com o Estatuto do Idoso que “[...] às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos” (BRASIL, 2003, s.p.) são consideradas idosas.

Será evidenciada a diferença entre os conceitos de velhice e envelhecimento, que geralmente são confundidas de modo transparente, além disso, também será esclarecido o que envolve a geriatria e a gerontologia com o envelhecimento junto com suas diferentes compreensões.

Após essas características, será estudado também o modo como o idoso se relaciona perante o trabalho e como ele é visto como uma expressão da questão social diante ao capital. O processo do envelhecimento rodeia o âmbito familiar e com ele vem muitos aspectos envolvidos como a convivência, pelo idoso precisar de mais cuidados e atenção por ser tornar mais frágil nesse processo.

Irá ser mostrado como é o ambiente de institucionalização aos idosos que não possuem vínculos familiares sendo muitas vezes abandonados e esquecidos no asilo.

2. A PERCEPÇÃO ENTRE A VELHICE E O ENVELHECIMENTO

A velhice e o envelhecimento apesar de serem facilmente confundidas com o mesmo conceito, são de fato opostas. A velhice é entendida como um processo encarado como o último ciclo da vida, e independe das condições de saúde e dos hábitos de vida, é algo individual, que pode ou não vir acompanhada de perdas psicomotoras, sociais, culturais, etc.

Já o envelhecimento se define como “um desenvolvimento mental, físico, e também cultural” (OLIVEIRA, 2011, p. 24), sendo um processo natural da vida que traz consigo essas modificações emocionais, psicológicas, fisiológicas, morfológicas e sociais que surgem no organismo humano.

3. O CONCEITO DA GERIATRIA E DA GERONTOLOGIA

                                               

A Gerontologia e a Geriatria são dois aspectos envolvidos no âmbito do envelhecimento com compreensões diferentes, normalmente entendidas como campos de estudo, “A Gerontologia vem ao encontro da necessidade de aprofundarmos estudos para compreender os processos de se tornar idoso no ciclo da vida humana [...]” (OLIVEIRA, 2011, p. 19), isto leva a entender que é o estudo interdisciplinar do envelhecimento e a abordagem de maneira ampla que envolve áreas diferentes do conhecimento como biológicos, emocionais e sociais, entre outros, não se trata apenas de forma médica, como é o caso da geriatria.

A geriatria já é compreendida como uma ciência específica que engloba a área médica tratando e estudando das patologias físicas e psíquicas, “representa o estudo das doenças do envelhecimento humano [...]” (OLIVEIRA, 2011, p. 20) como doenças de múltiplas causas, sendo demências, diabetes, osteoporose, dentre outras.

4. O IDOSO EM RELAÇÃO AO TRABALHO, SENDO UMA EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL

Compreendemos que,

a uma depreciação social que afeta o conjunto da classe trabalhadora, em especial, os que já não têm  mais valor-de-uso para o capital, os supérfluos para o capital, que só ganham visibilidade  como consumidores manipulados de mercadorias e serviços regidos pela lógica do capital (HADDAD apud TEIXEIRA, 2008, p. 42).

O idoso é visto no mercado de trabalho como “descartável”, pois este não tem mais seu “valor de uso” para os capitalistas, ele é considerado apenas um consumidor de mercadorias.

O envelhecimento se torna uma expressão da Questão Social quando este idoso perde seu valor de uso para o capital, gerando assim pobreza e desigualdade, pois na medida em que ele se torna um idoso, sua força de trabalho é detida causando “problemas sociais” ao sistema capitalista.

Apesar da “problemática” citada, os capitalistas seguem outro caminho como estratégia para não obter prejuízo nesse aspecto, sendo esta a sua vinculação à proteção social com objetivo de lucrar apenas, recriando demandas e transformando espaços de ocupação dos idosos como lazer, educação e cultura de modo que ocorra a valorização do capital, trazendo cada vez mais a existência de benefícios privados sob a lógica do capital.

5. A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DO ENVELHECIMENTO

De acordo com Falcão (2006), a concepção de família é polissêmica, ou seja, não há um significado ou conceito apenas, e sim diversos.

[...] refere-se ao núcleo familiar básico e, amplamente, ao grupo de indivíduos vinculados entre si por laços consanguíneos, consensuais, jurídicos ou afetivos, que constituem complexas redes de parentesco e de apoio por meio de intercâmbios, influenciados por aspectos biopsicossociais, históricos, culturais e econômicos (FALCÃO, 2006, p. 14).

Percebe-se que a família atualmente não é mais vista de forma padrão onde se constituem apenas pai, mãe e filho, e sim de maneira mais ampla não importando se tenha 1 (uma) ou 20 (vinte) pessoas, e sim que haja o convívio envolvendo laços afetivos e amorosos entre os sujeitos.

Para um desenvolvimento humano básico, se torna de extrema importância a presença da família com os valores compartilhados entre as gerações, como por exemplo, entre os avós e os netos, onde as experiências e as virtudes são trocadas integrando-os a essa convivência intergeracional, ampliando suas visões do mundo e da sociedade de vários ângulos, porém nem sempre isso pode ser algo benéfico, pois pode causar conflito entre uma nova visão social e o repulso por mudanças da parte do idoso.

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