A ETNOBIOLOGIA NA ESCOLA

REYSANE DE ALENCAR SOUSA

FICHAMENTO

REFERÊNCIA: SILVA, M. L. S.; BAPTISTA, G. C. S. Conhecimento tradicional como instrumento para dinamização do currículo e ensino de ciências. Gaia Scientia, 12(4). 2018

Uma alternativa para superar esse distanciamento entre escola e cultura, escola e cotidiano, seria a inserção do conhecimento advindo do próprio contexto histórico-cultural de cada grupo onde a escola está inserida, na sala de aula.  Entendendo-se como “currículo”  todo  o  acervo  de  conhecimentos  trabalhados  na  escola,  incluindo  as  formas de transmissão desses conhecimentos e as relações humanas construídas no cotidiano. O conhecimento tradicional, nesse sentido, contribuiria de forma efetiva para a superação da distância entre escola e comunidade, tornando-se um elemento importante para tornar o ensino de ciências algo estimulante, desafiador e inserido nos interesses do educando (SILVA; BAPTISTA, 2018).

COMENTÁRIO:

A inclusão do conhecimento tradicional na sala de possibilita um ensino de ciências mais dinâmico e que valoriza o conhecimento prévio do estudante, fazendo com que ocorra uma valoração do aluno e da comunidade em que estão inseridos. Além disso, possibilita que ocorra uma mudança de paradigma no ensino, saindo do ensino tradicional onde o professor é o único detentor do conhecimento para um ensino onde o aluno se torna protagonista de sua aprendizagem, possibilitando dessa forma que o aluno se envolva mais nas questões relacionadas a conservação e preservação do meio ambiente.

REFERÊNCIA: SILVA, M. L. S.; BAPTISTA, G. C. S. Conhecimento tradicional como instrumento para dinamização do currículo e ensino de ciências. Gaia Scientia, 12(4). 2018

O conhecimento tradicional seria todo o conjunto de conhecimentos construídos pela humanidade através dos tempos, desde que o ser humano surgiu na história evolutiva, propiciando a este a sobrevivência neste planeta, desde os tempos das cavernas até os dias atuais. Para muitas comunidades, este conhecimento construído empiricamente pela humanidade, até hoje tem sido sua principal forma de sobrevivência (SILVA; BAPTISTA, 2018).

COMENTÁRIO

O conhecimento tradicional ecológico (CEL) está estritamente relacionado aos conhecimentos repassados de gerações em gerações adquiridos da relação dos povos tradicionais com o meio ambiente, é um conhecimento advindo das observações e experiencias desses povos ao longo de muitos anos

REFERÊNCIA: MENDONÇA, E. T. et al. Paradigmas e tendência do ensino universitário: a metodologia da pesquisa-ação como estratégia de formação docente. Interface: comunicação saúde educação, [S.l.], p. 373-386. 2015.

Mendonça et al. (2015) descreve que no modelo tradicional de educação o aluno se depara com as informações transmitidas pelo professor, sem ao menos intervir com questionamentos referente ao conteúdo trabalhado, tornando uma aula pouco flexível e “rotineira” Neste ensino, a espécie humana era vista como um ser capaz de armazenar informações, das mais simples as mais complexas, memorizando os conhecimentos de forma cumulativa, onde seu papel no processo de aprendizagem era basicamente de passividade

COMENTÁRIO

A forma como o ensino de ciências vem sendo ministrado nas escolas públicas e particulares vem sendo amplamente discutida pela comunidade acadêmica, visto que existe uma predominância do ensino tradicional, onde nessa forma de ensino o professor é o único responsável em transmitir informações para os discentes. Além disso, os professores estão preocupados somente com os conhecimentos científicos, levando em consideração apenas o que está pautados nos livros didáticos

REFERÊNCIA: FORQUIN, J. C. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

O diálogo entre saberes no ensino de ciências constitui uma prática docente culturalmente apropriada, na medida em que pode contribuir para que o estudante perceba que a ciência não representa o único caminho de acesso ao conhecimento, bem como poderá permitir que ele pense e reflita criticamente sobre os diferentes saberes e modos de conhecer – e as diferenças entre eles. Como consequência disso, não somente ampliará o seu universo de conhecimentos com as ideias científicas, mas, também, reforçará o ser social, que é o sentido de ser membro de uma coletividade, caracterizado por orientações culturais específicas (FORQUIN, 1993)

COMENTÁRIO

A inclusão dos conhecimentos tradicionais nas aulas de ciências permite que os estudantes reflitam e se tornem mais críticos em relação as diferentes culturas e conhecimentos, e percebam que o CEL tem contribuído para a conservação das espécies. Além de que reduziria o distanciamento entre a educação formal e a realidade dos alunos, além de contribuir para uma visão de um ensino de ciência mais dinâmico e mais próximo do cotidiano dos discentes

REFERENCIA: Baptista, Geilsa Costa Santos. Contribuições da etnobiologia para o ensino e a aprendizagem de ciências (Educação e Pedagogia - Ensino de Ciências) (p. 143). 2015. Editora Appris. Edição do Kindle.

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