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A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA DEFICIÊNCIA VISUAL

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Por:   •  28/11/2013  •  8.970 Palavras (36 Páginas)  •  592 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA DEFICIÊNCIA VISUAL

Desde os mais pretéritos relatos humanos, a deficiência visual, congênita ou adquirida perfila-se dentre as deficiências mais debatidas e mencionadas. Em primeira mão de forma sensacionalista, excludente e discriminatória; a deficiência visual era trata como algo a ser aniquilado, afastado do convívio social até mesmo com a extinção de seu portador.

Com a evolução humana em termos médicos e civilizatórios, tal panorama modificou-se um pouco. Intervenções e terapias aplicadas cuidaram e melhoraram a vida dos cegos ou deficientes visuais, construindo uma série de equipamentos e ferramentas que propiciaram maior autonomia e possibilidade, tanto de aquisição de conhecimento, quanto de experiências e de convívio social.

O sentido da visão, por mais banalizado que seja para os cidadãos normais, representa espécie de porta, por onde o indivíduo adquire uma série de conceitos, circula nos lugares, aprecia maravilhas, observa cenas cotidianas, relaciona-se com uma série de imagens e pessoas; fatos que efetivamente expandem sua bagagem ao longo da vida.

Sem a visão, no entanto, o indivíduo passeia num mundo abreviado por distintos déficits, e algumas dificuldades. Seu acesso ao conhecimento é mais suprimido, seu contato com o mundo também. Suas práticas laborais são restringidas e suas trocas sociais limitadas.

Com uma barreira de afastamento entre seu próprio mundo e mundo exterior, mormente aquele integrado por indivíduos dotados de perfeitos sentidos, o deficiente visual muitas vezes permaneceu podado de seus direitos mais fundamentais.

A prática de atividades físicas e esportivas foi, por muito tempo, um dos prazeres e direitos abduzidos da vida do portador de deficiência física. Porém, residindo em sistema orgânico, o deficiente visual, como qualquer outra pessoa, necessita efetivar a manutenção de sua saúde e bem-estar, integrando ainda, práticas esportivas que sediem sentimento de interseção e pertencimento grupal, o que muito propicia condições para um bom saneamento psíquico.

O campo dos esportes desemboque eventual das práticas físicas de modo geral, tem se evidenciado com fulgor nas últimas décadas, ainda mais após o advento da padronização dos Jogos Paraolímpicos, em equiparação às Olimpíadas tradicionais.

Sabe-se factualmente, que a deficiência visual e a cegueira absoluta lançam uma série de dificuldades à vida de seu portador, especialmente nos vértices relacionados às suas experimentações espaciais. Entretanto, e a despeito das possíveis vias de acesso aos mais diferentes campos de atuação humana, ferramentas multifuncionais são presente tecnológico para atuação como facilitadores e elementos de abolição para o resguardo e afastamento do cego/deficiente visual de qualquer realização.

Especialmente no que tange à atividade física e desportiva, defronte aos seus benefícios específicos, deve o deficiente visual adotar prática freqüente, devendo também as fontes de acesso expandir-se de modo a fomentar acessibilidade para todos os portadores de deficiência visual.

A presente pesquisa estuda, investiga e se aprofunda nos benefícios, dificuldades, batalhas e vitórias do deficiente visual em relação à prática de atividades físicas/esportes. Com enfoque crítico, analítico e aprofundado, serve tanto à Educação Física, quanto classe acadêmica, médica e finalmente para a sociedade como um todo, nos termos do avanço e da quebra de tabus, imprescindível à vivência plena em estado de igualdade.

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CAPÍTULO I – UM BREVE PRÓLOGO SOBRE A DEFICIÊNCIAVISUAL: CONCEITUAÇÃO, CARACTERÍSTICAS, DÉFICITS E POTENCIALIDADES

“A deficiência visual segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta- se dividida em duas classes visuais. Foram definidas a partir da capacidade funcional, sendo elas: a cegueira, apresentando-se como aquela com acuidade visual inferior a 6/400 metros ou campo visual baixo, ambos no melhor olho de correção; e a baixa visão corresponde a acuidade visual entre 6/400 metros e 6/60 metros no melhor olho e utilizando a melhor correção.

(OMS, 2001 In Oliveira Filho, Mataruna, Carvalho, Araujo & Almeida, 2006, p. 136)

A deficiência visual, estado passageiro ou definitivo (de acordo com seus agravantes e periféricos), faz menção à problemática onde o indivíduo tem dificuldades ou privação total de percepção luminosa, não conseguindo, através da visão, identificar objetos, cores, formas, extensões, fisionomias, lugares, etc. De forma esparsa, o portador de deficiência visual, interage com o mundo circundante através de outros sentidos, que não aquele atrelado aos seus olhos, perdendo, nesses termos, grandes possibilidades de observação e conhecimento de todos os ambientes que estão à sua volta.

A deficiência visual, junto à classe médica, terapêutica e educacional, costuma ser fragmentada em duas classes: cegueira e visão subnormal. Sob talhe tradicional, tal disposição tem sido realizada lançando sustentáculo basilar na acuidade visual, sendo cego o indivíduo que apresenta de 20/200 de visão no melhor olho, depois de hábil correção; e dotado de visão subnormal, aquele que apresenta a ordem de 20/70 de visão nas mesmas condições descritas.

Essa classificação, através da acuidade visual tem, entretanto, e sob égide educacional, se revelado pouco conveniente, sendo unânime em preferência aquela que faz menção à eficiência visual. Nesse sentido, por vezes convém adotar os postulados da American Foundation for the Blind, onde especialmente a criança cega é aquela cuja perda de visão sugere que, pode e deve acoplar em seu programa educacional, o uso do sistema Braille, de ferramentas de áudio e equipamentos especiais, essenciais para que possa alcançar suas metas educacionais de modo eficiente, sem a utilização da visão residual existente. Já a criança portadora de visão subnormal é classificada como aquela que apresenta visão limitada, porém de grande utilidade na construção educacional, mas cuja deficiência visual, após terapia cabível, e/ou correção, restringe a evolução escolar em tal âmbito, que necessita de recursos educativos especialmente aplicados.

É importante aqui frisar que, em literatura científica e especializada, muito se tem apregoado em relação à criança cega, bem como aquela portadora de visão subnormal. Tal acepção se dá exatamente pelo vértice educacional, e de integração social do infante nessas condições, para que em futuro próximo, tenham potenciadas as suas aptidões e capacidades, de forma a absorvê-lo de igual modo

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