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A Mudança Climática e Agricultura Ecológica

Por:   •  6/3/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.909 Palavras (12 Páginas)  •  56 Visualizações

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A MUDANÇA CLIMÁTICA E A AGRICULTURA ECOLÓGICA

                                                   Fundação Juquira Candirú, 2001

        Antes da crise ambiental moderna (1965 - 1976), a economia conceituava o seu  crescimento como ilimitado.        Depois, diante da finitude do planeta, mudou, e criou a depleção e as externalidades.        Agora, diante da necessária igualdade, ela escala a consagração da sustentabilidade.

De forma unânime, diz-se que: "Uma economia sustentável é aquela capaz de manter seu estoque de capital em nível constante por longo tempo."        Os banqueiros internacionais resolveram transportar o conceito da sustentabilidade para todos os segmentos da sociedade globalizada, expandindo-o, como ordem social internacional, também à ciência e à tecnologia.

Em biologia, esta unanimidade conceitual não existe,  uns dizem que sustentabilidade é a melhor transformação de energia (entropia negativa), outros dizem que é a complexação no ecossistema e há alguns que divergem de ambos em função de tempo e espaço.

        

        Os tipos de vida que nós temos sobre o nosso planeta são fruto da evolução e ciclos da natureza.        A vida é, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo, também, um ciclo.

Até muito recentemente, desconhecia-se a importância dos ciclos e os riscos de sua ruptura.        Isto até era estimulado pela economia e governo.

Contudo, hoje há uma grande preocupação em fechar todos os ciclos e na manutenção de um equilíbrio, impedindo perda de energia nos mesmos.

Isto pode ser compreendido com o magnífico ciclo do Carbono, através do simples exemplo do petróleo ou carvão.        A extração e queima de petróleo e carvão ou, ainda, a devastação da natureza, maior que sua capacidade de recuperar-se, torna as estações (ciclo do clima) completamente anômalas, em função do acúmulo de gás carbônico na atmosfera, com a ameaça de mudança climática.

Em seu íntimo, todos os ciclos da natureza têm uma dinâmica ligada aos equilíbrios desde as macro-dimensões, até as moléculas, átomos dos elementos químicos, suas valências, velocidade de reação nas diferentes substâncias existentes no planeta.

        Em última análise, são eles que garantem a sustentabilidade biogeoquímica de todo o Universo.

        Diante da imensa crise que assola a tudo e a todos, estas relações começam a ser estudadas, integradas e projetadas em modelos racionais ou caóticos.

        Entretanto, quem domina este tema é a economia internacional, com suas metas, através das políticas dos governos industriais, emergentes e subdesenvolvidos.

        Para manter sua hegemonia, ela cria o tema da sustentabilidade para todos os setores, preocupada em manter seu estoque de riquezas.

        Isto passa a ser uma nova ordem internacional a ser seguida por todos e fiscalizada pelos bancos internacionais.

A agricultura industrial está sob a ameaça da mudança climática, e pouco se faz ou se discute para entender e amenizar os crescentes riscos, custos e impactos ambientais.

A agricultura ecológica está sendo chamada de sustentável ou agroecológica para reverter ou retardar os efeitos da mudança climática no planeta, sem alterar o status quo da economia mundial, atendendo preceitos sociais, ao mesmo tempo que traz a nova matriz tecnológica da biotecnologia e engenharia genética.

Mas nós podemos ter um choque contraditório.         Vejamos por quê.

A quase totalidade dos preceitos da agricultura ecológica baseiam-se em um solo vivo, que respira e incorpora energia através da matéria orgânica e biomassa.

Contudo, este solo, ao respirar, produz gás carbônico, assim como todas as fermentações e decomposições de matéria orgânica, que, muitas vezes, também produzem metano e óxidos de Nitrogênio, principais provocadores do efeito estufa entre os países agrícolas e regiões periféricas do planeta.

Corroborando nosso temor, a Índia já foi acusada de ser grande contribuidora para a destruição da Camada de Ozônio e Efeito Estufa pela Primeira Ministra Margareth Tatcher, através dos gases intestinais (flatos) de suas satisfeitas vacas sagradas.

Também, as plantações de arroz (irrigado) nas Filipinas, Tailândia, China, Vietnã e América Latina são acusadas de contribuir com o metano que destrói a Camada de Ozônio.

Nas reuniões diplomáticas, tratados e convenções sobre mudança climática, os cômputos e valores levam em consideração o poder e a força dos Estados e suas instituições paras as medidas globais.

Os países industrializados têm estudos sobre esta temática e tecnologias, já, há mais de vinte anos, e serviços para oferecer.

Em nosso países subdesenvolvidos e emergentes, os governos ignoram, e os movimentos sociais organizados não se preocupam em discutir mecanismos para impedir ou mitigar a liberação de gás carbônico e metano na agricultura sustentável, expondo-se a uma argumentação "científica" com uso comercial, embora a palavra de ordem na agricultura seja sustentabilidade.

Está-se impondo aceleradamente uma transição, quando se deixa a energia fóssil e se prioriza a energia de biomassa.

Isto significa mudar a matriz tecnológica, abandonar a agroquímica (síntese química) e iniciar a biotecnologia (síntese biológica).

A mudança é muito grande para os países emergentes e subdesenvolvidos, pois os complexos petroquímicos estatais, agora privatizados, ficarão logo obsoletos em função do impedimento de competição pelas convenções da diplomacia econômica, mas, principalmente, pela aplicação através de transnacionais da nova biotecnologia, com seus instrumentos de engenharia genética.

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