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O que você faz para prevenir-se contra o câncer?

Por:   •  22/9/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.089 Palavras (5 Páginas)  •  147 Visualizações

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O que você faz para prevenir-se contra o câncer?

[pic 1]Boa parte dos executivos ignora recomendações que contribuem para evitar a doença ou detectá-la precocemente

Em tese, executivos conhecem muito bem a importância de prevenir-se contra o câncer e, por terem mais acesso a informações qualificadas, sabem melhor o que é necessário para evitar a doença ou detectá-la precocemente. Mas daí a colocar esses conhecimentos em prática vai uma boa distância.

Basta observar alguns dados do estudo com pacientes do Check-Up do Einstein: a maioria é de sedentários ou pouco ativos (58%) e obesos ou com sobrepeso (61%). Há, ainda, uma parcela de fumantes (8%) e aqueles que exageram no consumo de álcool (12%). São indicadores que vão na contramão das recomendações básicas da prevenção contra o câncer (e da boa saúde em geral): não fumar, reduzir a ingestão de álcool, praticar atividades físicas e ter uma alimentação equilibrada.

Pode soar redundante, mas o tabaco é fator de risco para praticamente todos os tipos de câncer, a começar pelo de pulmão, o segundo mais prevalente entre homens no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 80% desses tumores estão associados ao tabaco. A união entre tabaco e álcool faz com que o risco de desenvolvimento de alguns tipos de lesões malignas aumente em mais de 50%. Já a atividade física associada a uma dieta equilibrada reduz a obesidade, também um fator de risco potencial para alguns tumores, como os de mama e cólon, entre outros. Os tumores de pele não melanoma (tão frequentes que não são incluídos nas estatísticas de incidência de câncer para não distorcê-las) podem ser evitados com o simples hábito de utilizar protetor solar diariamente.

Isso sem falar na associação entre certos tipos de alimentos e alguns tipos de câncer, como o colorretal, cuja incidência vem apresentando crescimento acelerado, principalmente em países desenvolvidos e em desenvolvimento. "Alimentos enriquecidos com conservantes, industrializados demais, empobrecidos por pesticidas e inseticidas, carregam substâncias carcinogênicas que favorecem o surgimento de tumores", diz o Dr. Sidney Klajner, cirurgião do aparelho digestivo e vice-presidente da Diretoria Eleita do Einstein.

A rotina de check-up oferecida pelas empresas aos executivos é, sem dúvida, uma grande aliada na prevenção oncológica. Recomendações seguidas em todo o mundo indicam que, a partir dos 40 anos, toda mulher deve realizar mamografia uma vez por ano, assim como todo o homem acima dos 50 anos deve fazer anualmente a avaliação da próstata. Avaliação médica, esses exames e outros realizados durante o check-up, como os de raios X, dermatoscopia (quando necessário) e colpocitologia oncótica (Papanicolaou), podem ajudar a minimizar a probabilidade de desenvolver tumores ou detectar precocemente as lesões cancerígenas mais comuns em homens e mulheres.

O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens no Brasil, com mais de 60 mil novos casos registrados em 2012. O câncer de mama é o que mais acomete mulheres em todo o mundo depois dos tumores de pele não melanoma. E o câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente no nosso país, conforme números do Inca. "A detecção precoce é muito positiva. Em geral, quanto mais cedo os tumores são detectados melhor é o prognóstico", afirma a Dra. Fernanda Teresa de Lima, médica-geneticista responsável pelo serviço de Oncogenética do Einstein.

Para quem possui risco aumentado para determinados tipos de tumores, iniciar a realização desses exames com idade menor do que o preconizado e submeter-se a eles em intervalos menores é outra recomendação essencial. "A determinação do grau de risco vai depender da faixa etária, hábitos de vida, antecedentes pessoas e familiares", comenta o Dr. Sidney.

Quando há vários casos de câncer na família, uma opção é realizar uma investigação genética, que avalia a possibilidade de predisposição hereditária ao câncer a partir do histórico familiar e da realização de exames específicos. A acurácia da investigação genética está diretamente relacionada à qualidade das informações do histórico familiar. "É importante saber a idade com que os familiares que tiveram os tumores, a incidência nos homens e mulheres, tipo e detalhes do tumor, de preferência com informações dos exames anatomopatológico e histológico. E isso é difícil porque a documentação médica não costuma ser preservada e as pessoas não têm o hábito de manter um registro das doenças na família", diz a Dra. Fernanda. Se for o caso, podem ser feitos exames para checar a ocorrência de mutações que levam a determinados tipos de tumor e avaliar alternativas de prevenção por meio de tratamentos químicos e até de cirurgia. Um caso bem conhecido é o da atriz Angelina Jolie, que optou pela remoção de mamas sadias ao comprovar ser portadora de uma mutação que elevava imensamente o risco de câncer de mama.

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