Trabalho de Microbiologia

PROFESSORA: CAROLINE NEUGEBAUER WILLE

ALUNO: EDUARDO SANDER VIEIRA

IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E A EFICIENCIA DE DIFERENTES TIPOS DE SABONETES

Camaquã, Junho de 2016.

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1. INTRODUÇÃO:

        Diversas doenças contagiosas surgem da dificuldade sanitária do homem, muitos males foram catalogados por esse problema. Doenças relacionadas a vírus, protozoários e bactérias afetam a sociedade desde a sua origem.

        Um dos seres mais antigos que aflige o homem é a bactéria, ser unicelular, que possui parede celular, sendo procarionte, não possuindo um núcleo físico (em algumas bactérias existe o nucleoide).

        A bactéria é ligada fortemente aos hábitos higiênicos das pessoas, pois grande parte das populações afetadas negativamente pelas bactérias tem como seu contato principal os meios de transmissão, ou seja, contato físico, a parte do corpo mais propicia a esse contato são as mãos, possibilitando assim a entrada de bactérias para dentro do organismo.

        A pele do ser humano possui ao natural uma série de micro-organismos que a compõe, estes formam a microbiota permanente, que apresentam risco patogênico nulo ou muito baix, ao corpo humano ou até mesmo o protege, são encontrados frequentemente na pele, e se destruídos acabam retornando rapidamente. Já a microbiota transitória, é constituída de organismos não patogênicos e potencialmente patogênicos, que em contato com o organismo podem apresentar riscos, principalmente quando ingerido. Esses organismos derivam do contato da pele com outras substâncias infectadas por eles, desta forma não são encontrados com regularidade no corpo.

        Para que o contato com a microbiota transitória não ocorra é necessário ter cuidados higiênicos, dentre os quais, o mais popular é a higiene das mãos utilizando produtos químicos. O sabonete é um destes produtos, junto com a água age como eliminador de micro-organismos desta forma, elimina a microbiota das mãos.

 O sabonete evita contaminação por bactérias, dentre as quais está a Escherichia coli que é uma bactéria utilizada como bioindicador. Encontrada geralmente no trato digestivo, é caracterizada como coliforme fecal, pois a sua disseminação ocorre nas fezes do ser humano.

Atualmente existem empresas que atestam que seus sabonetes agem somente contra a microbiota transitória, aumentando sua eficácia contra a proliferação de doenças originadas de bactérias patogênicas como a Escherichia coli.

2. OBETIVOS:

- Verificar importância da lavagem das mãos para a prevenção de doenças e contaminação no laboratório.

- Comparar a eficácia de diferentes tipos de sabonetes na redução de micro-organismos nas mãos.

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3. METODOLOGIA:

        3.1 Materiais:

• Alcoômetro;
• Agitador de tubos de ensaio;
• Água Destilada;
• Álcool 96%;
• Alças de Drigalski;
• Autoclave;
• Bico de Bunsen;
• Estufa;
• Fita indicadora;
• Micropipeta;
• Papeis toalha;
• Papeis grau cirúrgico;
• Pisseta;
• Placas de petri com meios de cultura;
• Sabonete hidratante (Dove e Farnese);
• Sabonete Lifebuoy;
• Sabonete líquido;
• Sabonete Protex;
• Solução salina;
• Swab’s.

3.2 Métodos:

A atividade teve como marco inicial a esterilização dos materiais que seriam utilizados no experimento na autoclave. Foram esterilizados: papeis toalha, Soluções salinas, swab’s e sabonetes, estes objetos foram envoltos em papel grau cirúrgico e lacrados com fita indicadora.

Posteriormente houve a explicação da professora orientadora, que falou sobre o modo de coleta e os cuidados com as amostras que serão realizadas, nesta prévia da atividade foi demonstrado pela orientadora como seria realizada a higienização correta pelas cobaias da atividade.

        Após a explicação, foi realizada a higienização das mãos pelos participantes da atividade, posteriormente a limpeza das bancadas do laboratório com álcool 70%. Este esterilizante é preparado a partir do processo de diluição. O método ocorreu da seguinte forma: acrescentou 600 ml de álcool 96% em uma proveta submergiu o alcoômetro neste liquido. Após, adicionou-se água destilada até o equipamento indicar o número 70, desta forma o produto final está diluído e pronto para o uso.

        Os alunos participantes da atividade foram divididos em diversos grupos, cada um deles tinha como objetivo buscar pessoas espalhadas pelo Instituto Federal com a intenção de utilizá-las como cobaias. Para os voluntários da atividade era relatado o procedimento que seria realizado e o motivo do mesmo.

        Cada cobaia (dois voluntários) era analisada, antes e depois da higienização das mãos. Seguindo o procedimento de coleta padrão: primeiramente o bico de bunsen era acionado para a flambagem do tubo de ensaio com a solução salina após, o swab deveria ser introduzido no tubo, com a intenção de umedecer aponta de algodão, depois, era realizado a passagem do instrumento de colhimento na cobaia sendo uma volta em sentido circular na palma da mão do voluntario, uma passagem entre os dedos indicador e médio e por baixo da unha do dedo indicador. Com a amostragem realizada o swab era colocado no tubo de ensaio com a solução, flambado e vedado com uma rolha de algodão. Este procedimento foi realizado duas vezes com os materiais esterilizados.

        Em seguida a cobaia era convidada a lavar as mãos, para a segunda amostragem (após a higienização com sabonete). O procedimento de coleta era o mesmo que o anterior, sendo realizadas duas vezes utilizando a técnica padrão e com os equipamentos esterilizados.

No fim desta etapa foi contabilizado quatro tubos de ensaios com amostras (dois, de higienizar e outros dois, após a lavagem das mãos).

        A etapa seguinte do experimento era a realização do plaqueamento. Cada tubo de ensaio com a solução salina foi agitado com o auxilio de um agitador de tubos, desta forma, misturando de forma mais homogênea o liquido. Para a retirada da amostra era necessário a flambagem do tubo de ensaio, desta forma evitando a contaminação externa. Era inserida uma micropipeta com ponteira de plástico que captava o líquido da vidraria, distribuindo-as em oito placas de petri para cada sabonete analisado, sendo destas, quatro placas com o meio de cultura ágar comum e outras quatro com o ágar EMB. Posteriormente a micropipeta foi acionada, liberando a solução salina sobre o meio de cultura, assim sendo necessária a utilização das alças de Drigalsky para disseminação do liquido contendo as bactérias sobre a placa. Cada voluntário desta experiência resultou em quatro placas de petri, sendo duas com ágar normal e outras duas com ágar EMB.