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O Complexo Vitamínico B que Compreende Oito Citaminas Cidrossolúveis

Por:   •  18/12/2015  •  Artigo  •  1.370 Palavras (6 Páginas)  •  364 Visualizações

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O complexo vitamínico B, compreende 8 vitaminas hidrossolúveis, a tiamina, a riboflavina, a niacina, a vitamina B6, ácido pantotėnico, a biotina, o ácido fólico, e a cobalamina,  que desempenham papéis importantes no organismo. No passado acreditava-se que essas vitaminas que formam o complexo B, eram uma única vitamina. Posteriormente pesquisas mostraram que são vitaminas quimicamente distintas, porém tem fonte de distribuição comum, interrelação íntima nos tecidos animais e vegetais e nas suas funções intimamente relacionadas. O grupo B geralmente tem um papel essencial nos processos metabólicos de todas as células vivas, coagindo como cofator de vários sistemas enzimáticos. Por serem hidrossolúveis, não são armazenadas no organismo de forma considerável, de forma que necessita ser fornecida diariamente.

O pirofosfato de tiamina (TPP) é a tiamina fosforilada por ação enzimática, que representa cerca de 80% da tiamina corpórea. O TPP tem um átomo de carbono entre o nitrogênio e o enxofre, o tornando mais ácido que os outros grupos CH. Este, se ioniza formando um carbânion, que se une ao grupo carbonila do alfa-cetoácido. O nitrogênio carregado positivamente, atua como aceptor de elétrons para estabilizar a formação de carga negativa necessária a descarboxilação. Ela apresenta funções de descarboxilação (1) atua como coenzima do complexo piruvato desidrogenase que converte piruvato em acetil CoA que entrará no ciclo de Krebes; (2) coenzima do complexo cetoglutarato desidrogenase que atua na 5° reação do ciclo de krebs convertendo alfa-cetoglutarato em succinilCoA. O CoA existente nessas reações advém de outra vitamina do complexo B, o ácido pantotênico. A tiamina tem função de trancetolação atuando em trancetolases TPP-dependentes que atuam em duas reações da via das pentoses fosfato. Ela também apresenta funções neurofisiológicas relacionadas a neurotransmissão e condução nervosa. A deficiência de B1, além de prejudicar o metabolismo energético e funções neurofisiológicas, pode influenciar na conversão de triptofano em niacina.

A vitamina B2 ou riboflavina, é a vitamina livre que reage enzimaticamente para formar um éster ortofosfato. O produto FMN (Flavina mononucleotídeo) pode ser complexada enzimaticamente a FAD (Flavina adenina dinucleotídeo) que exerce importante atividade de oxidação-redução. Sua atividade redox inclui a transferência de um elétron que torna a flavoquinona oxidada em flavosemiquinona (FADH) e a transferência subsequente de elétrons, resulta em hidroquinona totalmente reduzida (FADH2). O FAD está presente em algumas reações do ciclo de Krebs, onde move elétrons para a cadeia transportadora de elétrons na mitocôndria para geração de energia. A deficiência de B2 pode afetar a conversão de vitamina B6 em sua coenzima e até mesmo a conversão de triptofano em niacina.

O ácido nicotínico, nicotinamida e o triptofano constituem precursores de NAD e NADP. A nicotinamida e o ácido nicotínico são formas de niacina. O triptofano é um aminoácido que sofre reações enzimáticas com atuação das vitaminas B1, B2 e B6 para se tornar niacina, que sofre mais reações enzimáticas para se tornar nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) que ainda pode ser fosforilada e formar NADP. esses nucleotídeos formados são componentes de reação de oxidação-redução de vias sintéticas de ATP e das reações de transferência da ADP-ribose. Nas reações redox o NAD/P(H) é utilizado para oxidar ou reduzir um substrato. O NADP é utilizado em reações anabólicas, como síntese de lipídeos e colesterol, já o NAD é utilizados em reações catabólicas para transferência de energia livre presente nos macronutrientes  para gerar ATP, como carboidratos, lipídeos e proteínas.

A vitamina B6 é um grupo de derivados que apresentam três substâncias interconversíveis entre si, a piridoxina (um álcool), o piridoxal (um aldeído) e a piridoxamina (uma amina) e cada uma destas formas pode ser fosforilada por processos enzimáticos com atuação da vitamina B1 e B2  formando o PLP e PMP que constituem as formas coenzimáticas ativas. Ela desempenha várias funções, onde atua em aminoácidos e compostos nitrogenados na degradação não oxidativa destes, utilizando métodos de transaminação, desaminação, dissulfuração e descarboxilação. O PLP também está envolvido na gliconeogênese no seu papel de transaminação, como também cofator da glicogênio fosforilase. Ela também atua como cofator de uma enzima que atua no processo de conversão do triptofano em niacina. No eritrócito ela atua participando na formação e coordenação do grupo heme. O PLP atua como coenzima para reações que resultam na síntese de diversos neurotransmissores, incluindo serotonina.

O ácido pantotênico é amplamente distribuído nos alimentos, e essa substância é parte da coenzima A, que exerce múltiplos papéis no metabolismo celular, sendo central para oxidação de produtos glucolíticos no ciclo de krebs, atuando na primeira etapa do ciclo compondo o acetilCoA, e na quinta etapa do ciclo compondo o succinilCoA. Estão envolvidos na Beta-oxidação de ácidos graxos e degradação oxidativa de aminoácidos que vai disponibilizar produtos catabólicos ao ciclo de krebs. O ácido pantotênico é necessário a síntese de moléculas essenciais, como síntese de ácidos graxos, fosfolipídeos, colesterol, hormônios esteróides, síntese de ácido gama-aminoluvelínico que é precursor do anel Corrina na vitamina b12, síntese do grupo heme, contribui na formação de glicoproteínas e glicolipídeos.

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