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A Educação Física Escolar e Esporte

Por:   •  3/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.197 Palavras (13 Páginas)  •  341 Visualizações

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Educação Física Escolar e Esporte

Sabemos que a Educação Física foi uma disciplina muito contestada dentro do processo de escolarização, mas que nos últimos anos ocorreu uma evolução que aconteceu simultaneamente ao desenvolvimento da humanidade, que pode ser dividida em fases distintas, onde a Educação Física associava-se de forma episódica a acontecimentos que ocorriam em diferentes tempos e espaços, sem esquecer as biografias de personagens que consideravam importantes para a sistematização das idéias relacionadas com o sentido dessa disciplina na sociedade escolarizada, ao longo de seu desenvolvimento.

Assim, buscava-se tratar as especificidades das práticas, observando como elas se desenvolvem nas suas continuidades e descontinuidades, o que permanece e o que muda na história, sem perder de vista a lugar das práticas em um contexto mais global. Podemos então dizer que os conhecimentos transmitidos na Educação Física através das práticas pedagógicas, são selecionados a partir dos elementos que constituem nossa cultura corporal de movimento,ou seja, as diferentes práticas corporais que o homem vem construindo historicamente, transforma-se em nosso objeto de ensino, que vai orientar a identificação das aprendizagens que vamos almejar e objetivar com nossos alunos, fazendo com que o nosso objeto de ensino tenha um duplo caráter , que se apresenta como um conhecimento ou saber que se configura com um saber fazer e por outro lado, como um conhecimento ou saber sobre esse fazer.

Apresentando-se sobre essa óptica, os professores passaram a basear-se em conhecimentos, envolvidos dentro dos saberes da experiência, saberes teóricos e conceituais, para construir suas práticas pedagógicas, fazendo com que eles passassem a transmitir conhecimentos, que ocasionaria na importância da Educação Física como componente curriculares, pois com esse novo entendimento a disciplina referida passou a se apresentar como a grande responsável pela educação e formação do sujeito no que se refere ao corpo, que deve ser preservado ou modificado, pela criação e adoção de hábitos corporais, pela busca da estética corporal moderna e pelo espírito competitivo e dinâmico de viver a vida. E ainda pela produção de uma cultura de relações, que levem os sujeitos a assumirem a vida em sociedade, tudo isso com muita ética e muita capacidade crítica, para cumprir os princípios da vida civilizada.

No entanto era necessário fazer com que todos esses conhecimentos, se transformassem em objetos de ensino, fazendo com que o estudante fosse tratado como principal referência do projeto de formação humana, sendo assim, seria necessário oferecer a ele um diferencial pedagógico através das atividades culturais e corporais, para que todo estudante tenha direito de acessar a produção humana no campo da cultura em seu mais amplo aspecto, proporcionando assim uma amplitude de conhecimentos e aprendizagens as quais o mundo de hoje oferece, acompanhando assim o seu desenvolvimento.

Hoje podemos dizer que a Educação Física tem grande importância no processo de escolarização, pois, ela se tornou uma disciplina prioritária para discutir, ensinar e aprender a modernidade do corpo, fazendo com que homens e mulheres se tornem cidadãos plenos, com qualidade de vida e com consciência dos valores de civilidade, mostrando aos alunos que a educação do corpo deve ser acompanhada de elementos que venham possibilitar o exercício da capacidade e qualidade crítica sobre a cultura produzida pelo corpo.

No entanto, não há uma fórmula única na qual podemos nos basear para que a Educação Física seja uma unanimidade dentro do ambiente escolar, mas sim propostas de funcionamento as quais, primeiramente devem está inseridas no Projeto Político Pedagógico da escola, sem esperar que ela seja uma disciplina magnífica, cheia de novidades, adorada por todos os estudantes e demais setores da sociedade,mas devemos apresentá-la  aos alunos como uma disciplina que deva oferecer mecanismos possíveis para sua atuação que se apropriem de todos os princípios  e valores que garantam uma atualização civilizada com base na liberdade, solidariedade, participação e ainda na criatividade, na produtividade, que são valores e comportamentos da cultura da paz.

Entendemos então que a cultura corporal produzida pelo corpo que vai ser ofertada na escola se apresente como uma cultura que não dependa da lógica mercadológica, e que não seja colocada como meio de vida essencial substantivo, ou seja, os alunos terão plena consciência de que não deixará de viver se não tiver hábito de exercitar o corpo, mas que também poderá contar com essa possibilidade mesmo se não tiver condições de consumir tais práticas a partir da oferta de mercado. Diante dessas circunstâncias é importante o professor saber em relação aos alunos, que eles passam por mudanças imprevisíveis, pois cada ser humano é capaz de assimilar o conhecimento de maneiras diferentes, principalmente quando esses estudantes, em meio à vida social escolar, transformam-se pela convivência e pelas relações pessoais e sociais que cada um estabelece, tornando-se claro que lidamos com um sujeito absolutamente sociocultural que possuem diferentes características de maturidade, que para serem entendidas pelos professores, devem ser observadas as trajetórias históricas, as visões de mundo, valores, sentimentos, emoções e projetos de vida e de um mundo que podem ser muito próprias para nós, mas, necessariamente, não é, e não será para os nossos milhares de estudantes.

No entanto, para que todas essas teorias venham se tornar uma realidade devemos entender que o professor é a ponta de todo processo e deve saber que o diálogo com as diversas culturas, tendo o estudante como interlocutor, é a chave para, ao mesmo tempo em que respeita os anseios da coletividade representada pela rede escrita, respeita também as individualidades e as construções socioculturais iniciadas em cada casa, na rua, na vila e em cidades que não podem ser ignoradas pela escola e muito menos pelo professor.

Diante dessas possibilidades e de nossa cultura, os alunos em sua maioria se apresentam como esportistas que possuem características próprias, mas que devem ser trabalhadas pelo professor, no entanto muitos alunos buscam a prática esportiva como forma de futuro como atleta profissional, mas também é possível ver crianças, adolescentes, jovens e adultos interpretando a oportunidade de se exercitar, como forma de encontro com o outro, de expressão, afetividade, superação do tédio e de rotinas integradas, precisando assim a escola dialogar com essas possibilidades e entender o aluno nessa perspectiva e ainda mostrar as particularidades das modalidades esportivas que devem fazer parte do processo de ensino na escola, dentro de suas possibilidades, usando metodologias de ensino que aproximem os alunos e as modalidades.

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