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A REALIDADE DAS CRIANÇAS ADULTAS

Por:   •  9/1/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  64 Visualizações

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Elabore um comentário estabelecendo uma conexão entre o filme Invenção da Infância, o texto Dois Sentimentos de Infância e os conceitos de forma de socialização tradicional e forma de socialização escolar.

REALIDADE DAS CRIANÇAS ADULTAS

A educação é um processo de socialização por meio do qual os recém-chegados a este mundo são apresentados ao mundo segundo a filósofa alemã Hannah Arendt, pode acontecer de diferentes formas: socialização tradicional e socialização escolar.

Do ponto de vista da socialização de forma tradicional, recorremos ao historiador português Justino Magalhães, que no texto, onde trabalha o processo de educar as pessoas na sociedade portuguesa no período anterior ao século XVI em espaços familiares, em oficinas e locais de trabalho, em praças e lugares públicos, em festas, jogos, cultos religiosos e durante atividades pedagógicas, ora mais, ora menos organizadas e formais. Os pais, ou aqueles que os substituem, a igreja, os mestres corporativos, os responsáveis pelos destinos da comunidade, as autoridades, não se permitem que lhes digam que desempenham importantes funções educativas”.

Na sociedade tradicional, os processos educativos ou forma de introduzir os recém-chegados que Hannah Arendt nos falou são provenientes dos processos educativos que acontecem dentro da própria comunidade, a própria comunidade se estrutura fundamentalmente como um ambiente de experiência, mas também como um ambiente educacional ambiente que acolhe e orienta os indivíduos que são introduzidos nesta comunidade, assim oficinas, locais de trabalho, lugares públicos, como disse Justino Magalhães, pais, eclesiásticos, todos os indivíduos realizam tarefas que são educativas. Não existe um lugar específico que seja responsável pela educação, mas nessas sociedades tradicionais ou nessa forma tradicional de socialização, todo espaço de convivência é definido como um espaço educacional.

A socialização escolar é definida por Lahire, Thin e Vicent 2001 da seguinte forma no texto, onde eles conceituam o que é o fenômeno da escolarização "a forma escolar é caracterizada por um conjunto

abrangente de características - entre elas é necessário mencionar em primeiro lugar, a constituição de um universo separado para a infância, a importância das regras na aprendizagem, a organização racional do tempo, a multiplicação de exercícios cuja função é aprender."

O que esses autores destacam nessa forma de socialização é o fato de ela introduzir alguns processos em alguns mecanismos bem específicos cujo único objetivo é o desenvolvimento da aprendizagem, ela organiza tempos, atividades e todos os conjuntos, todos os elementos que estão presentes em seu universo. com o único propósito de transmitir certos conhecimentos selecionados. Esta forma de socialização assenta fundamentalmente numa constituição com estatuto específico para a infância, que vigora na sociedade ocidental desde o século XVI.

O texto de Philippe Ariès mostra que na Idade Média não existia a ideia de infância que temos hoje, as crianças eram tratadas como adultos sem os cuidados a que estamos acostumados, o que não significa que fossem negligenciadas. O que você teve foram crianças tratadas como adultos, vestidas como adultos e vivendo em um ambiente adulto. Pode-se dizer que na infância não havia o sentimento de que as crianças deveriam ser tratadas como seres frágeis e dependentes de cuidados, pois era como se nada existisse sobre elas, pois poderiam desaparecer a qualquer momento, pois a taxa de mortalidade infantil era muito Alto.

A partir do século XIV, começa a surgir uma nova imagem: as crianças começam a ter os seus próprios trajes. Ainda nesta época, a criança se torna uma fonte de distração e relaxamento para o adulto devido à sua ingenuidade e graça, que passamos a chamar de “mimos”. O jeito e o comportamento dos bebês certamente sempre agradaram mães e enfermeiras, mas o sentimento era despojado, como tantos outros.

Por outro lado, no século XVI muitos moralistas adotaram uma certa rejeição ao sentimento de "mimos" dado às crianças. Estes acreditam que é inaceitável dedicar tanto tempo a seres que nem sequer têm alma, e que muito carinho tornaria as crianças insuportáveis e mal-educadas.

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