A experiencia de ser cego por alguns minutos

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FACULDADE DE CIENCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL

LUCIENE ARRUDA LIMA

MOVIMENTO HUMANO E NECESSIDADES ESPECIAIS

JULIANO CESAR PEREIRA CARNEIRO

CACOAL – RO

2016

A EXPERIÊNCIA DE SER CEGO POR ALGUNS MINUTOS

Quando se trata de algum tipo de deficiência, todos reagimos à sua maneira, no geral sentimos pena da pessoa que está nessa situação. Mas o que as vezes não paramos para refletir é: Como eu reagiria, se de uma hora para outra eu fosse impossibilitada de ver, se toda a minha autonomia desaparecesse.

        No experimento vivenciado na aula de Movimento Humano e Necessidades Especiais, o desafio era formarem duplas, na qual uma delas seria vendada e a outra seria a guia. A sensação é, no mínimo, muito desconfortável, é como se você perdesse a conexão com o mundo ao seu redor. Você perde toda a noção espacial, o equilíbrio é comprometido e os demais sentidos se aguçam. O tom de voz utilizado pelo guia em questão de minutos passou a ser desconfortável e um tanto exagerado, a sensação de calor sentida naquele trecho indo para quadra passou a ser insuportável. Além disso, sempre que era para seguir em linha reta, acabávamos fazendo uma curva sem perceber, saindo fora do caminho.

        Outra situação complicada é com relação ao guia, é preciso ter muita confiança no mesmo, mas mesmo assim, sempre há a impressão que vamos tropeçar, cair num degrau ou buraco e esbarrar em algo ou alguém.

        No futebol, a sensação não foi melhor, se andar já é complicado, imagina correr, ainda mais quando se trata de um esporte de contato, e a dúvida de não saber onde a bola estava, era literalmente um chute no vento.

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