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As competências necessárias para atuação do profissional de Educação Física no campo do lazer

Por:   •  19/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  710 Palavras (3 Páginas)  •  2.000 Visualizações

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ESTUDOS DO LAZER

TUTOR: MARCIANA ROBERTA DE OLIVEIRA

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

SÃO PAULO – SP.

2016

As competências necessárias para atuação do profissional de Educação Física no campo do lazer

As competências necessárias para atuação do profissional de Educação Física no campo do lazer de acordo com Marcellino (2003, p. 15) contribuir para o debate ao afirmar que os animadores culturais possuem diferentes formações, o que julga ser necessário, pela própria abrangência da área cultural, e que os profissionais da área dominem os conteúdos culturais, têm vontade de dividir esse domínio com outras pessoas, devendo, para isso possuir uma sólida cultura geral, que lhes dê possibilidades de perceber a intersecção/ ligação do seu conteúdo de domínio com os demais, exercer cotidianamente, a reflexão e a valoração próprias da ação do educador, o que os diferenciará dos ‘mercadores‘ da grande maioria da indústria cultural, e ter compromisso político com a mudança da situação em que nos encontramos, atuando com base nessa perspectiva, ou seja, os profissionais de Educação Física no campo do lazer devem possuir conhecimentos em diversas técnicas de animação para que se possa intervir a perceber o gosto do público com o qual está lidando, os profissionais nessa área devem gostar de gente e cultura e possuir conhecimentos específicos em atividades físicas, ginásticas, jogos, danças, esportes, brincadeiras entre outros.

Os profissionais que atuam no campo do lazer devem ser conscientes, críticos e criativos e devem desenvolver na sua plenitude a ação pedagógica e didática do educador e ter presente a sensibilidade da ludicidade e a capacidade de compreender as expectativas do grupo. Pimentel (2003, p. 79) nos apresenta um conjunto de espaços nos quais esses profissionais se encontram inseridos, tais como: [...] academias, shopping’s, hotéis, associações, clubes, hospitais, asilos, SESC, SESI, escolas, presídios, navios (cruzeiros), fábricas, parques temáticos, condomínios, lojas de brinquedos, parques de diversão e de peão. A busca por uma formação e atuação profissional consistente e contextualizada é cada vez mais necessária na atualidade, pois requer que os profissionais de Educação Física, na condição de animadores culturais (conscientes, críticos e criativos), possam contribuir em diferentes contextos. No que se refere ao respeito às referências culturais dos indivíduos com os quais eles atuam deve haver o respeito, bem como estabelecer um diálogo, potencializando o processo de construção coletiva das experiências de lazer.

Passemos a apresentar, então, as características dessas três perspectivas, ou, como chamam os autores, os paradigmas tecnológico, interpretativo e dialético. No paradigma tecnológico, a animação é encarada como engenharia cultural. Isto é, o animador cultural interpreta a realidade, vê o que está faltando, o que está errado, e coloca as peças no seu devido lugar para restabelecer a ordem. Já no paradigma interpretativo, a animação é vista como formação cultural, como forma de dar aos indivíduos acesso aos bens culturais construídos historicamente. Se cada um compreende uma coisa e as individualidades são tão múltiplas que devem ser respeitadas a todo custo, cabe ao animador simplesmente apresentar um rol de atividades possíveis, mesmo que encaminhe os sentidos e os significados destas não só ao organizar, como também ao selecionar os modos de organização. O último paradigma, o dialético, entende a animação como construção de uma democracia cultural. O animador considera a realidade a partir do contexto em que ela se apresenta, tentando interpretá-la de forma global, complexa, dialética e diacrônica. Identificando a realidade como historicamente construída, está preocupado com que o conhecimento também seja socialmente situado, sempre na busca por despertar novas consciências. Esse modelo defende que não se trata de impor uma programação de forma vertical, tampouco de somente oferecer opções de forma horizontal. Podemos falar de uma postura diagonal, com o animador tentando gerar uma reflexão construída e problematizada. Sua preocupação é organizar uma ação comunitária, que, se não significa agredir frontalmente as individualidades, significa, no entanto, educar os indivíduos para que entendam que a construção de uma coletividade vai significar negociações, concessões, mediações. A partir disso, espera-se gerar uma ação transformadora e emancipadora.

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