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Atendimento Especializado - Pessoa com surdez

Por:   •  8/12/2016  •  Dissertação  •  884 Palavras (4 Páginas)  •  433 Visualizações

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Atendimento Educacional Especializado: Pessoa com Surdez.

Belford Roxo

2016

RESUMO

O presente trabalho versa sobre o atendimento educacional especializado, direcionado as pessoas com surdez, a fim de destacar a importância do desenvolvimento de políticas de educação inclusiva, visando a complementação da formação destes alunos.

  1. EDUCAÇÃO ESCOLAR PARA PESSOAS COM SURDEZ: PASSADO X PRESENTE

A partir da última década do século XX, vários autores e pesquisadores passaram a oferecer novos métodos de ensino para pessoas com surdez, entretanto, nem sempre foi assim.

        Antes de estes estudos passarem a ser implementados, havia uma política segregacionista, que tratava as pessoas com surdez como incapazes e por isso precisavam ser separados dos outros alunos, pois não teriam como atingir os mesmos objetivos.

        Hoje em dia, com as novas pesquisas, que vêm sendo difundidas entre vários autores e aplicadas por muitas instituições de ensino, tem-se a ideia de que a pessoa com surdez não precisa e não pode ser segregada da sociedade, e sim inclusa, pois há de se valorizar as “diferenças no convívio social e o reconhecimento do potencial de cada ser humano”.

        Embora alguns ainda acreditem que a separação preserva a cultura e identidade da comunidade surda, deve-se compreender, como refere Pierucci (1999), que em nome da diferença, pode-se também segregar.

  1. EDUCAÇÃO ESCOLAR INCLUSIVA: COMO FUNCIONA?

A inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até o ensino superior, e, para atingir esse objetivo faz-se necessária a participação do aluno tanto nas salas de aula, como no Atendimento Educacional Especializado, para que seja possível ao aluno superar as barreiras que lhe são impostas.

Um dos objetivos deste método educacional é o ensino da Língua Brasileira de Sinais em conjunto a Língua Portuguesa, a fim de proporcionar ao aluno maiores possibilidades de comunicação e entendimento, viabilizando o acesso ao conhecimento.

Entretanto, a questão mais importante não é o ensino desta ou aquela língua e sim o ambiente no qual a pessoa com surdez está inserida. O que realmente contribui com o aprendizado são as trocas simbólicas, que favorecerão os avanços cognitivos.

  1. TENDÊNCIAS EDUCACIONAIS: ORALISTA, COMUNICAÇÃO TOTAL E A ABORDAGEM PELO MEIO DO BILINGUÍSMO

As escolas comuns ou especiais que seguem a tendência oralista têm seus esforços voltados ao ensino através do uso da voz e da leitura labial. Tal método não é recomendado, tendo em vista difundir a segregação e não aproximar e auxiliar no ensino dos alunos.

A comunicação total, por outro lado, “considera as características da pessoa com surdez utilizando todo e qualquer recurso possível para a comunicação, a fim de potencializar as interações sociais, considerando as áreas cognitivas, lingüísticas e afetivas dos alunos“, entretanto, tal método também acaba por segregar ainda mais o aluno, pois não possibilita um desenvolvimento satisfatório e não dá o devido valor a Língua de Sinais.

Com isso, a abordagem educacional por meio do bilingüismo é a tendência que mais se destaca, por capacitar a pessoa com surdez para a utilização de duas línguas no cotidiano escolar e na vida social, quais sejam: a Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte.

  1. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: UMA PROPOSTA INCLUSIVA

Tendo em vista que a abordagem educacional por meio do bilingüismo é a tendência que vêm se aplicando nos últimos tempos, por melhor se adequar as necessidades das pessoas com surdez, deve-se entender que sua aplicação é de suma importância para o desenvolvimento e aprendizado dos alunos.

Com isso, o ensino didático-pedagógico de LIBRAS e Língua Portuguesa enriquece os conteúdos curriculares, promovendo a aprendizagem dos alunos com surdez na turma comum.

  1. ATUAÇÃO DO TRADUTOR/INTÉRPRETE E PROFESSORES

Por fim, cabe destacar a atuação do tradutor/intérprete e professores em sala de aula comum. Há três tipos de ensino diferentes: a do tradutor/intérprete, que “poderá mediar a comunicação entre os alunos ouvintes e o professor com surdez no ensino teórico da Libras.”. A do professor fluente em Libras, a quem caberá o ensino prático. “Uma vez que o professor tenha fluência nessa língua e que o domínio do conhecimento a ser trabalhado é exclusivo desse professor, não existe a barreira da comunicação e, assim sendo, o intérprete será desnecessário.” E por fim, a do tradutor/intérprete com o professor sem fluência em libras, que poderá atuar na sala de aula, mas sem interferir na construção da língua portuguesa.

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