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FICHAMENTO: LEVANTAMENTO DO ESTADO DA ARTE NOS ESTUDOS DO LAZER: (BRASIL) SÉCULOS XX E XXI – ALGUNS APONTAMENTOS – ELZA PEIXOTO

Por:   •  3/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.218 Palavras (5 Páginas)  •  266 Visualizações

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“Todo e qualquer trabalho acadêmico, independente do tema ou dos objetivos perseguidos, carece do levantamento do conhecimento da produção pré-existente. Chama-se a isso de levantamento do estado da arte – cuja finalidade é reconhecer os avanços e limites na produção do conhecimento a respeito de um determinado tema de estudo.” (p. 562)

“Várias áreas têm dedicado atenção ao estudo do lazer, e a produção daí decorrente espalha-se pelos diversos órgãos e instrumentos de disseminação do conhecimento que atendem às demandas de cada uma destas áreas.” (p. 562)

“Neste artigo, trazemos os resultados preliminares de um levantamento bibliográfico que objetivou mapear a produção do conhecimento referente aos estudos do lazer no Brasil, tomando como marcos os séculos XX e XXI, resultados estes que nos levam a afirmar (1) a necessidade de organização de um banco de dados específico aos estudos do lazer e (2) a necessidade de revisão crítica desta vasta produção.” (p. 563)

“Na produção do conhecimento referente aos estudos do lazer, todas as discussões que abordam o problema da educação para e pelo lazer passam por esta teia de categorias, cujos significados variam conforme os referenciais teóricos e as visões de mundo de que partem os pesquisadores.” (p. 563)

“(...) recorrendo às palavras-chave “recreação” e “lazer”, isoladamente, localizamos vários materiais bibliográficos datados da segunda metade do século XIX e início do século XX, preocupados com a orientação da recreação e com a disseminação de acervos de jogos, brinquedos, brincadeiras e acervos folclóricos de origem nacional e internacional.” (p.565)

“No que toca à polissemia e paráfrase, observa-se que a produção do conhecimento recorre aos termos “tempo livre”, “recreação”, “lazer”, “ócio”, “lúdico” e “jogo” para referir-se a um conjunto de ações cujos significados envolvem os seguintes eixos: (1) concessão de tempo livre legalmente regulamentado ao trabalhador, com a garantia de aproveitamento “adequado” de suas horas de lazer, o que exige do poder público a implementação de políticas de gestão do tempo livre, a fim de evitar colocar “em perigo a obra social e cultural que se desejou iniciar com a regulamentação legal da duração do trabalho” (p. 567)

“No que toca ao eixo norteador da produção do conhecimento, reafirmamos a tese de que é a ocupação do tempo livre ou dos “usos do tempo livre” que absorve boa parte dos estudos do lazer no Brasil.” (p. 568)

“(...) O acompanhamento progressivo desta produção permite observar a preocupação com a distinção entre lazer e ócio, com a indicação de atividades adequadas para o preenchimento do tempo livre e com divulgação de estudos que demonstram o modo como a população organiza a vida cotidiana e usufrui o lazer.” (p. 568)

“Este primeiro ciclo, que vai de meados da década de 1930 até meados da de 1960, é marcado pela (1) produção de justificativas para a implementação de políticas de ocupação do tempo livre das crianças e de educação para o tempo livre; (2) organização e disseminação de acervos de jogos, brinquedos e brincadeiras, entre outras práticas sociais consideradas adequadas para a ocupação do tempo livre das crianças no interior e fora da escola; (3) produção de justificativas científicas, relacionadas à produtividade no trabalho, para a redução regulamentada da jornada de trabalho e para o planejamento e implementação de políticas públicas voltadas a uma adequada ocupação do tempo livre do trabalhador.” (p. 568)

“Destaca-se também que nas décadas de 1920, 1930 e 1940 são desenvolvidas experiências de políticas públicas destinadas à ocupação do tempo livre de crianças, jovens e adultos.” (p. 569)

“Na década de 1940, mantém-se a produção de trabalhos voltados à oferta de acervo de jogos, brinquedos e brincadeiras, surgindo também os primeiros trabalhos no contexto trabalho/tempo livre/ocupação do tempo livre do trabalhador, produzidos no campo do direito por Sussekind.” (p. 569)

“Neste ciclo, o aprimoramento teórico conceitual e a ampliação dos estudos empíricos sobre o lazer priorizam o conhecimento dos “usos do tempo livre”, configurando-se como “planos, pesquisas e programas incentivadores de novas formas de praticar o lúdico, de aproveitar o tempo livre e nele ter prazer”.” (p.570)

“O SESC, por sua vez, além da atuação na prestação de serviços em lazer, também estruturou o Centro de Estudos do Lazer e da Recreação (CELAZER)” (p. 571)

“Nesta fase, ocorrem intensos debates que vão expor as ideologias nas quais

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