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OS BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA EM PESSOAS COM ALZEIHMER

Por:   •  30/10/2019  •  Artigo  •  4.021 Palavras (17 Páginas)  •  149 Visualizações

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OS BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA EM PESSOAS COM ALZEIHMER

Rafael Mendes Siqueira

FACON Faculdade De Conchas

Rafaelms23@hotmail.com

RESUMO

A doença de Alzheimer é uma demência que ocorre com pessoas idosas e provoca a degeneração do cérebro e atinge principalmente idosos entre 65 e 80 anos, sendo uma doença progressiva e degenerativa. Esta doença compromete a integridade das funções cognitivas e físicas, levando totalmente a dependência na fase mais avançada da doença e exigindo assim mais cuidados específicos. O presente trabalho tem por objetivo aprofundar no tema proposto abordando sobre a prevenção, a identificação da doença, os tipos de tratamentos e de alternativas eficientes que ajudarão na não progressividade da doença. Sendo que uma das alternativas importantes é a educação física como aliada na melhoria e manutenção e melhorias dos níveis anteriores como equilíbrio, velocidade, agilidade, destreza, coordenação motora e funções cognitivas, além de melhoria na qualidade de vida dos idosos, proporcionando ao idoso realizar melhor e com mais prazer suas atividades diárias. Assim, portanto a atividade física pode ajudar no sentido de contribuir para reduzir a taxa de declínio físico e cognitivo à progressão da doença.

Palavras-Chaves: Alzheimer. Educação física. Idoso.

INTRODUÇÃO

A mais antiga notícia sobre a Educação Física em terras brasileiras é do ano de sua descoberta, em 1500, onde foi contado por Pedro Vaz de Caminha, indígenas dançando, saltando, girando e se alegrando ao som de uma gaita tocada por um português (RAMOS, 1982).

A partir da criação do Ministério da Educação e Saúde, que a Educação Física começa a receber destaque perante aos objetivos do governo. Nessa época, a Educação Física é implantada na constituição brasileira e surgem leis que a tornam obrigatória no ensino secundário (RAMOS, 1982)

Em 1996, com a reformulação dos PCNs, é advertida a importância da articulação da Educação Física entre o aprender a fazer, o saber por que se está fazendo e como relacionar-se nesse saber (BRASIL., 1997). De forma geral, os PCNs trazem as diferentes dimensões dos conteúdos e propõe um relacionamento com grandes problemas da sociedade brasileira, sem perder de vista o seu papel de integrar o cidadão na esfera da cultura corporal. Os PCNs buscam a contextualização dos conteúdos da Educação Física com a sociedade que o ser humano está inseridos, devendo a Educação Física ser trabalhada de forma interdisciplinar, transdisciplinar e através de temas transversais, favorecendo o desenvolvimento da ética, cidadania e autonomia.

A terceira idade é definida, pela Organização Mundial de Saúde – OMS – com aquela com sessenta anos ou mais de idade. Esta definição é valida para países subdesenvolvidos, elevando-se este limite para sessenta e cinco anos de idade, em países desenvolvidos.

De acordo com o autor Amorim (1996), tornar-se idoso é algo de que não podemos fugir, visto que faz parte da vida do ser humano, a longevidade é irreversível, portanto, o governo e a sociedade precisam estar preparados para isto, e, além disso, as pessoas estão vivendo mais devido a vários fatores que predispõem esse avanço, dos quais podemos mencionar o decréscimo decorrente da taxa de natalidade e o progresso da ciência médica aliada à tecnologia (HEREDIA, 1999).

Importante destacar que a velhice é uma fase da vida temida por grande parte das pessoas, pois ela é associada a doenças, a incapacidade, a falta do que fazer, ou seja, o fim da vida dentre outros, e nesta visão o idoso sofre discriminações e desrespeito da sociedade e às vezes, até mesmo de seus próprios familiares, por estes acharem que aquele é uma pessoa sem utilidade, improdutiva, e que já não tem a mesma importância de antes. Sendo assim, isso pode provocar uma sensação de inutilidade do idoso, pois a atribuição de fracasso a deficiências pessoais generalizadas e duradouras pode produzir em qualquer pessoa de qualquer idade, e não só as mais velhas, um profundo senso de ineficácia (PAPALEO NETTO, 2006).

De acordo com Neri (2003), para que um idoso tenha uma velhice bem-sucedida, um fator é extremamente importante a autoestima, que é julgamento qualitativo sobre como somos, e esta por sua vez consegue encarar com mais disposição os efeitos da velhice, pois a satisfação na velhice é o aspecto interno e subjetivo de boa qualidade de vida nesse período. Assim, portanto uma das maneiras que os idosos encontram para superar as perdas decorrentes do envelhecimento é a prática de exercícios físicos, pois a mesma, além de melhorar a saúde dos referidos indivíduos, em todos os seus aspectos, proporciona também a eles maior autonomia, fazendo com que as pessoas da terceira idade se sintam mais produtivas e capazes de enfrentar as dificuldades impostas, tanto pelo envelhecimento, quanto pela discriminação que sofrem nos diversos segmentos sociais, mostrando que tais idosos ainda tem a ensinar e a contribuir.

Com o envelhecimento, as alterações na massa muscular, massa de gordura e massa óssea estão estreitamente relacionadas, sendo afetadas pela situação em que o idoso exibe quanto à prática de atividade física (HUGHES et al., 2002).

Haywood e Getchell (2004) chamam a atenção para o fato de que o exercício físico é de essencial importância para diminuição de alguns atrasos com o envelhecimento no sistema nervoso.

Assis (2004) assegura que a prática regular de exercício físico no idoso colabora para o controle da depressão e diminuição da ansiedade, permitindo a este maior familiaridade com o seu corpo e funções. Desta maneira, a atividade física em qualquer idade pode diminuir os riscos de depressão e declínio cognitivo (SPIRDUSO E CRONIN, 2001).

Assis e Araújo (2004) acentuam que o exercício físico tem importante papel de integrador social, pois a atividade física deixa ao indivíduo manter-se ativa, aumentando suas disposições para atividades diárias.

Conforme Sereniki e Vital (2008), a Doença de Alzheimer (DA) é uma degeneração do cérebro, que acontece com pessoas idosas e tem como consequência a demência. Esta doença afeta cerca de 10% dos indivíduos com idade de 65 anos e 40% estão acima de 80 anos. O Alzheimer é caracterizado pela neurodegeneração que provoca uma deficiência progressiva e uma eventual incapacitação. Segundo os autores a fundamental característica e a primeira evidência clínica desta patologia é a deficiência da memória recente, acompanhada da deteriorização de outras funções cognitivas de acordo com o progresso da doença.

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