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A IMPLEMENTAÇÃO DE TESTES DE DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARA MALÁRIA NA SUAZILÂNDIA.

Por:   •  30/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.591 Palavras (7 Páginas)  •  931 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Fichamento de Estudo de Caso

Thaís Thamária Nogueira Pinheiro

Trabalho da disciplina Vigilância em saúde Tutor: Robson da Fonseca Alves

SÃO LUÍS

2017

Estudo de Caso: IMPLEMENTAÇÃO DE TESTES DE DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARA MALÁRIA NA SUAZILÂNDIA.

REFERÊNCIA: MOIYOI, K. ROSEMBERG, J. WEINTRAUB,R. Implementação de Testes de Diagnóstico Rápido para Malária na Suazilândia. Harvard Medical School, abril, 2012.

O artigo trata de um caso de surto da malária na Suazilândia. O artigo foi elaborada por três autoras mostrando os desafios enfrentados na implementação de uma estratégia que visava eliminar a malária em diversos países, inclusive em Suazilândia.

O artigo é dividido em tópicos trazendo um pequeno histórico do surto da malária na Suazilândia, as estratégias estabelecidas para eliminação da mesma, a implementação do teste de diagnóstico rápido, o programa de garantia de qualidade, o sistema de notificação imediata de doenças, o líder do Programa Nacional contra Malária (PNCM) o gestor Simon Kunene, os principais desafios enfrentados no combate a eliminação dos surtos da doença, assim como os resultados sobre o plano e o aprimoramento do mesmo.

O artigo Case de Harvard inicia relatando o surto de malária em Suazilândia, apontando que a transmissão se deu através do período chuvoso da região.

 As autoras relatam que no final dos anos 1940 75% das crianças entre a idade de um a cinco anos foram infectadas com os parasitas da malária, e que 99% da mesma era causadas pelo tipo P. Falciparum.  Afirmam ainda que 30% da população, aproximadamente 366.900 pessoas, viviam em áreas endêmicas da malária.

Para combater esse surto foram criadas algumas estratégias, que eliminasse esse problema. Uma vez, que alguns países da África já haviam conseguido eliminar a malária de sua região a União Africana e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), resolveu selecionar diversos países como candidatos para eliminar a malária até 2015 e dentre esses países a Suazilândia foi um dos alvos.

Foram estabelecidos alguns critérios através do Plano de Ação Global, a Parceria RBM, e a OMS para eliminação da malária. A estratégia procurou melhorar os sistemas de vigilância, organizar os comitês nacionais de direção, esclarecer os papéis do setor público e privado, desenvolver os objetivos de defesa, e promover iniciativas transfronteiriças para reduzir o risco de reintrodução.

Baseados nesses critérios traçaram alguns objetivos que tinhas como foco: reduzir e sustentar os casos de malária contraída localmente para zero até 2015; reduzir e sustentar as mortes por malária vistas nas unidades de saúde para zero até 2015; manter em zero os casos de malária contraída localmente através de prevenção da reintrodução durante todos os anos até 2015.

Segundo Moiyoi, Rosemberg, Weintraub, (2012) para atingir os objetivos citados, o PNCM enfatizou que todos os casos suspeitos deveriam ser submetidos ao diagnóstico por microscopia ou TDRs (testes de diagnóstico rápido); aos casos não complicados e confirmados deveriam ser tratados com uma terapia a base de artesimina (ACT; exceto mulheres grávidas em seu primeiro trimestre, que receberam quinino oral); as casas em áreas de transmissão receberiam inseticidas de longa duração e pulverização residual; potencias epidemias deveriam ser identificada o mais rápido possível, além disso tratadas dentro de duas semanas da detecção; deveriam melhorar a informação, e que a educação e materiais sobre a malária abrangesse toda a população.

Para que esse plano fosse colocado em prática, foram necessários altos investimentos para concretizá-los. Nesse caso, O Fundo Global e o governo foram as principais fontes de financiamento para a eliminação da malária em Suazilândia, houve inúmeros investimentos, entre eles foi necessário melhorias das competências de microscopia entre 16 hospitais e centros de saúde de Suazilândia, uma vez que os diagnósticos laboratoriais de Suazilândia eram muito limitados, foi necessário também expandir a forma de diagnóstico parasitológico através do teste de diagnóstico rápido (TDRs) a todas as unidades de saúde, com abrangência de 190 clínicas, 10 e mais 100 unidades de saúde do setor privado que oferecem vários níveis de cuidados.

As autoras frisam que além desses investimentos sentiram a necessidade de melhorar a formação dos profissionais de saúde, para controlar qualidade de diagnóstico e se ter um tratamento adequado e o mais rápido possível e entre outras necessidades. Dessa forma foram treinados 441 profissionais de saúde do setor público e privado e os mesmo receberam treinamentos anualmente, isso por causa da rotatividade de pessoal da unidade de saúde.

A partir dessas estratégias e necessidades já observadas, Kunene decidiu que deveriam ser implementados o TDRs, pois para ele os serviços de microscopia não seriam suficientes para alcançar os objetivos em relação à malária, uma vez que esse exame nem sempre estava disponível e, além disso, demorava muito para obtenção dos resultados e em consequência não se teria um diagnostico rápido para um tratamento mais preciso para eliminar os casos de malária em Suazilândia.

Os testes de diagnóstico rápido de acordos com as diretrizes de eliminação da malária da OMS, foram implementados nas unidades de saúdes públicas e privados em toda a Suazilândia, os testes eram oferecidos gratuitamente principalmente quando a microscopia não estava disponível, ainda assim a microscopia continuou sendo o “padrão ouro” para o diagnóstico.

O artigo informa que os profissionais de saúde e o público em geral, receberam treinamentos, realizaram atividades de promoção de saúde destacando a importância dos TDRs e seu papel na melhoria dos cuidados aos pacientes.

É ainda relatado no artigo que além da implementação do TDRs, foi desenvolvido um programa de garantia da qualidade de diagnóstico para os testes de TDRs assim como o de microscopia. E que a Suazilândia foi o primeiro país na região que desenvolveu um programa abrangente de dois níveis – a nível nacional e na região de maior risco, pois o programa visava garantir qualidade na interpretação oportuna, precisa e correta dos resultados de diagnóstico construindo assim um nível de confiança do médico e paciente nos resultados.

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