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A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO E O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA EDUCAÇÃO POPULAR

Por:   •  30/6/2017  •  Resenha  •  1.594 Palavras (7 Páginas)  •  705 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI[pic 1][pic 2]

CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS – CSHNB

CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DISCIPLINA: DIDÁTICA APLICADA A ENFERMAGEM

DOCENTE: Me. ALESSANDRA LOPES DE OLIVEIRA

DENES BRUNO GOMES OLIVEIRA

AUTOAVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

PICOS – PI

2017


A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO E O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA EDUCAÇÃO POPULAR

Paulo Freire explica a sociedade basicamente a partir do confronto entre opressores e oprimidos. Segundo ele, a educação tradicional, ao não dar voz aos oprimidos, ajudava a perpetuar as injustiças sociais. A Pedagogia do Oprimido seria uma maneira de conscientizar as pessoas sobre a realidade social, com as suas contradições, evidenciando a luta entre os opressores e oprimidos onde os opressores lutam para oprimir mais e os oprimidos para desvencilhar da opressão.                         Para ele, educar é o reconhecimento desse quadro social e o reconhecimento do seu papel nessa luta, mas não só o reconhecimento do papel, mas consequentemente uma ação de superação desse papel. A educação não poderia ser desvinculada do seu principal objetivo, que, de acordo com Paulo Freire, é a construção de uma sociedade mais justa.                                                                                 Trazendo para o cotidiano das salas de aula, tratar de forma errônea seria dizer que o professor sendo opressor é o grande sábio, provedor do conhecimento e que o aluno oprimido seria o grande ignorante, aquele que não tem conhecimento algum e que está apenas para ouvir o que o professor tem a dizer. Mas para Paulo freire, o professor é apenas detentor de alguns conhecimentos que o aluno não é, e que isso pode ser construído junto, o professor também pode aprender com o aluno assim como o aluno com o professor.                                                                        Na concepção “bancária” da educação como instrumento de opressão na página 57, Paulo Freire faz sua crítica dizendo “ A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem enchidos pelo educador. Quanto mais vai se enchendo os recipientes, com seus “depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente encher, tanto melhores educandos serão”.                                                                                         De acordo com isso em vez de ter conversação ou diálogo com o educador, concebe apenas comunicados que se depositam, memorizam e repetem. Isso dá a concepção de que é uma ação de oferecer aos educandos, depósitos para eles guardarem e arquiva-los.                                                                        Nas aulas apresentadas da disciplina de Didática Aplicada à Enfermagem pela docente, foi mais uma comprovação da ideologia que Paulo Freire defendia, de que realizar uma aula dialogada coletivamente onde o aluno e professor estabeleçam uma comunicação melhor e expõe seus conhecimentos, favorecerão uma relação de aprendizado em conjunto. Para P. Freire, a essência do homem a sua humanização, é a capacidade que o homem tem de construir e refletir o mundo coletivamente. É a liberdade de comunicação com todos.                                                         A docente soube explanar os assuntos mesmo sendo de pouco entendimento pelos alunos, fez com que tivesse uma interação em conjunto na busca de realizar as atividades e apropriação dos assuntos abordados, referindo um aprendizado de qualidade. Assim impediu que acontecesse a introdução de assuntos extensos e expositivos de maneira grotesca e desumana.                                                 Paulo Freire relata na página 30 do livro a seguinte frase “A desumanização, que não se verifica apenas nos que tem sua humanidade roubada, mas também ainda que forma diferença nos que a roubam, é distorção da vocação do ser mais”, ou seja, o desumano é descaracterizar a essência do homem no outro, dominando e apropriando-se para querer ser mais.                                                                         Para se minimizar essas questões, o melhor a se realizar é a educação em saúde ou educação popular, que são projetos pedagógicos que priorizam a intercomunicação entre diálogo entre o saber popular e o científico. Para Lima & Kujawa (2006), A educação popular passou a ser uma ferramenta, uma metodologia de trabalho importante que pode ser adotada e incorporada por profissionais da área da saúde, em especial no campo da enfermagem, por utilizar como um dos instrumentos de cuidado, o diálogo e a escuta, permitindo que os atores sociais expressem seu pensamento crítico e visões de mundo valorizando as trocas interpessoais.                                É uma proposta que objetiva trabalhar pedagogicamente o homem e os grupos envolvidos no processo de participação popular, fomentando as dimensões coletivas de aprendizado (VASCONCELOS, 2006). Essa educação popular em saúde vai permitir que os enfermeiros potencializem suas construções e experiências coletivas e inovem no modo tradicional de educar.                                                        Á vista disso, é imprescindível a importância desse conhecimento didático e dialogado desenvolvido ao longo da disciplina de Didática para que possamos como futuros enfermeiros, amplificar nossa metodologia potencial na educação popular das ações em saúde na enfermagem e levar como conhecimento humanístico.          

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