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AS COMPETÊNCIAS GERENCIAIS DA ENFERMAGEM NOS TRÊS NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Por:   •  5/5/2022  •  Artigo  •  7.003 Palavras (29 Páginas)  •  289 Visualizações

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COMPETÊNCIAS GERENCIAIS DA ENFERMAGEM NOS TRÊS NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Nome do aluno[1]

Nome do Professor Orientador[2]

Resumo

 

Este trabalho tem por objetivo identificar na literatura científica as competências gerenciais da enfermagem nos três níveis de atenção à saúde. Trata-se de um estudo bibliográfico, do tipo revisão narrativa da literatura. Assim foram executadas buscas das produções científicas (artigos, teses, dissertações) de livre acesso e disponíveis na íntegra, sem recorde temporal. Busca realizada no mês de abril de 2022, no google acadêmico e scielo. Identificou-se que a gestão de saúde é uma das atribuições dos profissionais enfermeiros, ela está inserida em todos os níveis de atenção à saúde: primária, secundária e terciária, contudo existe dificuldades devido muitos profissionais não estarem capacitados, a infraestrutura do serviço, poucos profissionais para atender a demanda. Assim é fundamental o processo de educação permanente para os profissionais de saúde para que as competências gerenciais sejam realizadas de forma segura, adequada e eficaz.


 
Palavras-chave: Gestão em saúde. Enfermagem. Competências gerenciais.

1 INTRODUÇÃO

        As atuais mudanças na forma de trabalho tem requerido sofisticadas formas   de desempenho dos gestores para atender às demandas organizacionais crescentes e complexas. O desafio em determinar precisamente o que é qualidade gerencial no atual contexto da gestão dos serviços vem se tornando cada vez mais relevante e imperativo, levando estudiosos, líderes e profissionais a revisitar definições e padrões no panorama da sociedade contemporânea (ARAGÃO et al., 2016).

Os termos “administração” e “gestão” abrangem algumas definições que devem ser diferenciadas. Um dos conceitos diz que administração é o direcionamento racional das atividades de uma organização cujas funções se enquadram no planejamento, organização, direção e controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho, as quais ocorrem dentro da organização (ANDRADE et al., 2016).

Conforme a Lei n° 7.498/1986 que regulamenta o exercício profissional de enfermagem no Brasil, o processo de trabalho em enfermagem tem por atribuições privativas dos enfermeiros as relacionadas a organização, coordenação, execução, planejamento e avaliação dos serviços (FERREIRA et al., 2019).

        Desta forma as diretrizes curriculares nacionais elucidam a formação crítica e reflexiva do exercício profissional em enfermagem, com características inovadoras sintonizadas com uma nova visão de mundo convergente com a gestão em serviços de saúde (ANDRADE et al., 2016).

        A enfermagem é uma profissão da saúde que desempenha papel fundamental no processo de saúde-doença, em todos os níveis de atenção. Refere-se há uma prática social complexa, historicamente relevante para a vida humana, que além do contexto assistencial integra práticas administrativo-gerenciais (OLIVEIRA; MEDEIROS, 2021).

 Cada vez mais o enfermeiro tem assumido posições de gerência nos serviços de saúde, destacando-se pela visão de conjunto articulando as áreas administrativas, assistenciais e de ensino e pesquisa, essa realidade evidencia seu papel enquanto gerente, o que o torna indispensável para o cuidado com qualidade aos pacientes (OLIVEIRA; MEDEIROS, 2021).

Vale ressaltar que, as competências para os profissionais de enfermagem, no  bojo gerencial,  têm  potencial  para subsidiar  sistematicamente  a  formação crítico-reflexivo,  extrapolando  a  dimensão  técnica  do  trabalho  e,  assim,  alicerçar  a capacidade  do  profissional  impactar  o  mercado  e  provocar  melhorias  sociais  e  na  situação  de  saúde  local,  a  médio  e  longo prazo (ARAGÃO et al., 2016).

O processo gerencial se alicerça no “fazer-acontecer” de maneira sistemática com resultados expressivos e baseados em certos padrões de qualidade. Desta forma se faz necessário o desenvolvimento de ações que viabilizem mais as relações, interações e associações entre as pessoas, respeitando sua pluralidade e diversidade. É preciso ressaltar a necessidade de novos conhecimentos acerca do exercício gerencial do enfermeiro (MONTEZELI, 2018).

Os conflitos decorrentes da dualidade na assistência e gestão, que fazem parte do papel do enfermeiro, engrossam os debates atuais, pois estas transformações que afetam a forma de gerir as instituições de saúde, muitas vezes questionando a eficácia do modelo tradicional de gestão, acabam por   impactar   também   no   papel   e   nas   novas   demandas dos enfermeiros, tanto na esfera da assistência direta quanto na gestão (ARAGÃO et al., 2016).

A importância da gestão em serviço agrega a implementação de modelos  gerenciais que permitam planejar, decidir, organizar e controlar a prestação da assistência, por meio da utilização de práticas gerenciais que possibilitem maior eficácia e eficiência na aplicação dos recursos, possibilitando uma abrangência de conhecimentos teóricos, práticos e científicos (CHAVES et  al., 2021).

O cuidado em saúde está interligado à gestão e organização, sendo o enfermeiro responsável por coordenar estas ações de trabalho em todos os níveis assistenciais. O American Nurses Credentialing Center, argumenta que a execução das práticas de enfermagem é privativa do enfermeiro e a excelência em saúde só será alcançada quando o profissional de enfermagem possuir voz na tomada de decisões no que se refere ao cuidado em saúde. Assim, o poder de influência do enfermeiro, cria um modelo cultural de organização e promove um inter-relacionamento na equipe multiprofissional, possibilitando inovações no setor e melhorando a qualidade e segurança das ações no cuidado em saúde (MEDEIROS et.al, 2016).

O processo gerencial abrange recursos, como os materiais, instalações, equipamentos e a força de trabalho, gerando condições para a realização do cuidado integral. A articulação entre as dimensões assistencial e gerencial do cuidado de enfermagem é complexa, em especial em sua visibilidade, sendo que o enfermeiro, ao ter reservada pelo Conselho Profissional a atribuição gerencial, tende a comprometer-se com esta ação, como subsidiária à viabilização do cuidado (LANZONI et al., 2015).

Assim, frente à inquietação da pouca discussão sobre as competências de gestão necessárias para o enfermeiro gestor tanto na atenção primária, secundária e terciária, este estudo tem por objetivo:  identificar na literatura científica as competências gerenciais da enfermagem nos três níveis de atenção à saúde.

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