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CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

Por:   •  22/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.056 Palavras (9 Páginas)  •  297 Visualizações

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Universidade de Ribeirão Preto

Enfermagem

ALINE PATRICIA DE SOUZA DE FREITAS

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS PELOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL ELECTRO BONINI - UNAERP

RIBEIRÃO PRETO

2018

Aline Patrícia Souza de Freitas

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS PELOS ENFERMEIROS E TECNICOS DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL ELECTRO BONINI - UNAERP

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Ribeirão Preto

2018

RESUMO

Entende-se por interações medicamentosas as alterações de um fármaco pela presença de outro fármaco e podem ocorrer quando os fármacos são incompatíveis e são administrados concomitantemente, levando a efeitos adversos como potencialização, adição, somação ou antagonismo. Sabe-se que a equipe de enfermagem tem o dever de garantir a qualidade da assistência para o paciente e sua família, sendo assim, o conhecimento e o entendimento das interações medicamentosas possibilitam a equipe de enfermagem tomar ações de intervenções ao ser observado uma interação medicamentosa, promovendo a segurança do paciente no ambiente hospitalar. Este trabalho tem como objetivo avaliar o conhecimento dos enfermeiros e técnicos de enfermagem do Hospital Electro Bonini –UNAERP quanto à interação medicamentosa em relação ao aprazamento realizado. Será realizada uma pesquisa qualitativa e descritiva.

Palavras-chave:  Interação medicamentosa. Administração de medicamentos. Enfermagem.


1 INTRODUÇÃO

O surgimento de novos medicamentos no mercado combinado à prática clínica da polifarmácia tem ampliado a capacidade dos profissionais em atender as demandas dos pacientes em variados processos, seja no âmbito hospitalar ou domiciliário. Neste universo, ao contrário do que se pensa, a utilização de vários e novos medicamentos não garante maior benefício ao paciente, pois junto com as vantagens das possibilidades terapêuticas surge o risco dos efeitos indesejados e das interações medicamentosas (SECOLI, 2001).

A incidência de interações farmacológicas clinicamente importantes aumenta muito com a quantidade de fármacos administrados: 7% (6 a 10 fármacos) para 40% (10 a 20) (BRASIL, 2010).

Interações medicamentosas podem ser caracterizadas como os efeitos de um fármaco que são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental, podendo ser causa comum de efeitos adversos. Quando dois medicamentos são administrados concomitantemente a um paciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, podendo provocar aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. Os efeitos desta interação medicamentosa podem ser perigosos quando promover aumento da toxicidade de um fármaco (DESTRUTI, 2010).

Algumas vezes, a interação medicamentosa reduz a eficácia de um fármaco, podendo ser tão nociva quanto o aumento. Supostamente, a incidência de problemas é mais alta nos idosos porque a idade afeta o funcionamento de rins e fígado, de modo que muitos fármacos são eliminados muito mais lentamente do organismo (BRASIL, 2008).

Para o profissional da enfermagem o conhecimento científico na área da farmacologia mostra-se primordial, pois o enfermeiro capacitado realiza o aprazamento da prescrição que está diretamente relacionado a eficácia da terapêutica medicamentosa em relação a interações (SILVA et al., 2013).

No Decreto n. 94.406/87, que regulamenta a Lei n. 7.498/86, a qual disciplina o exercício profissional de enfermagem, em seu artigo 11, inciso I e II,   lê-se que “incumbe ao enfermeiro privativamente o planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem e como integrante da equipe de saúde, a participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; a prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados ao paciente  durante a assistência de enfermagem” (BRASIL, 2016).

A administração segura de medicamentos é uma importante responsabilidade do profissional de enfermagem que ainda o realiza, na maioria dos hospitais, de forma manual, seguindo uma rotina de horários fixos que poucas vezes considera as características do medicamento prescrito e/ou a clínica do paciente. Caso isto seja feito de forma indevida poderá trazer consequências negativas ao paciente, da ineficácia terapêutica até à morte.

Através do conhecimento, o enfermeiro pode avaliar o plano terapêutico medicamentoso instituído aos pacientes e na maioria dos hospitais, traçar o padrão de intervalos de horários entre os medicamentos prescritos, evitando-se assim interações medicamentosas, considerando que esta rotina está intimamente associada à rotina de cuidados da enfermagem, de médicos e do serviço da farmácia (SILVA et al., 2013).

O elevado consumo de medicamentos pela população, a complexidade da terapêutica medicamentosa e a segmentação da assistência à saúde são fatores determinantes para eventos adversos relacionados aos medicamentos. Dessa forma, é evidente que os riscos em desenvolver eventos indesejáveis com os medicamentos são superiores em pacientes hospitalizados que recebem um grande e diversificado número de medicamentos.

O investimento em profissionais capacitados e em métodos que permitam uma prescrição de medicamentos adequada é de extrema importância, considerando o elevado custo com internações decorrentes de efeitos adversos e interações medicamentosas, e do gasto desnecessário com medicamentos.

A adoção de instrumentos com critérios que permitam detectar possíveis interações medicamentosas de maneira fácil e precocemente pode ser uma forma de minimizar a ocorrência desses problemas. A sistematização e padronização dos prontuários fornecem subsídios que permitem detectar possíveis fatores de risco para ocorrência de reações medicamentosas e fazer um acompanhamento individual (SMANIOT e HADDAD, 2013)

O enfermeiro deve apoderar-se da prática de administração de medicamentos, valorizando esta atividade como uma série de técnicas a serem executadas e como uma atividade reflexiva, pautada em conhecimentos a respeito da terapêutica medicamentosa. Ampliando seus conhecimentos na área, para que possam minimizar e/ou evitar possíveis reações adversas e aumentar a segurança dos pacientes na terapêutica medicamentosa.

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