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Como a Sociedade Influência Pensamentos e Ações

Por:   •  19/5/2022  •  Monografia  •  3.653 Palavras (15 Páginas)  •  91 Visualizações

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Como a sociedade influencia pensamentos e ações

A preocupação com o reconhecimento e o critério científico marcaram a obra de Durkheim. Sobre o fato social, Durkheim ressalta a importância de olhar para a sociedade com a mesma estranheza que um cientista que analisa um objeto (DURKHEIM apud VALENCIANO, 2020).

No olhar de Valenciano (2020), Durkheim foi um pensador preocupado com o reconhecimento acadêmico, que significava um maior espaço da Sociologia nas Instituições de Ensino.  

Sobre olhar a sociedade como um objeto a ser estudado, o trecho a seguir explicita: “Esta regra geral deriva claramente da visão epistemológica positivista de que as ciências sociais, particularmente a sociologia, devem adotar os mesmos métodos e procedimentos de pesquisa das ciências naturais” (). 

Valenciano (2020) esclarece que os fenômenos sociais não podem ser analisados como os cientistas fazem com os objetos num laboratório, pois é impossível isolar um fenômeno social da sociedade – assim só é possível estudá-lo observando no meio em que se manifesta.

De acordo com (), sobre o pensamento de Durkheim, o fato social é imposto pela sociedade para os indivíduos, e quando o fato social não é seguido, sente-se uma pressão da sociedade por não seguir os padrões impostos.

Valenciano (2020) traz o exemplo do casamento como um fator social, e que segundo os dados do IBGE, desde 2015, os números de casamentos vêm aumentando no Brasil, e que isso mostra que existe uma pressão exercida por uma força social que não é vista, porém é sentida por todos e determina comportamentos.

Segundo (), o fato social possui um estado de saúde e outro estado patológico, este último advém de que nem todos os indivíduos de uma sociedade possuem condições boas de sobrevivência, e por isso existem crimes, para Durkheim, os fenômenos sociais vão muito além de princípios morais.

Valenciano (2020) explicita que o suicídio é considerado um fato social para Durkheim, que é vista como um fenômeno de causas mais coletivas do que individuais. O autor ressalta que existem perfis de pessoas que se suicidam e as causas deste ato estão intimamente ligadas ao funcionamento da sociedade.

Percebe-se que o fato social influencia grandemente a vida de todas as pessoas. O simples ato de ir à feira para comprar frutas, já tem um determinante da sociedade que para conseguir comprar frutas, é preciso ir à feira. A partir disso, nota-se que é muito difícil escapar dos determinantes sociais.

Outro exemplo que vale destacar são as pessoas que decidem seguir como eremitas, longe da sociedade e de seus padrões, nem mesmo elas estão fora do fato social, porque esta possibilidade de isolar-se de tudo também foi criada por uma cultura e passada através de gerações.

2 Aplicabilidade e Funcionamento do Protocolo de Manchester

A palavra triagem tem origem da palavra francesa trier, que significa escolha, seleção, classificação.

A Resolução nº 423, de nove de abril de 2012 do Conselho Regional de Enfermagem (COFEN)  apresenta que a Equipe de Enfermagem é a responsável por fazer a classificação de risco e dar assistência nos serviços de urgência, para exercer esta função, o enfermeiro precisa ter conhecimentos, competências e habilidades que garantam um atendimento adequado e um domínio das técnicas do procedimento.

Souza et al.  (2013) ressalta que a classificação de risco não busca dar o diagnóstico médico, e sim fazer uma avaliação mais ampla da gravidade dos sinais apresentados pelo paciente, priorizando a intervenção rápida de pacientes que se encontram em situação de risco.

Segundo o Ministério da Saúde (2004), a classificação de risco pode ser feita por qualquer profissional de nível superior, no entanto o enfermeiro é apontado como profissional responsável e principal pelos procedimentos de triagem nos serviços de urgência.

Sobre a função de atribuir uma Classificação de Risco, Souza et al., declara:

Atribuir um grau de risco ao paciente consiste em um complexo processo de tomada de decisão e muitas escalas de triagem têm sido desenvolvidas para direcionar a avaliação do enfermeiro. Os protocolos de classificação possibilitam que diferentes avaliadores façam uma investigação clínica seguindo os mesmos parâmetros para estabelecer a gravidade dos pacientes, o que diminui o viés de subjetividade do olhar de cada avaliador. (SOUZA et al., 2013, p.1319)

A demanda dos PS vêm aumentando muito por conta de pacientes com problemas menos graves, diante disso os PS reconhecem a necessidade de um método para classificar os pacientes que chegam de acordo com a necessidade de cada um. Conforme os registros históricos, médicos e enfermeiros dos campos de batalha colocaram em prática os sistemas de triagem com notável sucesso (MUNIZ, 2015).

Em 2000, foi apresentado pelo Ministério da Saúde um projeto piloto para regulamentar o Plano Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH). Em 2003, foi elaborada a Política Nacional de Humanização com o propósito de “valorizar os diferentes sujeitos implicados no processo de produção da saúde: usuários, trabalhadores e gestores” (BRASIL, 2012, p.8), com o objetivo de firmar os fundamentos do Sistema Único de Saúde (LOPES, 2016).

O Sistema de Triagem de Manchester foi criado em 1994 pelo Grupo de Triagem de Manchester (GTM) – Manchester Triage Group –, que possui como eixo central a triagem por meio das prioridades clínicas, e não por ordem de chegada (SANTOS FILHO, 2013).

De acordo com Coutinho et al. (2012), os níveis ou categorias da Triagem de Manchester são:

Nível 1: emergente, vermelho, imediato;

Nível 2: muito urgente, laranja, 10 minutos

Nível 3: urgente, amarelo: 60 minutos;

Nível 4: pouco urgente - verde: 120 minutos; nível 5: não urgente - azul: 240 minutos

(COUTINHO et al., 2013. p.191)

Pacientes que estão dentro das categorias I e II devem ser atendidos no tempo máximo de 10 minutos, pois apresentam risco de morte. Depois de feita a classificação de risco, os pacientes são encaminhados diretamente para a equipe de médicos e enfermeiros, para dar início aos procedimentos necessários (SOUZA et al., 2013).

O Sistema de Triagem de Manchester (STM) é utilizado em hospitais do Reino Unido desde 1997 e em outros países como Espanha, Holanda e Alemanha, Irlanda, Japão e na cidade de Hong Kong. Em Portugal a sua utilização é recomendada pelo governo (COUTINHO et al., 2012).

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