Desafios E Estratégias Para O Fortalecimento Da Vigilância Epidemiológica
Por: ADRIANAKARLA • 23/9/2025 • Artigo • 1.897 Palavras (8 Páginas) • 177 Visualizações
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NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE DENGUE NA ATENÇÃO PRIMARIA: DESAFIOS E ESTRATEGIAS PARA O FORTALECIMENTO DA VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA.
¹Adriana Karla Candido da Silva. ¹Kilma Fábia da Silva Xavier. ². Tarcila Lima Alcântara Gusmão
1Adrianakarla3781@gmail.com . Pós - Graduanda em saúde pública pela Faculdade dos Palmares - FAP
Kilmaxavier@gmail.com Pós - Graduanda em saúde pública pela Faculdade dos Palmares - Faculdade dos Palmares – FAP
tarcilagusmao@faculdadedospalmares.com.br Docente da Faculdade dos Palmares- FAP
RESUMO
A dengue, transmitida pelo mosquito femea infectada do Aedes aepypti, representa um grave problema de saúde pública devido ao seu potencial de disseminação, ocorrência de epidemias e casos graves com complicações e obitos. A notificação compulsoria é fundamental para a vigilancia epidemiologica, permitido monitorar a transmissão e planejar açoes de controle. Estw estudo de revisão integrativa da literatura (2022-2024), analisou a qualidade e opotunudade das notificações de dengue na atenção primaria. Os resultados indicam desafios significativos: apenas 11,1% dos casos registrados em 2020 foram notificados pela UBS, e lacnas em conhecimento, atitudes e práticas foram observadas, principalmente entra médicos e tecnicos de enfermagem(Barbosa et al, 2022). Há tambem elevada incompletude de dados socioeconomicos e clínicos (Alemida et al, 2021)) e dificuldades na integração entre Agente de Combate a Endemias e equipes de Estrategia de Saúde da Familia, prejudicando ações de controle e remoçãode criadoros ( Silva, 2024). Os achados evidenciam a necessidade de melhorar a integração profissional, o preenchimento das informações no SINAN e a incorporação de fatores socioeconomicos e territoriais, garantindo maior efetividade nas politicas de prevenção e contole da dengue.
Palavras-chave: Dengue. Atenção primária . Notificação.
ABSTRACT
Dengue, transmitted by the infected female Aedes aepypti mosquito, poses a serious public health problem due to its potential for dissemination, occurrence of epidemics, and severe cases with complications and deaths. Compulsory reporting is essential for epidemiological surveillance, allowing for transmission monitoring and control planning. This integrative literature review (2022-2024) analyzed the quality and timeliness of dengue reporting in primary care. The results indicate significant challenges: only 11.1% of cases registered in 2020 were reported by the UBS, and gaps in knowledge, attitudes, and practices were observed, particularly among physicians and nursing technicians (Barbosa et al., 2022). There is also a high level of incompleteness in socioeconomic and clinical data (Almeida et al., 2021) and difficulties in integrating Endemic Disease Control Agents and Family Health Strategy teams, hindering control and removal actions for dengue breeders (Silva, 2024). The findings highlight the need to improve professional integration, the completion of information in SINAN, and the incorporation of socioeconomic and territorial factors, ensuring greater effectiveness in dengue prevention and control policies.
Keywords: Dengue. Primary care. Notification
1. INTRODUÇÃO
A Dengue é uma infecção viral transmitida pela picada do mosquito femea infectada Aedes aegypti e existem quatro sorotipos do vírus da dengue atualmente (DEN 1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4) . Esta infecção é uma das maiores causas de mortalidade, morbidade, bem como problemas econômicos em países tropicais, além disso, é um grave problema de saúde pública pelo potêncial elevado de disseminação e adaptação a novos ambientes e hospedeiros, sendo capaz de causar epidemias levando a casos graves com acometimentos articulares, neurologicos, hemorrágicos e óbitos. (Barbosa et al.,2022).
De acordo com o Guia de Vigilância em Saúde, a classificação final dos casos suspeitos de Dengue é definida por: Dengue, Dengue com sinais de alarme, Dengue grave, descartado e inconclusivo podendo ocorrer em três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação. Na fase crítica, com a diminuição da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, podem surgir os sinais de alarme: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural e/ou lipotimia, hepatomegalia, sangramento de mucosa, letargia e/ou irritabilidade e aumento progressivo do hematócrito.( Almeida et al., 2021)
A forma grave da doença pode manifestar-se com extravasamento de plasma, o que leva ao choque ou acúmulo de líquidos promovendo desconforto respiratório, sangramento grave e sinais de disfunção orgânica, nos casos inconclusivos indicam que, mesmo após investigação, não foi possível descartar e nem diagnosticar o caso, o que ocorre, provavelmente, por falta de informações neste sentido. O país vem sofrendo com sucessivas epidemias de Dengue nos últimos cinco anos, destacando-se os anos de 2016, 2019 e 2020 (Almeida et al., 2021).
O aumento da transmissão de dengue e a emergência de outros arbovírus como Zika e Chikungunya estão relacionados à amplificação dos vetores nos centros urbanos, onde altas densidades populacionais, combinada ao crescimento urbano sem planejamento, habitações precarizadas e baixa qualidade de serviços de saneamento básico (em especial, abastecimento irregular de água e deficiência na coleta de resíduos domésticos), assim como às condições climáticas, criam ambientes que favorecem a produção de criadouros de mosquitos Aedes ( Silva, 2024). Sabe-se que não há tratamento específico para a doença até o momento, o controle do vetor é o único meio de prevenção. (Barbosa et al.,2022)
Diante do exposto, a notificação compulsória é o meio de monitoramento de suma importancia, através dela é que a vigilância epidemiológica terá capacidade de acompanhar o padrão de transmissão e a curva endêmica da doença, podendo planejar ações para contê-la. O sistema de vigilância notifica os casos como “comprovados” e “prováveis” aqueles com manifestações clínicas que atendam a definição de caso suspeito . Essas notificações são preenchidas pelas Unidades Básicas de Saúde (USB), hospitais ou pela vigilância epidemiológica, devendo ser digitadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e transmitida para o Ministério da Saúde. (Barbosa et al.,2022).
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