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Guia alimentar da população brasileira

Por:   •  29/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.941 Palavras (12 Páginas)  •  391 Visualizações

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UNIVERSIDAFEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

CURSO DE ENFERMAGEM

Guia alimentar da população brasileira

São Luis

Setembro/2018

  1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, o Brasil passou por diversas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais que evidenciaram transformações no modo de vida da população. Em decorrer disso, as doenças que atualmente acometem os brasileiros deixaram de ser agudas e passaram a ser crônicas. Para o enfrentamento desse cenário, foi criado o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2006, onde foram apresentadas as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a nossa população.

O Guia Alimentar para a População Brasileira, adaptado em 2014, apresenta um conjunto de informações e recomendações sobre alimentação que objetivam promover a saúde de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade brasileira como um todo, hoje e no futuro. Almeja-se que este guia seja utilizado nas casas das pessoas, nas unidades de saúde, nas escolas e em todo e qualquer espaço onde atividades de promoção da saúde tenham lugar, como centros comunitários, centros de referência de assistência social, sindicatos, centros de formação de trabalhadores e sedes de movimentos sociais.

os princípios que nortearam sua elaboração.

  1. PRINCÍPIOS QUE ORIENTARAM A ELABORAÇÃO DO GUIA

Este guia foi elaborado então, seguindo alguns princípios. Que justificam a relação entre alimentação e saúde, levando em conta os nutrientes dos alimentos, suas combinações, e dimensões culturais e sociais das práticas alimentares. Além disso, estes princípios consideram o cenário da evolução da alimentação e da saúde no Brasil e a relação entre alimentação adequada e saudável e sustentabilidade do sistema alimentar. Bem como, valoriza o conhecimento gerado por diferentes saberes e apoia a ampliação da autonomia das pessoas nas escolhas alimentares e em seus direitos a uma alimentação saudável.

Dessa forma, cinco princípios orientaram a elaboração do Guia Alimentar para a População Brasileira:

  1. Alimentação é mais que ingestão de nutrientes

A ingestão de alimentos deve levar em consideração aspectos muito maiores do que a simples necessidade de suprir a fome, deve considerar  que os alimentos ingeridos precisam ser fontes de nutrientes essenciais ao corpo e ao seu bom funcionamento, afim de prevenir carências nutricionais e doenças. E ainda é preciso compreender como os alimentos são combinados entre si e preparados. Além disso, as características do modo de comer e às dimensões culturais e sociais das práticas alimentares também têm uma importância na saúde e o bem-estar de cada indivíduo.

  1. Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo

O cenário dos padrões e evolução da alimentação, e das condições de saúde da população, vividas em um dado momento deve ser considerado para qualquer recomendação alimentar a fim de sanar e/ou reverter às tendências desfavoráveis de aumento de doenças relacionadas à alimentação e melhorar a qualidade de vida e bem estar da população.

  1. Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável

Recentemente, na maior parte do mundo, as formas de produzir e distribuir alimentos vem se modificando de forma desfavorável para a distribuição social das riquezas, assim como para a autonomia dos agricultores, a geração de oportunidades de trabalho e renda, a proteção dos recursos naturais e da biodiversidade e a produção de alimentos seguros e saudáveis. Em virtude dos sistemas alimentares que operam baseados em monoculturas que fornecem matérias-primas para a produção de alimentos ultraprocessados ou para rações usadas na criação intensiva de animais. No qual, dependem de grandes extensões de terra, do uso intenso de mecanização, do alto consumo de água e de combustíveis, do emprego de fertilizantes químicos, sementes transgênicas, agrotóxicos e antibióticos e, ainda, do transporte por longas distâncias. Completam esses sistemas alimentares grandes redes de distribuição com forte poder de negociação de preços em relação aos fornecedores e consumidores finais.

 As recomendações sobre alimentação devem levar em conta o impacto das formas de produção e distribuição dos alimentos sobre a justiça social e a integridade do ambiente. Para tal, devem contemplar alguns aspectos sociais e ambientas apresentados nas tabelas a seguir.

ASPECTOS SOCIAS

Tamanho e uso das propriedades rurais que produzem os alimentos;

Autonomia dos agricultores nas escolhas de sementes, fertilizantes e de forma de controle de pragas ou doenças;

Condições de trabalho e exposição á risco ocupacionais;

Papel e número de intermediários entre agricultores e consumidores;

Capilaridade do sistema de comercialização;

Geração de oportunidades de trabalho e renda ao longo da cadeia alimentar;

Partilha do lucro gerado pelo sistema entre capital e trabalho.

                ASPECTOS AMBIENTAIS

Técnicas empregadas para conservação do solo;

Uso de fertilizantes orgânicos ou sintéticos;

Plantio de sementes convencionais ou transgênicas;

Controle biológico ou químico de pragas ou doenças;

Formas intensivas ou extensivas na criação de animais;

Uso de antibióticos;

Produção e tratamento de dejetos e resíduos;

Conservação de florestas e da biodiversidade;

Grau e natureza do processamento dos alimentos;

Distância entre os produtores e consumidores;

Meios de transporte;

Água e energia consumidas ao longo de toda a cadeia alimentar.

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