HIV E SEUS CONCEITOS

Aids/Sida
Síndrome da imunodeficiência adquirida

Conceito:

• Síndrome: conj. de sinais e sintomas que se desenvolvem ao mesmo tempo, indicando a existência de uma doença;
• Imuno: refere-se ao sistema imunológico, encarregado de defender o corpo humano contra doenças;
• Deficiência: significa que o sistema imunológico não está em perfeitas condições de defender o organismo contra infecções;
• Adquirida: esta síndrome decorrente da deficiência do sistema imunológico, não é hereditária, foi contraída pelo indivíduo através do contato com um vírus que provoca a destruição de sua defesa interna.

Etiologia - HIV

        É o agente viral causador da aids, constituído de RNA (ácido Ribonucléico) e pertencente à família Retroviridae (retrovírus).

   Existem dois tipos de HIV: o HIV1 e o HIV2 

HIV1 e HIV2

• HIV-1 – é o mais prevalente, foi isolado laboratorialmente em 1983 e atualmente está disseminado em todos os continentes do globo.

• HIV-2 – foi isolado em 1985, e possui uma distribuição geográfica mais limitada, restrita a países do continente africano.

Epidemiologia

• Só  no Brasil já foram registrados cerca de 433 mil casos de AIDS desde o primeiro caso em 1983
• Existem no mundo, cerca de 40 milhões de pessoas infectadas (ano de 2004).
• Os principais grupos de risco de contaminação pelo HIV são:

    - Homossexuais, bissexuais e heterossexuais: correspondem a 57% dos casos registrados.

    - Usuários de drogas endovenosas: correspondem a 25% dos casos.

    - Hemofílicos: correspondem a 0,8% dos casos.

    - Receptores de sangue ou hemoderivados: correspondem a 1,2% dos casos.

    - Cerca de 6% dos casos registrados não fazem parte dos grupos de risco de contaminação.

        

Transmissão

• Sexual – contato homo, hetero ou bissexual.

• Sangüíneo – exposição parenteral ou de mucosas a sangue, hemoderivados ou instrumentos contaminados pelo vírus (receptores de sangue e derivados, usuários de drogas injetáveis).

• Perinatal – da mãe para o filho durante a gestação, o parto ou através da amamentação.

• Ocupacional – profissionais da saúde que sofrem ferimentos por perfurocortantes contaminados com sangue de clientes infectados pelo HIV.

Patogenia

• O vírus do HIV tem dois alvos principais: O sistema imune e o sistema nervoso central.
• Ele ataca as células chamadas linfócitos, que compõem um dos tipos de glóbulos brancos presentes nos tecidos linfóides.
• O HIV tem uma forte atração celular pelos linfócitos T do organismo humano, principalmente a célula auxiliadora T4, invadindo-as, replicando-as em seu interior e finalmente destruindo-as.

Para realizar essas agressões o vírus precisa:

• Glicoproteínas virais – gp 120 fixada à gp 41, são essenciais para a fixação do HIV em um linfócito T que possua em sua superfície celular o marcador CD4.
• Transcriptase reversa – enzima que realiza o processo de transcrição reversa; ela transcreve o RNA do vírus em DNA e, com isso, reprograma os materiais genéticos da célula infectada.
• Integrase – integra o material genético do vírus ao material genético humano (replicação viral).
• Protease – enzima que quebra em subunidades as proteínas virais, produzidas para formar as estruturas de outros vírus liberados pela célula do hospedeiro.

Infecção pelo HIV

• Fase aguda - ocorre três a seis semanas após a infecção primária. Os sintomas freqüentes são: febre, dor de garganta, cefaléia, diarréia, linfadenopatia generalizada. Essa fase regride espontaneamente dentro de duas a três semanas (50% a 70% dos adultos infectados pelo HIV).
• Fase crônica – período assintomático da infecção que possui média de duração de dez anos, podendo variar individualmente entre os infectados.
• Fase final - desintegração da defesa do hospedeiro, um aumento do vírus plasmático e doença clinicamente aparente. O indivíduo terá febre de longa duração, perda de peso, fadiga, replicação viral e consequentemente infecções oportunistas.

Infecções Oportunistas

• Podem ser causadas por microorganismos que normalmente não são considerados patogênicos, porém as infecções em situações de AIDS, assumem um caráter de maior gravidade ou agressividade.
• As doenças oportunistas associadas à AIDS são várias, podendo ser causada por vírus, bactérias, protozoários, fungos e certas neoplasias.

Infecções Virais

 Herpes Simples

• Manifesta-se como úlceras, precedidas por vesículas, podendo envolver pele e mucosa do lábio.

Papiloma Vírus (HPV) 

• Possui aspecto verrucoso (verrugas) e geralmente assintomático.

Infecções Bacterianas

Complexo Mycobacterium (tuberculose)

• Geralmente compromete o trato respiratório
• Doenças oportunistas mais freqüentes entre os pacientes com HIV.

 Pneumonias (Pneumocystis carinii)

• Geralmente tem início insidioso (forma subaguda), precedido por sintomas constitucionais relacionados a queda imunitária.
• Pode ter manifestações graves logo de início com insuficiência respiratória de instalação rápida, apresentando tosse, febre, taquipnéia, dispnéia, taquicardia e cianose.

Infecções por Protozoário

Toxoplasmose

• É uma doença infecciosa, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii.
• Geralmente é assintomática em pacientes com imunidade normal, manifestando nos pacientes  imunodeprimidos.

Infecções Fúngicas

Candidíase (Candida albicans)

• Candidíase Oral, Brônquio, Traquéia, Pulmões e Esôfagos são indicadores de portadores de HIV

Neoplasias

• Relacionada à estimulação do desenvolvimento de células cancerosas ou à deficiência do sistema imunológico
• Sarcoma de Kaposi é uma doença que envolve a camada endotelial dos vasos sanguíneos e linfáticas, apresentando lesões cutâneas e orais.

Complicações Neurológicas

• Envolve as funções central, anatômica e periférica.
• Criptococose: a meningite é a principal manifestação clínica.
• Outro invasor do SNC é a toxoplasmose gondii, causando encefalite e responsável pelas lesões expansivas do SNC.

Diagnóstico

   Os testes para a detecção da infecção pelo HIV pode ser divididos em grupos:

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