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Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Por:   •  10/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.581 Palavras (7 Páginas)  •  791 Visualizações

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Insuficiência Cardíaca Congestiva

Uma das mais importantes afecções que devem ser tratadas pelo médico é a insuficiência cardíaca, também chamada de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Ela pode resultar de qualquer condição cardíaca que reduza a capacidade de bombeamento do sangue pelo coração. A causa é geralmente a contratilidade diminuída do miocárdio, resultante do fluxo sanguíneo coronário diminuído. Todavia, a insuficiência também pode ser causada por lesão das valvas cardíacas, pela pressão externa em torno do coração, pela deficiência de vitamina B, por doença muscular cardíaca primária, ou por qualquer anormalidade que faça do coração uma bomba hipoeficaz.

Definição

O termo “insuficiência cardíaca” significa simplesmente falência (ou incapacidade) do coração para bombear sangue suficiente para satisfazer as necessidades do corpo. Ou seja, a insuficiência cardíaca é uma síndrome heterogênea cuja anormalidade da função cardíaca é responsável pela inabilidade do coração em bombear o sangue a um volume que atenda às necessidades metabólicas dos tecidos, ou quando ele desempenha esta atividade apenas a pressões ou volumes diastólicos anormalmente elevados.

A insuficiência cardíaca pode ocorrer como resultado de uma contratilidade miocárdica prejudicada, aumento na rigidez diastólica ou relaxamento miocárdico prejudicado, uma variedade de outras normalidades cardíacas ou estados nos quais o coração é incapaz de compensar um fluxo sanguíneo periférico aumentado ou um aumento nas necessidades metabólicas.

A insuficiência cardíaca pode resultar em agressão aguda à função cardíaca, como um grande infarto do miocárdio (IM) ou, mais comumente, por um processo crônico.

Fisiopatologia

A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) é uma síndrome que pode resultar de muitas doenças cardíacas e sistêmicas, dentre elas: Função sistólica alterada (contrátil), função diastólica alterada (enchimento restrito, rigidez aumentada), anormalidades mecânicas, distúrbios da frequência e do ritmo, cardiopatia pulmonar e estados de alto débito. Algumas delas, pelo menos inicialmente, não envolvem o coração, e o termo de insuficiência cardíaca pode ser inadequado.

Mesmo os estados de alto débito, no entanto, podem apresentar-se como os achados clássicos de dispneia de esforço e edema - falência cardíaca de alto débito - que se resolvem desde que eliminada a causa subjacente. Se persistentes, essas condições podem prejudicar o desempenho miocárdico secundariamente como resultado de uma

sobrecarga crônica no volume ou pelos efeitos deletérios diretos sobre o miocárdio. Outras doenças, como anormalidades mecânicas, distúrbios da frequência ou do ritmo e anormalidades pulmonares não afetam primariamente a função miocárdica, mas, em geral, são causas da insuficiência cardíaca.

Epidemiologia

A insuficiência cardíaca vem crescendo em incidência e prevalência, estando associadas a taxas crescentes de mortalidade e hospitalização. Apesar destas tendências, a princípio, refletirem a poderosa associação entre influência cardíaca e o envelhecimento, elas também são influenciadas por precursores como hipertensão, dislipidemia, diabetes e obesidade nas sociedades industrializadas, e pela melhora de sobrevida, a longo prazo, de pacientes com doenças cardíacas isquêmicas e de outros tipos.

A incidência anual de novos casos de insuficiência eleva-se de menos de 1/1.000 pacientes-ano com menos de 45 anos para 10/1.000 pacientes-ano com mais de 65 anos de idade, e para 30/1.000 (3%) pacientes-ano com mais de 85 anos. Os números de prevalência acompanham um padrão exponencial similar, aumentando de 0,1% com menos de 50 a 57 anos para quase 10% com mais de 80 anos.

Apesar da incidência e da prevalência relativas da insuficiência cardíaca serem menores em mulheres do que em homens, as mulheres constituem pelo menos a metade dos casos devido à sua expectativa de vida mais longa. Qualquer doença que

cause necrose miocárdica, ou produza sobrecarga de pressão, ou de volume pode induzir disfunção miocárdica e insuficiência cardíaca.

Prognóstico

O prognóstico de pacientes com insuficiência cardíaca é ruim, a despeito dos avanços na terapia. Dos pacientes que sobrevivem no início agudo da insuficiência cardíaca, somente 35% dos homens e 50% das mulheres estão vivos depois de 5 anos. Embora seja difícil predizer, o prognóstico nos pacientes individuais, os pacientes com sintomas em repouso têm uma taxa de mortalidade anual de 30% a 50%, os pacientes que são sintomáticos com atividade leve têm taxas de mortalidade de 10% a 20% anualmente, e os pacientes com sintomas somente com atividade moderada têm uma taxa de mortalidade anual de 5% a 10%. As taxas de mortalidade são mais altas em pacientes geriátricos, homens, e em paciente com uma FEVE reduzida ou doença arterial coronariana subclínica.

Diagnóstico

O diagnóstico da insuficiência cardíaca é direto quando o paciente apresenta os sintomas clássicos e os achados físicos associados. Em pacientes com insuficiência cardíaca crônica, no entanto, o diagnóstico é frequentemente retardado ou deixa de ser estabelecido, visto que nenhum sinal e sintoma isolado é diagnóstico. São necessários também, testes diagnósticos essenciais e de rotina, como a radiografia de tórax, eletrocardiografia, ecocardiografia, medidas do peptídeo natriurético, testes laboratoriais, avaliação da função ventricular esquerda, avaliação da doença arterial coronariana, biópsia miocárdica, avaliação da capacidade de exercício e a avaliação de arritmias.

Sinais e Sintomas

Os sintomas mais comuns, dispneia e fadiga, não são específicos para a insuficiência cardíaca, especialmente na população mais idosa. Os sintomas típicos da insuficiência cardíaca são bem conhecidos, mas, com frequência, estão ausentes e têm especificidade variável para esta condição. Dentre eles, estão:

* Dispneia: ou também a percepção de falta de ar, é o sintoma mais comum em pacientes com insuficiência cardíaca. Na maioria, a dispneia ocorre apenas com a atividade ou o esforço. Os mecanismos subjacentes são multifatoriais.

* Ortopneia: é uma dispneia posicional, ocorrendo na posição ortostática

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