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METODOLOGIA ATIVA NO PROCESSO DE APRENDIZADO DA GESTÃO DA CLÍNICA

Por:   •  31/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.358 Palavras (22 Páginas)  •  696 Visualizações

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PROJETO DE APOIO AO SUS 2014

IEP – INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA SÍRIO LIBÂNES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

PAULA DOS SANTOS FONTES ESCUDERO

METODOLOGIA ATIVA NO PROCESSO DE APRENDIZADO DA GESTÃO DA CLÍNICA

SANTOS

2014[pic 1]

PAULA DOS SANTOS FONTES ESCUDERO

METODOLOGIA ATIVA NO PROCESSO DE APRENDIZADO DA GESTÃO DA CLÍNICA

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Instituto Sírio Libânes de Ensino e Pesquisa para certificação como especialista em Gestão da Vigilância Sanitária.

Orientadora: Angela Cafasso dos Reis Neto e Rosana Pereira Madeira Grasso

SANTOS

2014[pic 2]

Dedicatória

Dedico esse trabalho ao meu marido e aos meus filhos por compreenderem minhas ausências.

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Agradecimentos

Agradeço as facilitadoras, que sempre se mostraram disponíveis e com uma exemplar paciência para nos auxiliar na execução dos trabalhos e atividades.

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  Ficha Catalográfica

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Sumário

   

I. Introdução

07

II. Acolhimento

08 e 09

III. Acolhimento nos Grupos Afinidades

 10 e 11

IV. Encontro I

12 e 13

V. Encontro II

VI. Encontro III

VII. Encontro IV

VIII. Encontro  “Socialização dos Projetos Aplicativos”

IX. Encontro V

X. Encontro VI

14 e 15

16 e 17

18 e 19

20

21, 22 e 23

24 e 25

V. Conclusão

25

VI. Referências Bibliográficas

26

Anexo 1

27

Anexo 2

28 e 29

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Resumo

O Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde do SUS – GCSUS, em parceria entre o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, Ministério da Saúde – MS, Núcleo de Educação, Pesquisa e Conhecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – NEPEC/ANVISA está inovando com o método educacional de aprendizagem para os profissionais que lidam com situações problemas no cotidiano.

O uso da metodologia ativa, e as ferramentas utilizadas nos facilita a comunicação e a valorização de diferentes saberes . As formas de avaliação do curso serve para refletir como esta o nosso desenvolvimento durante todo o aprendizado, o que precisamos melhorar novas posturas e condutas são desenvolvidas e colocadas em prática.

O curso mostra que apesar das diferentes regiões participantes, as problemáticas são idênticas, porém  todos acreditam que podem fazer a diferença. De forma sintetizada, começo a perceber alguns mecanismos para enfrentar as dificuldades, deixar de ser expectadora deste sistema de saúde e passar a protagonista da mudança tão esperada por todos os profissionais.

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1. Introdução

A abertura Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde inicia-se com a presença dos participantes dos Cursos de Regulação em Saúde e Educação na Saúde para Preceptores do SUS.

A cerimônia aconteceu com uma  videoconferência do Ministro da Saúde,  Doutor Arthur Chioro. Os Secretários Municipais de Saúde e outras autoridades foram convidados para essa abertura e envolvidos no processo de aprendizagem.

Todos os gestores são convidados para compor a mesa e falam das expectativas que tem em relação aos cursos oferecidos e que os participantes não façam deste curso apenas mais um diploma.

Meu desafio começa aqui, na abertura. Quero compartilhar o aprendizado adquirido com o município na qual represento e as ferramentas desenvolvidas passam a fazer parte do processo de trabalho.

   

2. Acolhimento

Neste dia conhecemos cada detalhe do curso e as metodologias utilizadas. Novos conceitos são apresentados e começam a fazer parte da nossa trajetória como especializando.

 A metodologia ativa “são processos interativos de conhecimentos, análise estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema” BASTOS, 2006. Este método nos faz compreender melhor as atividades realizadas durante todo o curso, e que todo o aprendizado depende somente da minha vontade em conhecer o “novo”.

Faz parte da nossa trajetória do curso as facilitadoras que “é aquela que simplifica, dinamiza”. MONTEIRO, 2010. Angela Cafasso dos Reis Neto e Rosana Pereira Madeira Grasso, ambas enfermeiras. No decorrer do curso doram de grande importância para o meu desenvolvimento.

Estruturar em dois grupos foi a próxima proposta e assim surge o Grupo Afinidade, que “é conformidade, aproximação, relação, simpatia”. MACIEL, 2006. O Grupo Diversidade, que é a característica ou estado do que é diverso, que não é semelhante ou desigual. Neste grupo, diferentes características de especializandos, como por exemplo: local de trabalho, profissão, etc. Interessante a  formação deste grupo diversidade apesar de ter profissionais do município na qual faço parte (Guarujá). Vínculo algum tínhamos, somente nossos serviços vivem em desarmonia, pois uma faz parte da Urgência e Emergência e outra da Atenção Básica e com o decorrer do curso esta diversidade acaba por torna-se uma grande parceria.

As diversidades  fazem parte do nosso crescimento profissiona, afinal tantas opiniões diferentes aparecem no transcorrer do nosso dia e hoje tenho convicção de que amadureci meu lado crítico, aprendi a lidar melhor com as opiniões e aprendo a cada dia a escutar melhor o outro.

Com o grupo afinidade a formação se deu por municípios com características comuns entre si, que possuem a capacidade de entregar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.

Memorial da Trajetória Profissional e o Perfil de Ingresso fazem parte deste encontro. A valorização foi colocada como palavra chave na expectativa em relação ao curso, que através deste eu tenha conhecimento suficiente para ter um serviço valorizado pela sua qualidade. Percebo hoje que isso é possível e que a Gestão da Clínica oferece ferramentas importantes para a melhora da minha atuação profissional.

O medo do novo é interessante, envolvente e também um grande desafio, porém quando queremos, tudo vale a pena, basta acreditar que é possível.  Durante o curso senti que a cada encontro um novo desafio surgia e dependia somente da minha pessoa, da minha vontade de aprender, de ir atrás de novos conceitos e aplicá-los.

3. Acolhimento nos Grupos Afinidade

  Um pacto de trabalho é criado pelo grupo, trata-se de um acordo com regras a serem cumpridas no decorrer do curso, implantei este instrumento nas nossas reuniões no município de Guarujá e foi nítida a mudança de postura dos profissionais e o quanto melhorou a qualidade das nossas reuniões, passaram a ser mais organizadas e um respeitando o espaço dos demais.

A primeira Situação Problema (SP), que “é uma atividade organizada por meio de encontros em pequenos grupos para o processamento de situações baseadas no mundo do trabalho. As situações-problema são elaboradas pelos autores e cumprem o papel de desparadoras do processo ensino – aprendizagem” OLIVEIRA, 2013. É aplicada “A cada minuto...”, ao ler a situação problema, o desespero e as dúvidas apareciam, a vontade de desistir era grande, percebo o quanto o curso é diferente, inovador e o apoio das facilitadoras neste momento é essencial. No decorrer do curso nos permitiam participar ativamente do nosso processo de aprendizagem, escutando e valorizando nossos saberes. Cabe a nós especializandos, querer aprender.

Elaborar questões de aprendizagem a partir das situações problema fez parte do transcorrer do curso, apareciam nessas situações a metodologia ativa.

Com o tempo a metodologia ativa deixa de ser um problema e começa a ser mais fácil para trabalhar, as elaborações das questões ficam melhor desenvolvidas e aperfeiçoei a busca de conhecimentos, através das pesquisas realizadas.

A cada situação problema apresentada, novas questões aparecem e suas respostas sendo compartilhadas na plataforma à distância. Minha dificuldade com o computador acabava aqui, pois faz parte do curso. Sendo assim, outra ferramenta de diálogo com todos os especializandos para as discussões das tarjetas e sugestões.

Ter as Oficinas de Trabalho (OT) que é “atividade presencial que pode ser realizada em pequenos ou grandes grupos orientadas ao desenvolvimento de capacidades de caráter instrumental e de conhecimentos operacionais. OLIVEIRA et al., 2013, contribui para o desenvolvimento do conhecimento e a primeira “Como fazer e receber críticas”. Este exercício é importante para a prática profissional porque nem sempre sabemos receber críticas, não sabemos avaliar. E as críticas positivas são de grande valia para o crescimento profissional e pessoal. Após uma avaliação nem sempre saímos satisfeitos, porém quando os critérios para uma boa avaliação são bem aplicados, a avaliação se torna um instrumento de aprendizagem constante.

Os critérios apresentados no exercício deixam claro algumas inseguranças que possuímos para avaliarmos alguém. Lembrando que ainda fazemos críticas de acordo com os nossos valores e esses critérios apresentados nos fornece maior segurança para um efetivo desenvolvimento profissional.

4. Encontro I

O Encontro I teve como tema Necessidade de Saúde – Uma família do Parque das Clóris – “Familiograma”  dos Basílios.

Provoca a discussão sobre demandas e necessidades de saúde, nota-se que ainda se tem muito o que fazer para consolidar nossos sistemas de saúde, temos que possibilitar que todo brasileiro se sinta cuidado diante das suas demandas e necessidades de saúde.

A discussão  sobre o familigrama “que é um eficiente instrumento para obter-se informações a respeito da história familiar, seu padrão de relacionamentos, estrutura de funcionamento, constituindo um maparelacional do paciente e sua família” OLIVEIRA et al., 2013, podemos discutir sobre escuta qualificada, autonomia do usuário e acolhimento.

Como nosso sistema de saúde é despreparado para realizar uma escuta qualificada, deixar de fazer o acolhimento como uma triagem para o atendimento médico e sim ter um cardápio diversificado de ofertas de cuidado, participar o usuário na escolha do tratamento que ele tenha autonomia “que é a capacidade do indivíduo de tomar decisões sobre sua própria vida, quando o indivíduo é capaz de deliberar sobre seus objetivos pessoais e agir sobre orientação desta deliberação”. OLIVEIRA et al., 2013. É necessário criar vínculo com o paciente, entender suas particularidades e negociar seus cuidados, não temos o direito de impor nossa vontade a outrem.

Construir um Projeto Aplicativo, faz parte do processo de aprendizagem, tem que ser viável e ter a possibilidade de aplicabilidade, sendo assim através dos critérios de magnitude, transcendência, vulnerabilidade e factibilidade ao “Atendimento à Demanda Espontânea nas Unidades da Atençã Básica”, fica fica como título para o nosso projeto, o grupo trabalha nele em todo o curso e é importante que a demanda apresentada pelo usuário seja acolhida, escutada, reconhecida como legítima e assim a escolha do tema faz parte das estratégias que ampliam o acesso e a integralidade do cuidado.

A cada encontro, é utilizada uma outra ferramenta de aprendizagem que se trata de uma atividade social artística dentro de um contexto pedagógico que contribui para aprendizagem de forma ampliada e diversificada. Pode ainda ser organizada de maneira articulada com uma oficina de trabalho. OLIVEIRA et al. 2013. O Cine Viagem – Neste encontro assistimos “Os Intocáveis” que reflete sobre o olhar o outro como um semelhante apesar de suas diferenças físicas e sociais para cuidar. Basta o conhecimento técnico, basta valorizar aquele que precisa do cuidado mesmo com todas as suas limitações. Criar vínculo com confiança e respeito, faz do tratamento uma terapia.

Por fim, as facilitadoras levam para o grupo a construção do Portfólio que é “um instrumento de aprendizagem e de avaliação que privilegia o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo, da independência intelectual e da criatividade. SÁ – CHAVES, 2000.

Este primeiro encontro apesar de toda a ansiedade e expectativa que existia a respeito do curso, trouxe uma ampla discussão e reflexão sobre os problemas de saúde vividos por todos. As discussões em grupos, tais diferentes colocações, e novos conhecimentos. A metodologia do curso motiva a todos os participantes, assim como as videoconferências que sempre são muito produtivas.

5. Encontro II

Neste encontro em videoconferência, com foco na Organização do Serviço e Gestão na Saúde, ressalta a escuta qualificada, uma gestão compartilhada, todos devem participar do processo de trabalho, deve haver um incentivo e estímulo para os funcionários trabalhar com Gestão participativa.

A Gestão da Clínica deve ser compartilhada, desde a clínica/diagnóstico até o nível macro, trabalhar em rede e estas redes devem ser organizadas a partir de um processo de Gestão da Clínica associado ao uso de critérios de eficiência na aplicação de recursos, mediante um planejamento e financiamento  intergovernamentais cooperativos, voltado para o desenvolvimento de soluções integradas de políticas de saúde.

Ao refletir sobre o assunto, noto como alguns gestores não estão preparados e mesmo comprometidos em fazer “gestão”, são os famosos cargos políticos, onde o último a ser lembrado é o SUS.

Quando se fala da responsabilidadede um cuidado “macro”, vem junto as “linhas de cuidado” que são um conjunto de saberes, tecnologias e recursos necessários ao enfrentamento de determinado risco, agravo ou condições específicas do ciclo de vida, a ser afetado de forma articulada por um dado sistema de saúde, com base em protocolos clínicos. TOMINAGA, 2010. As linhas percorrem os diferentes níveis de assistência à saúde, oferecem uma resposta global dos profissionais envolvidos no cuidado, superando as respostas fragmentadas, ela define os processos de referência e contra-referência como muitos pensam, apesar de incluí-los também. Interessante que as linhas não funcionam apenas por protocolos estabelecidos, mas também pelo reconhecimento de que os gestores dos serviços podem pactuar fluxos, reorganizando o processo de trabalho  a fim de facilitar o acesso do usuário às unidades e serviços aos quais necessita. Redefinir as nossas linhas de cuidado, foi um desafio, para não trabalhar com todas ao mesmo tempo e perder o foco, priorizamos uma linha de cuidado, Acidente Vascular Cerebral no município do Guarujá, redesenhar as linhas se faz necessário e as necessidades de pactuar os fluxos novamente. A maior dificuldade para que funcionem é quando dependem de outras esferas de atenção, como a nível Estadual e Federal do usuário aos nossos serviços.

Como parte da metodologia do curso, outro Cine viagem “As Invasões Bárbaras”, ao refletir sobre o filme noto a semelhança com os nossos serviços de saúde, serviços diferenciados para aqueles com melhores condições financeiras e para aqueles que não tem condições alguma nota-se a quebra de valores aparece a autonomia do paciente ele decide o tratamento que ele quer.

Com a metodologia do curso a metodologia fica dinâmica, há um link entre todas as ferramentas utilizadas nos encontros presenciais, que juntamente com as questões de aprendizagem fecham ciclo para os temas em diacussão.

 

6. Encontro III

A partir do levantamento das necessidades de saúde em Pólis, é feita a discussão. Algumas reflexões são feitas e que vale para o nosso cotidiano. A saúde é um tema da vida, a saúde e a doença são assuntos de todos, os humanos e como gestores somos responsáveis por cuidar deste binômio saúde/doença. Qual o estoque de recursos dispomos para levar a vida adiante da melhor maneira possível.

A saúde é uma produção, e sua produção ocorre a partir de possibilidades e condicionamentos.

Os profissionais de saúde não tem que resolver as questões de saúde, devem cuidar de pessoas. É nossa responsabilidade sim, acolher e responder as necessidades de saúde de nossos usuários. Neste contexto, para quem dedicamos e organizamos o nosso trabalho?

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