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O PROCESSO DE ADOECIMENTO DO CÂNCER

Por:   •  30/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.973 Palavras (8 Páginas)  •  250 Visualizações

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UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL

FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL

Aprovadas pela Portaria SESu/MEC Nº 368/2008 de 19/05/2008 (DOU 20/05/2008)

Curso de Enfermagem

O PROCESSO DE ADOECIMENTO DO CÂNCER INFANTIL

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Gama/DF

Jussara Simone Lenzi Pupulim

Namie Okino Sawada

O CUIDADO DE ENFERMAGEM E A INVASÃO DA PRIVACIDADE DO DOENTE: UMA QUESTÃO ÉTICO-MORAL

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Gama/DF

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

A condição de enfermidade gera sentimentos como incapacidade, dependência, insegurança e sensação de perda do controle sobre si mesmo. Os doentes encaram a hospitalização como fator de despersonalização por reconhecerem a dificuldade para manter sua identidade, intimidade e privacidade. O ambiente hospitalar é estressante por diversos fatores, essencialmente ao doente, por perder o controle sobre os que o afetam, e dos quais depende para a sua sobrevivência. Além disso, a internação é angustiante por evidenciar a fragilidade a que estão sujeitos, devido à exposição emocional e física.

A enfermagem não pode ignorar que, ao cuidar do doente, toca-lhe o corpo e o expõe, muitas vezes sem pedir autorização, adotando uma postura de "poder" sobre o corpo de outrem. O doente pouco questiona essa invasão porque, na sua percepção, ela é necessária para sua recuperação, porém demonstra constrangimento, vergonha e embaraço.

Um estudo que discute as relações sociais e de poder no contexto hospitalar sugere que a submissão do doente à enfermagem e a outros profissionais da área da saúde ocorre por entender que o "saber" dessas profissões lhes confere o direito de manipular seu corpo(1).

Outra investigação constatou que pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) "que sobrevivem, sabem que uma jornada na UTI só não é pior que a morte e que todos os pudores da vida em sociedade se esvanecem, pois homens e mulheres expõem seus corpos, que são manuseados pelos enfermeiros"(2). Contudo, o enfermeiro "é o profissional da área de saúde que tem maior autorização social para tocar o corpo do outro"(3), mas pouco tem discutido a questão da nudez, que é um fator a mais de estresse e sofrimento para o paciente, dificultando sua adaptação ao ambiente hospitalar(4).

Para um indivíduo, mesmo doente, estar despido pode significar desconforto e embaraço. Afinal, culturalmente e no núcleo familiar, aprende-se que expor o corpo não é apropriado, relacionando-se implicitamente a nudez com sensualidade e sexualidade, comuns aos indivíduos, mas, de certa forma, reprimidas, de acordo com os padrões de comportamento vigentes na sociedade.

2 QUESTÃO NORTEADORA

Quais são as questões ético-morais no cuidado de enfermagem no que concerne à invasão de privacidade do doente?

3 OBJETIVOS

3.1 GERAL

Descrever a importância de se sensibilizar os enfermeiros quanto à relevância e necessidade de reflexão sobre o assunto

3.2 ESPECÍFICOS

- Ressaltar as questões ético-legais e morais que permeiam a invasão da privacidade

- Apontar as responsabilidades dos profissionais de enfermagem

- Discutir a atuação dos Comitês de Ética em Pesquisa e das Comissões de Ética de Enfermagem das Entidades como mecanismos de controle e proteção dos indivíduos

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1Dignidade do indivíduo

A invasão do território e do espaço pessoal fere a dignidade do indivíduo. A privacidade é uma necessidade e um direito do ser humano, sendo indispensável para a manutenção da sua individualidade(5-6). No entanto, é importante ressaltar que o Capítulo IV  DOS DEVERES do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem(7), preconiza que o enfermeiro deve: "Art. 27- Respeitar e reconhecer o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu tratamento e seu bem estar. Art. 28- Respeitar o natural pudor, privacidade e a intimidade do cliente". Ao mesmo tempo, o enfermeiro tem que reconhecer que o paciente possui: "o direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais de saúde. Tem o direito a um local digno e adequado para seu atendimento, o direito a manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades fisiológicas, inclusive alimentação e higiênicas, quer quando atendido no leito, no ambiente onde está internado ou aguardando atendimento"(8).

4.2 O enfermeiro e o doente

Sendo o enfermeiro o profissional em constante contato com o doente durante a hospitalização, é imprescindível circunstanciar sobre a conduta da enfermagem no sentido de resguardar esses direitos. A enfermagem procura preservar a intimidade e a privacidade dos doentes usando biombos, cobrindo partes do corpo que não precisam ficar expostas durante um procedimento e solicitando que familiares/visitas retirem-se do

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