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PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE AOS CUIDADOS NOS DESVIOS INTESTINAIS

Por:   •  27/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.817 Palavras (8 Páginas)  •  249 Visualizações

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PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE AOS CUIDADOS NOS DESVIOS INTESTINAIS

Ana Karolina Soares

Resumo

Estomia é o termo que se refere a realização da comunicação artificial de órgãos e vísceras até o meio externo para drenagens, eliminações ou nutrição. O olhar holístico enfoca-se na atenção ao paciente estomizado voltada para aspectos subjetivos relacionados a representação social do estoma em seu corpo. A alteração de imagem corporal é um fator determinante que reflete na qualidade de vida paciente em fase de reabilitação. Trata-se de um estudo bibliográfico do tipo revisão da literatura, realizou-se levantamento de dados na Biblioteca Científica Eletrônica Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Após análise e síntese, foram selecionados 14 estudos. A realização de uma estomia pode gerar um impacto na vida do paciente, devendo assim o enfermeiro realizar a promoção de um novo conhecimento para que estes e aceitem como um ser diferente, ajudando assim a sua imagem e autoconceito. Os cuidados de enfermagem devem estar voltados não apenas para os cuidados técnicos com o paciente mas para a educação em saúde que é necessária para com o paciente e família.

Palavras-chave: desvio intestinal, cuidados e enfermagem


Introdução

Estomia é o termo que se refere a realização da comunicação artificial de órgãos e vísceras até o meio externo para drenagens, eliminações ou nutrição. A criação de uma estomia é realizado de forma cirúrgica sendo considerado um procedimento simples, podendo ser realizados em alças intestinais, sendo prioridade a mobilidade e comprimento para exteriorização na parede do abdômen (POGGETO et al., 2012).

A pessoa com estomia necessita de equipamentos coletores e adjuntos para o processo de reabilitação que podem variar conforme faixa etária, tipo de estomia, características físicas do indivíduo e da própria estomia e quando há ou não complicações (SAÚDE, 2009).

Dependendo da origem da doença, as estomias podem ser temporárias ou definitivas. As temporárias tem como objetivo a proteção de anastomose e podem ser revertidas após um tempo. As definitivas, são indicadas geralmente em casos de câncer e são realizadas quando não há possibilidade de restabelecimento do transito intestinal. Pacientes que utilizam estomias necessitam de cuidados contínuos, visto que seus problemas são duradouros e clínicos (MORAES et al., 2002).

Nos casos de estomas temporários, na cirurgia de reconstrução intestinal há riscos, com presença de taxas de morbimortalidade que variam de acordo com as características do próprio indivíduo, se há doenças associadas, qual a doença que levou a construção da estomia e fatores relacionados aos serviços de saúde (LI et al., 2014).

Porém, a permanência da estomia pode ocasionar complicações como dermatite periestomia podendo evoluir para a correção cirúrgica como prolapso, retração de estomia, hérnia, entre outros (SALOMÉ; ALMEIDA, DE, 2014).

O olhar holístico enfoca-se na atenção ao paciente estomizado voltada para aspectos subjetivos relacionados a representação social do estoma em seu corpo. A alteração de imagem corporal é um fator determinante que reflete na qualidade de vida paciente em fase de reabilitação (MARTINS; ALVIM, 2012).

De acordo com a Declaração Internacional dos Diretos dos Estomizados, o paciente tem o direito de receber cuidados de enfermagem especializados no pré e pós-operatório, tanto em ambiente hospitalar quanto comunitário (OSTOMIZADOS, 2004).

Diversos fatores corroboram para que o paciente desenvolva o autocuidado como a adesão e motivação para o tratamento e as propostas de intervenção (MARTINS; ALVIM, 2012).

Dentre os objetivos tem-se mostrar a importância dos cuidados com pacientes com desvios intestinais, como a presença da estomia pode alterar a vida cotidiana do paciente, como deve-se capacitar este paciente para conviver e cuidar de si próprio, gerando assim um autocuidado e independência por parte do paciente e bem estar.


Metodologia

Trata-se de um estudo bibliográfico do tipo revisão da literatura, acerca dos cuidados de enfermagem frente a pacientes com desvios intestinais, o que propicia a análise de um tema sob novo enfoque, inovando com conclusões críticas. Para a seleção dos estudos, realizou-se levantamento de dados na Biblioteca Científica Eletrônica Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Foram critérios de inclusão: artigos com os seguintes descritores: desvio intestinal, enfermagem e cuidado Após levantamento, identificou-se 63 publicações entre artigos de periódicos, dissertações e monografias. Foram excluídos os artigos que, embora tivessem tais descritores, não tinham como foco em pacientes com desvios intestinais, os cuidados necessários com esses pacientes, bem como aqueles que se repetiram os mesmos assuntos. Após leitura flutuante, foram selecionados 14 estudos, iniciando leituras exaustivas dos textos, fazendo uma síntese de cada artigo, buscando o máximo de informações sobre os cuidados de enfermagem frente a pacientes com desvios intestinais. Os dados foram analisados e agrupados de forma a descrever todas as fases do processo e relaciona-las.


Discussão

A realização de uma estomia pode gerar um impacto na vida do paciente, devendo assim o enfermeiro realizar a promoção de um novo conhecimento para que estes e aceitem como um ser diferente, ajudando assim a sua imagem e autoconceito, e o preparo para enfrentar complicações que necessitam ser abordadas pelo profissional para que o paciente possa executar o autocuidado (FERREIRA-UMPIÉRREZ; FORT-FORT, 2014).

No perioperatório devem começar as intervenções dos profissionais de saúde ensinando o cliente e a família sobre a cirurgia, consequências e autocuidado, favorecendo a adaptação a nova condição e minimizando os efeitos negativos referentes a cirurgia. No pós-operatório deve-se retomar os ensinos coma estomia e equipamentos utilizados para que haja conhecimento acerca da ferida, cuidados com a alimentação, atividade física, e atividades cotidianas e laborais, e deve-se encaminhar o paciente para o Programa de Ostomizados do Sistema Único de Saúde (SUS) (MARTINS et al., 2012).

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