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PPRATICAS SEXUAIS DE ADOLESCENTES QUE FAZEM USO DE SUBSTANCIA PSICOATIVA

Por:   •  4/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  14.057 Palavras (57 Páginas)  •  453 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a adolescência corresponde ao período de vida entre 10 e 19 anos. É nessa fase que o adolescente passa por várias mudanças: físicas, psíquicas, sociais e, principalmente, no relacionamento com os pais. Ele está em transformação. Já não é mais criança, mas também ainda não é adulto. Seu corpo dá demonstrações de que mudanças estão ocorrendo.

O crescimento é rápido nos dois anos anteriores e posteriores à puberdade. Além de rápido é desproporcional: os membros se alongam, o corpo emagrece, os ângulos se salientam. O adolescente encontra-se perplexo por um corpo que é seu, mas que lhe soa estranho. Ele tem diante de si a descoberta de um mundo novo. Ama os pelos que lhe dão status de adulto, mas apavora-se com as alterações que o jogam num caminho ainda desconhecido. Essas mudanças, nas quais perde a sua identidade de criança, implicam a busca de uma nova identidade, que se vai construindo nos planos consciente e inconsciente. O adolescente não quer ser como determinados adultos, mas, em troca, escolhe outros como ideais.

O amor, além disso, é só um aspecto da problemática da adolescência: quase todos os adolescentes já sabem que a liberdade sexual não é promiscuidade, porém sentem e expressam a necessidade de ter experiências que nem sempre são totais, mas que precisam viver. Estudos realizados junto a estudantes pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) evidenciam que a adolescência é a fase da vida em que, em virtude da maior exposição e vulnerabilidade aos efeitos nocivos resultantes do uso de substâncias psicoativas (sejam elas ilícitas, como a maconha e a cocaína, ou lícitas, como o álcool), a experimentação destas torna-se um fenômeno mais frequente e, eventualmente, definem-se padrões de consumo repetitivo, que podem estar associados a diferentes riscos e danos.

Além disso, aspectos relacionados à sexualidade ganham igualmente relevância entre os adolescentes, no contexto da saúde pública, ressaltando-se, dentre eles, a gravidez precoce e o risco de aquisição de infecções sexualmente transmissíveis (IST). O uso de preservativos, apesar de se mostrar mais frequente entre os jovens brasileiros em anos recentes, não se dá de forma consistente em todas as relações, aumentando, com isso, as chances de gravidez indesejada e da aquisição de IST, inclusive a infecção pelo HIV.

2 PROBLEMA DA PESQUISA

Quais são os meios abordados com adolescentes sobre o uso de drogas lícitas e ilícitas e o uso do preservativo em relações sexuais, no Município de Muritiba BA.

3 JUSTIFICATIVA

Como a gravidez tem sido considerada um “problema social”. Esse estudo será baseado em quais os motivos levaram as adolescentes ao uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas, e qual o papel dos pais, que muita das vezes não sabe lidar com as mudanças comportamentais. Quais as implicações sociais, psíquicas e econômicas envolvidas.

Visa, ainda, apresentar informações que contribuam de forma significativa para a realização de projetos voltados para o público adolescente, os quais sejam didáticos, incisivos e accessíveis, possibilitando, assim, não só o diálogo, mas também a escuta do discurso adolescente.

Apesar da grande quantidade de informações sobre sexualidade e métodos anticoncepcionais, as adolescentes continuam engravidando, o que gera implicações sociais, psíquicas e econômicas. Sociais porque geralmente abandonam os estudos devido à gravidez; psíquicas porque ainda não estão emocionalmente prontas para assumir uma gravidez; e econômicas porque quase sempre as famílias assumem a criança e a adolescente, aumentando as despesas da casa.

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4 OBJETIVOS DA PESQUISA

4.1 OBJETIVO GERAL

Este estudo terá como objetivo, conhecer as características de uma adolescente que fizeram o uso de drogas lícitas e/ou ilícitas antes da gravidez.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar os aspectos sócias dos adolescentes que fazem o uso de drogas lícitas e/ou ilícitas.

• Verificar através de prontuários a recorrência de adolescentes grávidas dentro da Unidade Básica de Saúde pesquisada.

• Caracterizar as adolescentes de 12 a 19 anos, de acordo com as suas condições sociodemografica e econômica.

5 MARCO TEÓRICO

Grynberg e Kalina (2002,p.46)analisam o uso de drogas na adolescência como uma crise em que os jovens se defrontam com o meio social em que vivem e sua história individual. Dessa maneira os jovens acreditam estar dando provas de suas autonomia e auto-suficiência, sendo ele capaz de alcançar seus objetivos, muitas vezes não tão claros.

Pesquisas mostram que dentre outros a própria família oferece risco para uso de drogas pelo adolescente, isso porque faltam investimentos nos vínculos familiares, envolvimento materno insuficiente, práticas disciplinares inconsistentes, dificuldades de estabelecer limites infanto-juvenis e tendência à superproteção; educação autoritária combinada a falta de cuidado e pouca ou nem uma cordialidade nas relações, monitoramento dos responsáveis deficiente, aprovação do uso de drogas lícitas pelos pais, expectativas incertas com relação à idade apropriada do comportamento infantil, conflitos familiares sem desfecho de negociação.

Sendo um período de transformação o adolescente por vezes, se sente inferior incompreendido pela família ou pela sociedade. Isso faz com que alguns jovens sintam desejo de desaparecer do mundo, que para ele parece cruel. Neste sentido, a partir de uma experimentação, o jovem vê nas drogas algo prazeroso capaz de solucionar problemas, eliminar angústias, dando uma sensação de força, potência e realização pessoal.

Contudo, sabemos que esta sensação de poder é ilusória. È uma forma de vencer sua fragilidade no momento que consome. É primordial o afeto, a solidariedade, a tolerância da família para que o adolescente em segurança seja aceito. Para alguns adolescentes, o consumo de drogas surge como uma marca incluída nessa difícil travessia, caracterizando-se como um uso passageiro. Para esses jovens, as drogas permitem o estabelecimento de laços sociais, propiciando ao indivíduo o pertencimento a um grupo.

De

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