PROJETO DE TCC SIFILIS

FACULDADE ESTACIO DE SÁ

JEIMES ALEXANDRE CHAVES GARCIA

SÍFILIS

CAMPO GRANDE

2018

FACULDADE ESTACIO DE SÁ

JEIMES ALEXANDRE CHAVES GARCIA

SÍFILIS

CAMPO GRANDE

2018

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida por relação sexual sem uso de preservativo com uma pessoa infectada ou por via transplacentária em qualquer momento da gestação ou na hora do parto.

Embora existam por parte do governo várias campanhas de divulgação sobre a prevenção, se observa o aumento de pessoas infectadas e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as IST são consideradas um grave problema de saúde publica.

A Sífilis é conhecida desde o século XV, e a apresentação dos sinais e sintomas da doença é muito variável e complexa. Quando não tratada, pode comprometer o sistema nervoso, o aparelho cardiovascular, o aparelho respiratório e o aparelho gastrointestinal.

Diante disso, a necessidade dos profissionais da área da saúde estarem atentos as suas manifestações, em especifico a enfermagem, que deve ampliar seu conhecimento sobre o tema, para ser um disseminador de informações, com amplo conhecimento na prevenção e no tratamento da sífilis.

2 REVISÃO DE LITERATURA

É uma doença infecciosa aguda e crônica, causada pela espiroqueta Treponema Pallidum (T. Pallidum), adquirida pelo contato sexual e de origem congênita ( SMELTZER; BARE, 2005).  

        A sua transmissão pode ser via sexual ou vertical (mãe para o feto), recebendo respectivamente as denominações de sífilis adquirida e sífilis congênita. Existem outras formas de transmissão, através da transfusão sanguínea e ainda indiretamente por objetos contaminados e tatuagens, nas são menos comuns e de menor valor epidemiológico (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006).

O diagnostico da doença começa com a suspeita clínica, o que, de certa forma, é difícil na sífilis. Dos pacientes, submetidos ao tratamento na fase secundária, 25% não se lembram dos sinais do contágio inicial. Como há regressão espontânea da lesão primária (cancro), o paciente pode interpretar como cura da doença e não procurar assistência médica, evoluindo para a sífilis secundária. Por outro lado, a sífilis é conhecida como a doença das mil faces, pois, na forma secundária, os sinais e sintomas são variados, dificultando o diagnóstico. No caso da sífilis transfusional, em razão do fato de a transmissão ocorrer diretamente por via hematogênica, a manifestação clínica é compatível com a sífilis secundária, promovendo confusão com o quadro clínico do paciente que recebeu a transfusão e afastando hipótese de uma doença transmitida nesse modo (HAMERSCHLAK & SARAIVA, 2016).

A atenção a pacientes com sífilis é da maior relevância, pois, como citado a falta de diagnóstico correto e precoce conduz à disseminação da infecção com sérios comprometimentos da saúde, também podendo ser transmitidos para o concepto durante a gravidez.

O quadro clínico varia conforme o estágio da doença. Classifica-se em primária, secundária e terciária. A sífilis primária (21 a 30 dias) é caracterizada pela presença de úlcera genital ou oral, geralmente única, indolor, com bordas delimitadas, fundo limpo e consistência endurecida, também conhecida como cancro duro. Essa lesão primária é acompanhada de adenopatias inguinais e indolores na mulher. O cancro pode passar despercebido. No homem, a lesão pode ser vista na glande, no sulco balanoprepucial e na cavidade oral. A sífilis secundária (50 a 180 dias) se manifesta por roséolas ricas em treponemas em pele e mucosas gênitas. Posteriormente, observam-se máculas e pápulas sifilides. A sífilis terciária pode se estender por vários anos e atingir vários sistemas. Manifesta-se por lesões na pele (goma, sifilides tuberosas, e eritema), lesões cardíacas e neurológicas ( Baracat el al, 2015).

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