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TEORIAS ADMINISTRATIVAS E SUA RELAÇÃO COM A ENFERMAGEM

Por:   •  3/1/2017  •  Seminário  •  1.521 Palavras (7 Páginas)  •  615 Visualizações

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TEORIAS ADMINISTRATIVAS E SUA RELAÇÃO COM A ENFERMAGEM

As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho, de modo a analisar o comportamento do homem, os fatores que interferem nesse comportamento e os resultados desse trabalho.
O pensamento administrativo acompanha momentos históricos, políticos e sociais e se diferem entre si pela ênfase em certos tópicos e conteúdos específicos. No entanto, todas as teorias divergem para cinco temas em comum: pessoas, ambiente, estrutura, tarefas e tecnologia.


Segundo Jean-Jacques Rousseau, na Teoria do Contrato Social, o homem constitui um ser de natureza pacífica e acaba por ser deturpado pela sociedade. Karl Marx e Engels defendiam a teoria do Estado como força da dominação sobre o homem. No Marxismo a natureza humana limitada no seu tempo e espaço se opõe ou desejo idealista.


Tanto a Igreja Católica como a organização militar tinham como influência o poder centralizado, porém o segundo determinou a divisão por hierarquia tendo como preceitos a disciplina e a unidade de direção, mostrando a importância de que todos os envolvidos tivessem ciência de suas funções e dos objetivos finais.


Os economistas influenciaram as teorias administrativas com o conceito da livre concorrência, motivadas pelas drásticas mudanças ocorridas no setor industrial como a produção em larga escala e a divisão do trabalho.


Com o início da Revolução Industrial, os produtos deixam de ser fabricados por estrutura familiar de forma artesanal e passam a fabricação por complexo industrial com o surgimento das máquinas a vapor, em seguida a invenção do motor a combustão e eletricidade, aumento da demanda trabalhista, produção em larga escala, péssimas condições de trabalho, conflitos trabalhistas, cenário em que foi criada a primeira lei trabalhista na Inglaterra.



Teoria Científica


Surgiu durante a Revolução Industrial e teve como base a divisão do trabalho, a especialização do trabalhador, a padronização das tarefas, a gratificação no salário. Acreditava-se que, quanto maior a gratificação salarial maior a produção, observou-se também a influência do ambiente no aumento da produção, como a melhora da ventilação e iluminação. Com a especialização do trabalhador também surgiu a especialização do elemento supervisor, na qual o operário passa a reportar-se aos diferentes supervisores  em suas diferentes tarefas.


Dentre as críticas à essa teoria há o fato de não levar em consideração as relações humanas, de forma a tratar o ser humano como parte da engrenagem; pesquisas posteriores comprovaram que a especialização do trabalhador não é compatível com o aumento da produção.


Na enfermagem essa teoria ainda tem relevância, pois é evidente a segregação do trabalho entre a equipe, deixando os cuidados integrais somente para pacientes graves, há ainda, a preocupação com o "como fazer" e com a elaboração e adoção de manuais.

Teoria Clássica


O precursor da Teoria Clássica, Henry Fayol mostrava-se muito preocupado com a organização que se estabelecia diante de uma adequada estrutura e o funcionamento compatível com essa estrutura, essa preocupação fez com que os adeptos dessa teoria fossem denominados "anatomistas" e "fisiologistas da organização.

Acreditava-se que as empresas tinham seis funções em comum: técnica, comercial, financeira, segurança, contábil e administrativa.


A função administrativa tem como característica prever o futuro e traçar o programa de ação, organizar de forma a constituir o duplo organismo social e material da empresa, coordenar provocando a união de todos os atos e esforços, comandar na direção dos recursos humanos e controlar de modo a velar para que tudo ocorra conforme proposto.


Enfatizou-se os princípios da divisão de trabalho, autoridade, responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação do interesse particular pelo interesse geral, remuneração, hierarquia, equidade.


Em relação aos recursos materiais definiu-se que cada coisa deve permanecer em seu lugar, preceito influenciado pelas idéias eclesiásticas e militares, de modo que concebe a organização como uma estrutura rígida, hierárquica, estática e limitada. Nessa fase surgiu a divisão do trabalho em grupo chamado de departamento.


Um ponto negativo consiste na imposição de regras para o comportamento do administrador, além da falta de preocupações com as relações pessoais.


Na enfermagem observa-se a mesma, por meio dos organogramas afixados nas paredes das unidades,  do sistema hierárquico que estabelece a subordinação, da importância do quantitativo e não qualitativo.



Teoria das Relações Humanas


Mais preocupados com as relações interpessoais, a Teoria das Relações Humanas prioriza o bem- estar, a interação, os sentimentos do indivíduo e sua inserção no grupo de trabalho, deixando de lado o rigor das regras e normas compatíveis os as teorias anteriores.


Elton Mayo concluiu que, no que diz respeito à produtividade, verificou-se uma maior interferência dos fatores psicológicos quando comparados com os fatores ambientais (iluminação, ventilação) e, baseado nisso, passou a salientar a estrutura informal, onde o bem-estar social passou a servir como incentivo à produção, contrariando a vertente anterior onde a recompensa baseava-se no aumento salarial. Portanto,  a Teoria das Relações Humanas passou a tratar de assuntos como: motivação humana, liderança, comunicação, dinâmica de grupo.

O “homem econômico” desaparecera, passando a chamar-se “homem social”.


A maior crítica à essa teoria surgiu da maneira com a qual o administrador conduz seus administrados, elevando o espírito paternalista, buscando a harmonia dos conflitos, dos quais passam a ser abafados e nada resolutivos.


Na enfermagem a comunicação adequada entre o enfermeiro e a equipe de enfermagem tem sido valorizada de forma a otimizar a assistência. Porém não se encontram políticas nas instituições que considerem esse tópico.


Teoria Burocrática

Criada por Max Weber por volta de 1940,  tinha como preceito o fortalecimento da estrutura organizacional, de forma a ordenar e controlar rigorosamente suas atividades, visando a eficiência administrativa como objetivo básico, com enfoque na racionalização e na adequação dos instrumentos usados nas organizações segundo os resultados almejados.


O surgimento da teoria burocrática coincidiu com o despontar do capitalismo, recebendo influência dos sociólogos que acreditavam no trabalho árduo como dádiva de Deus e na poupança como forma de evitar a vaidade e ostentação. Apesar de a Teoria Burocrática receber influências das idéias protestantes, esta não se enquadra em um sistema social, mas em uma forma diferenciada de autoridade e poder.

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