A Incidência de Sífilis

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Proponente Centro Departamento	Joyce do Nascimento Lourenço (http://lattes.cnpq.br/1970912258307275) Centro de ciências da Saúde Coordenação do curso de Farmácia
Título do Projeto Instituição:	Perfil epidemiológico de Sífilis no período de Pandemia da Covid-19: um estudo comparativo Universidade Federal do Piauí
Grande Área/Subárea:	Saúde Pública/Epidemiologia
Palavras-Chave:	Sífilis, covid, incidência, pandemia.

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE SÍFILIS NO PERÍODO DE PADEMIA DA COVID-19: UM ESTUDO COMPARATIVO

1. Introdução (Justificativa e caracterização do problema)

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, sendo própria da raça humana. Caracterizam-se nas mais variadas formas clínicas em estágios variados (sífilis primária, secundária, latente e terciária), sendo o maior risco de contágio,  em seus estágios primário e secundário. A sífilis pode ser transmitida durante uma relação sexual sem uso de preservativo ou para o(s) filho(s) durante a gestação ou o parto (ARNESEN. 2015).

Os sinais mais evidentes são erupções cutâneas chamadas de Papular. A sífilis latente possui uma margem de tempo bem conhecida, localizada no primeiro ano após a infecção, enquanto a Sífilis latente tardia caracteriza por ser observada para mais de um ano ou de período desconhecido (LUKEHART, 2017).

SARS-CoV é o sétimo coronavírus desta família, identificado pela primeira vez na China em dezembro de 2019, vírus responsável pela infecção respiratória.  As últimas pesquisas evidenciam apenas seis espécies de coronavírus conhecidas que causam doenças em humanos, porém apenas quatro causam sintomas semelhante ao resfriado em pessoas com imunidade baixa: Alpha Coronavírus: (229E) e (NL63); Bata Coronavírus: (OC43) e (HKU1). Além destes, duas espécies provocam a Síndrome respiratória aguda com taxas elevadas de mortalidade (CUI, 2019).

Entende-se por Lockdown, um estado de confinamento que ocorre de forma parcial ou total, tal confinamento é classificado como “Interrupção total das atividades não essenciais com a diminuição da movimentação de pessoas.” (Brasil, 2020b).

O primeiro caso brasileiro foi identificado em fevereiro de 2020 e desde então muitas foram as implementações no intuito de diminuir a propagação do vírus. Desta forma, foi declarado emergência de saúde pública. O ministério da Saúde consolida e disponibiliza os dados casos/óbitos alcançados pelas secretarias de saúde dos estados desde o início da pandemia, que uma vez estabelecidos, tornam as implementações de políticas mais fácies de se instaurar e diminuir o avanço da doença, uma vez conhecidas suas dinâmicas(HEYMANN, 2020).

Qual a incidência de Sífilis em Teresina-Piauí no período de pandemia por COVID-19?

É evidente que a sobrecarga da rede pública é um problema grave enfrentado por causa da COVID -19(CAETANO, 2020). Doenças sexualmente transmissíveis como a Sífilis, teve um aumento considerado no número de casos entre os anos de 2010 e 2018(BRASIL, 2018) e juntamente com a falta de aderência da população com o Lockdown, faz-se necessário um estudo do perfil epidemiológico de sífilis no período de pandemia, avaliando a prevalência da doença comparando com dados de anos anteriores.

A sífilis é uma (IST) classificada como um grave problema de saúde pública, e apesar de ter apresentado baixas nos casos da doença no último ano, os dados do país ainda são preocupantes. No ano de 2019 foram registrados 152.915 casos de sífilis, adquirida no Brasil. Em 2018, foram 158.966 casos. Tais baixas podem estar relacionadas com notificações atrasadas e no Feedback dos bancos de dados, em razão do foco dos profissionais de saúde, que estão com as ações voltadas ao controle da pandemia de COVID-19(Brasil, 2020a).

No Brasil o primeiro caso de COVID- 19 foi noticiado em 26 de fevereiro, mas foi no dia 15 de abril que o STF atribuiu aos governantes o poder de executar o Lockdown como medida de distanciamento social (Brasil, 2020c).

            A pesquisa se mostra relevante, pois uma avaliação do impacto que a pandemia pode trazer as doenças já estabelecidas, pode trazer novos dados, bem como um panorama que carece de atenção dos órgãos competentes.

2. Objetivos e metas

2.1 OBJETIVOS

2.1.1 OBJETIVO GERAL

Evidenciar a incidência de sífilis adquirida em Teresina-Piauí, no período de pandemia(abril de 2020 a abril de 2022), decorrente da Covid-19. 

2.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Evidenciar o perfil epidemiológico de Sífilis adquirida, na cidade de Teresina Piauí.
• Comparar o comportamento da Sífilis no contexto do Lockdown com períodos anteriores a doença. (abril de 2017 a abril de 2019)

• Evidenciar a taxa de mortalidade por sífilis no período de Lockdown em comparação a períodos anteriores.

2.2 Metas

• Contribuir com a comunidade científica e com os dados alcançados.
• Mostrar a relação do período da pandemia por CIVID-19 com o número de casos de Sífilis.

3. Metodologia e Estratégia de ação

   3.1 Descrição da pesquisa

Esta pesquisa será um estudo epidemiológico, descritivo, de série histórica, a fim de verificar a incidência de sífilis na cidade de Teresina, Piauí. No período da pandemia por COVID-19 abril de 2020 a abril de 2022.

3.2 Procedimentos de pesquisa

Através dos dados alcançados por meio do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, para avaliar a incidência de Sífilis no período da pandemia.  A escolha do período de abril de 2020 a abril de 2022 tem a finalidade de analisar o comportamento da sífilis no período de Lockdown, em comparação ao período de abril de 2017 a abril de 2019, cuja doença (COVID-19) ainda não era caso de saúde mundial. Dessa forma a pesquisa propõe um estudo comparativo de (02) dois anos avaliando a incidência da sífilis no período da pandemia.