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Alterações respiratórias na gestação

Por:   •  28/11/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.475 Palavras (10 Páginas)  •  601 Visualizações

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‘GRESIELI DOS SANTOS

SAÚDE PÚBLICA

JULHO/2018

FACULDADE DE PATO BRANCO-FADEP

CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

GRESIELI DOS SANTOS

RELATORIO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO I EM FISIOTERAPIA APLICADA A SAÚDE PÚBLICA-CONIMS

Relatório de estagio entregue a professora Luciele Greibin Tonial para disciplina de Estagio Supervisionado I do Curso de Fisioterapia Bacharelado como requisito parcial para avaliação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP.

PATO BRANCO-PR

JULHO/2018

  1. RESUMO

 O estudo aqui apresentado, é referente há atendimento fisioterapêutico prestado a gestantes que se encontravam no Consórcio intermunicipal de saúde-CONIMS na cidade de Pato Branco, para realizar seus exames de rotina gestacional, os atendimentos da fisioterapia eram paralelos aos exames. Todas as pacientes eram de outras cidades. Esse trabalho não contou com critério de exclusão o atendimento foi prestado a todas as gestantes que encontravam-se presente no local acima citado. No total 20 gestantes participaram do estudo, recebendo atendimento e orientações fisioterapêuticas, sendo essas com idade, idade gestacional e número de gestação diversos. Os atendimentos firam realizados duas vezes por semana no decorrer de vinte e oito dias.

Nesse relatório falaremos sobre as alterações respiratórias na gestação, descrevendo como ocorrem as mudanças bioquímicas e mecânicas, no organismo e corpo da gestante, e também falando de como foram realizados os atendimentos e sobres as orientações passadas as gestantes.

  1. 2REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 DEFINIÇÃO DAS ALTERAÇOES RESPIRATÓRIAS NA GESTAÇÃO

As alterações bioquímicas e mecânicas que ocorrem durante a gravidez interferem no sistema respiratório. Devido à função respiratória estar alterada, a gestante pode ter sintomas de doenças respiratórias ou agravamento de doenças já existentes (ROCCO; ZIN, 2009).

A função respiratória é expressivamente afetada durante a gravidez. O crescimento do útero gera uma elevação na posição de repouso do diafragma e uma mudança na configuração do tórax, que se amplia no diâmetro ântero-posterior. O ângulo subcostal aumenta e, consequentemente, a circunferência torácica também. Além disso, os músculos abdominais vão sendo submetidos a um extremo alongamento. Durante o primeiro trimestre gestacional ocorre o aumento do volume minuto decorrente do aumento do volume corrente. Essa hiperventilação pode, portanto, explicar o número de queixas subjetivas de dispneia durante a gestação. (LEMOS et. al.,2011)

 Podem ocorrer ainda outras alterações, desde aumento da frequência respiratória e cansaço até situações mais severas, como insuficiência respiratória, tendo consequências graves. Com isso, além de grave risco à saúde da gestante, pode haver também danos ao feto. (SURITA et. al.,2014)

  1.  ETIOLOGIA DAS ALTERAÇOES RESPIRATÓRIAS NA GESTAÇÃO

O sistema respiratório desde o primeiro trimestre gestacional é influenciado por hormônios, como o estrogênio, a alfa-fetoproteína, o cortisol, a gonadotrofina coriônica humana (hCG) e a progesterona (ROCCO ZIN, 2009). As alterações fundamentais que acontecem no sistema respiratório durante a gestação são por conta de três fatores principais, o aumento do consumo de oxigênio, os efeitos da progesterona e o efeito mecânico do desenvolvimento do útero(ALMEIDA et. al.,2005).

  1. ALTERAÇOES HORMONAIS

Durante a gestação o estrogênio tem a papel de propiciar uma congestão capilar, uma hiperplasia e hipertrofia das glândulas mucosas (BENZECRY; OLIVEIRA; LEMGRUBER, 2001), uma retenção hídrica, uma hipersecreção de muco e um edema da mucosa superior em todo sistema respiratório. (ROCCO; ZIN, 2009).

A progesterona é o hormônio que mais influência no sistema respiratório durante a gravidez (BENZECRY; OLIVEIRA; LEMGRUBER, 2001). É um hormônio potente na estimulação do sistema respiratório (ROCCO; ZIN, 2009), porém não atua somente reforçando a ventilação, eleva o teor de anidrase carbônica B nos glóbulos vermelhos, com isso a transferência de dióxido de carbono (CO2) se torna mais fácil e a PCO2 diminui (ALMEIDA et al., 2005).

O hormônio cortisol é desprendido pela suprarrenal e no decorrer do dia vai aumentando até seu pico máximo até por volta das 16 horas e durante a noite os níveis diminuem, essa diminuição pode ocasionar dispneia, tosse e chiado nas gestantes (BENZECRY; OLIVEIRA; LEMGRUBER, 2001).

  1. ALTERAÇÕES DO UTERO

Devido ao crescimento uterino o tamanho do pulmão é reduzido no sentido cefalocaudal e parcialmente ocorre uma compensação do tórax, no que os diâmetros antero-posterior e latero-lateral aumentam e alarga o ângulo subcostal. Porém, ao término da gravidez é observado que o volume pulmonar é diminuido. Por tanto, a progesterona atua nos centros respiratórios para equilibrar a diminuição do volume pulmonar, com isso ocorre uma elevação na frequência do ritmo respiratório influenciando a dispneia (FERREIRA, 2011).

  1. ALTERAÇÕES DA VOZ

A voz rouca em algumas gestantes também é causada pela ação da progesterona, pois esta causa uma congestão da região supra glótica no que leva a alteração da voz. Devido sua ação dilatadora nos bronquíolos dos pulmões, as vias aéreas não são deprimidas por conta do crescimento do útero (ROCCO; ZIN, 2009).

  1. ALTERAÇÕES DOS VOLUMES PULMONARES

A PEmáx, sofre uma redução entre o quinto e o nono mês de gravidez, e é mais ressaltante no decúbito supino, podendo estar relacionada à condição de superdistensão da parede muscular abdominal, característica dos últimos meses de gravidez, e ao fato de que os valores da PImáx não sofrem diferenças significativas. (BARACHO, 2007). As alterações dos volumes pulmonares acontecem devido as alterações da caixa torácica e elevação da cúpula do diafragma (CHICAYBAN; DIAS, 2010)

O aumento no volume minuto causa uma modificação nos valores das pressões dos gases sanguíneos (BENZECRY; OLIVEIRA; LEMGRUBER, 2001), entretanto facilita as trocas respiratórias durante a gravidez, desta forma, a pressão de oxigênio (pO2) alveolar e a arterial estão igualmente elevadas. Essa hiperventilação fisiológica diminui a pressão do dióxido de carbono (pCO2), criando um maior gradiente do feto para a mãe (SOUZA, 2002).

  1. ALTERAÇOES RESPIRATÓRIAS

Durante o período gestacional a frequência respiratória não sofre uma alteração significante, apenas um acréscimo de 3 a 4 movimentos por minuto (LEOCADIO, 2007). Porém, ocorre um aumento da profundidade da respiração (BELLOLI, 2002) sem que aconteça uma taquipnéia (ALMEIDA et al., 2005).

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