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Mecanismos de Agressão e Defesa

Por:   •  17/11/2021  •  Dissertação  •  3.492 Palavras (14 Páginas)  •  403 Visualizações

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Mecanismos de Agressão e Defesa

Bactérias, Vírus, Fungos e Parasitas

Agentes patogênicos são organismos capazes de produzir infecção ou doenças infecciosas aos seus hospedeiros em condições favoráveis. Os exemplos mais comuns são: as bactérias, vírus, fungos e parasitas.

Bactérias: São seres procariontes, sem membrana nuclear, unicelular formada por uma única célula podendo ou não formar colônias, formadas por membrana plasmática, cápsula e camada mucosa, fimbrias e pili, flagelos, nucleoide, ribossomos, grânulos internos, vesículas gasosas e endósporos.

A parede celular e a membrana plasmática são responsáveis por manter a proteção e a forma celular. A capsula e a camada mucosa são estruturas que funcionam como reservatórios de agua e nutrientes e aumentam a capacidade de invasão de bactérias patogênicas.

Algumas bactérias possuem estrutura de locomoção, denominado de flagelos. E duas estruturas mais finas, uma relacionada com a fixação em superfícies conhecidas como fimbrias e outra relacionada com a fixação na hora da reprodução, para transferência de matéria genético, chamado de pili.

O nucleoide é uma região da célula onde se encontra maior quantidade de material genético. O DNA bacteriano é circular e encontra-se no citoplasma. Outra organela que, também está no citoplasma é o ribossomo que sintetiza as proteínas.

Os grânulos internos possuem várias funções, entre elas reserva de substâncias ou reservas energéticas. Os endósporos são estruturas de resistências formada por bactérias especificas quando a situações desfavoráveis no ambiente. As vesículas gasosas são membranas constituídas por proteínas permeáveis apenas a gases, permitindo que as bactérias fluem em grandes corpos de água. As bactérias se reproduzem assexuadamente por fissão binaria, ou seja, ocorre a divisão de uma célula mãe em duas células filhas iguais, se desenvolve de forma logarítmica, portanto a cada hora dobra a população de bactérias. Ao crescerem em meio de cultura contendo um meio sólido com nutrientes, as bactérias de uma mesma população podem crescer ao ponto de formarem estruturas macroscópicas, chamadas colônias

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Microscopicamente a observação de morfologia é importante, pois auxilia na classificação das bactérias, podendo se apresentar de diferentes formas, como: os cocos que são formatos esféricos, bacilos que é um formato de bastonete, espirilos que é um formato espiralado, vibriões que é um formato de virgula e os arranjos que são os diplos, estafilos, estrepto.

Existe um tipo de coloração conhecido como gram que é importante para classificar entre positivo e negativo.

Virulência é o mecanismo que o microrganismo utiliza para facilitar o processo de infecção e favorecer o seu estabelecimento. As bactérias possuem fator de virulência como: adesinas para facilitar a lesão ao tecido, biofilmes que fazem proteção mecânica da bactéria, produção de toxinas que levam a efeitos sistêmicos. Além disso as bactérias podem fazer intercambio de material genético, entre elas mesmas, pode ter transferência de genes que codificam resistência a antibióticos ou fatores de virulência. Essa transferência pode ser mediada por bacteriófagos, que é denominado de transdução, por aquisição de um DNA que está no ambiente denominado de transformação ou pode ser a transferência direta de material genético denominado conjugação.

Vírus: são parasitas intracelulares obrigatórios submicroscopicos que dependem de uma célula viva para sua replicação, utilizam a maquinaria da célula para se reproduzir e são os menores agentes infecciosos que existem, sendo visíveis apenas com microscopia eletrônica.

Os vírus possuem uma estrutura mais simples: um acido nucleico (DNA ou RNA), envolto por uma capa proteica, chamada capsídeo, e alguns possuem envoltório lipoproteico, chamado envelope.

Os vírus são classificados de acordo com o tipo de matéria genético (DNA ou RNA, fita dupla ou fita simples, linear ou circular, segmentado ou não segmentado).

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A forma e a simetria do capsídeo pode ser icosahédrica, hecoidal complexa e a presença de envelope.

Para se reproduzir, os vírus precisam entrar em uma célula, a primeira fase é chamada de adsorção que é o primeiro contato da célula com o vírus. Os vírus se ligam aos receptores das células, essa ligação gera sinais de que permite a entrada do vírus, denominado de penetração. A próxima etapa é a liberação do material genético que será captado pela maquinaria da célula e será replicado e ocorrera a produção de proteínas estruturais que são os capsídeos, os dois se incorporam formando novos vírus e são liberados por lise celular (é quando a célula se estoura) ou por brotamento, além da reprodução, alguns genes podem ser capazes de produzir moléculas que funcionam como fatores de virulência, como por exemplo: oncogênese que atuam nas proteínas supressoras de tumores como P53 e a proteína do retino blastoma, chamada PRB.

Fungos: Durante muito tempo os fungos foram classificados como plantas devido a semelhanças morfológicas, porém com o avanço do estudo taxonômico foi observado uma maior proximidade filogenética dos fungos com os animais e portanto eles foram reclassificados como reino fungin.

Os fungos são seres eucariotos ubíquos, podendo ser encontrados dispersos pelo solo, agua e ar, suas células constituem em citoplasma contendo núcleo organizado e organelas diversas como mitocôndrias, complexo de golgi, ribossomos, vesículas, envoltos por membrana citoplasmática constituída por ergosterol.

A célula fúngica possui uma camada mais externa, chamada parede celular. Por ser a porção da célula mais exposta ao meio externo, a parede celular tem diversas implicâncias como alvos farmacológicos e na interação com a resposta imune do hospedeiro, sendo estudadas no desenvolvimento de métodos diagnósticos e imunoprofilaxias. Além disso, alguns fungos podem produzir o pigmento melanina, a capsula de mucopolissacarideos ou biofilmes que associam a paredes celular e conferem maior proteção das células frente a diversidades ambientais e o sistema imunológico do hospedeiro.

Os fungos podem se apresentar na forma filamentosa, micelial ou leveduriforme.

A forma filamentosa é pluricelular e constituem por células tubulares chamas hifas que podem ser classificadas em septadas quando são separadas por uma parede ou septo ou cenocíticas quando a hifa é continua, sem divisões entre as células. Podem apresentar pigmentação. O conjunto de hifas formam micélios que confere uma maior expansão do fungo no meio e pode ser classificada em vegetativa que atua na fixação, sustentação e nutrição do fungo e em reprodutivo onde hifas se fragmentam e formam novas hifas ou são produzidos os esporos que são estruturas responsáveis pela formação de novas células fúngicas. O micélio forma no meio de cultura, colônias  de aspecto aveludado, algodonoso e pulverulento. A forma leveduriforme e unicelular, onde temos células arredondadas, ovais que desempenham tanto a função vegetativa quanto a função reprodutiva. Pode se dividir por cissiparidade onde a célula se divide ao meio ou por gemulação onde ocorre a formação de brotamento únicos ou múltiplos a partir de célula mae. Alguns brotamentos podem se alongar e formar uma estrutura tubular chamado de pseudo-hifa.

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