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A FISIOLOGIA CORAÇÃO

Por:   •  15/2/2016  •  Seminário  •  1.681 Palavras (7 Páginas)  •  639 Visualizações

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  1. Anatomia e Fisiologia do Coração

O funcionamento do organismo humano encontra-se intimamente ligado ao coração, órgão central da circulação sanguínea, que desempenha uma função fundamental para a manutenção da vida, que corresponde a uma bomba injetora de sangue arterial oxigenado para todos os órgãos do corpo.

Dângelo e Fattini (2005) definem o coração como um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora que lança o sangue para a circulação sistêmica e pulmonar, recebendo-o de volta por intermédio das veias cavas, do serio coronariano e das veias pulmonares.

Na definição de Erdmann et al. (2008) trata-se de uma estrutura muscular oca, localizada exatamente na região precordial sobre o diafragma, cuja função se resume em nutrir os tecidos e oxigená-los, ao mesmo tempo em que extrai o dióxido de carbono e produtos do metabolismo orgânico.

Anatomicamente, o coração localiza-se na cavidade torácica ou mediastino (entre os dois pulmões), e possui aproximadamente dois terços de sua massa à esquerda da linha média do corpo. A sua base compreende duas câmaras superiores chamadas átrios, onde apresentam-se vasos sanguíneos que saem dessa base e são os principais dessa região (NETTER, 2008).

Tortora e Grabowski (2006) elucidam que o ápice do coração forma-se pela extremidade do ventrículo esquerdo, que corresponde a uma das câmaras inferiores, e se acomoda no diafragma. O pericárdio constitui uma membrana que envolve o coração e que o mantém no lugar, sendo dividido em pericárdio venoso e pericárdio fibroso. Este último limita o movimento excessivo do coração, protegendo e prendendo-o na cavidade torácica. Trata-se de um tecido conjuntivo denso não modelado, que forma uma camada dupla ao redor do coração, o pericárdio seroso, que se localiza internamente, que corresponde a uma película fina e frágil.

Portanto, o coração pode ser definido como um órgão oco, situado no mediastino, entre os dois pulmões e que contrai-se ritmicamente. Sua constituição se dá pelo conjunto de três túnicas, sendo elas, de fora para dentro, o pericárdio, o miocárdio e o endocárdio. O miocárdio forma o coração propriamente constituindo a maior massa e responsável pela contração de suas câmaras, sendo revestido externamente por uma fina membrana, o epicárdio, e interiormente por uma outra membrana delgada, o endocárdio. O conjunto destas três túnicas fica protegido dentro de um saco fibroso, denominado pericárdio parietal (TORTORA; GRABOWSKI, 2006).

Figura 1 – Anatomia do coração (SINGI, 2007). [pic 1]

A Figura 1 evidencia que internamente, o coração é dividido em quatro câmaras: duas superiores –  átrios direito e esquerdo – e duas inferiores – ventrículos direito e esquerdo. Os átrios se contraem e se esvaziam simultaneamente para o interior dos ventrículos, que também se contraem conjuntamente (ERDMANN et al., 2008). As paredes dos átrios são reforçadas pelos músculos pectíneos em forma de treliça. A contração destes músculos cardíacos modificados lança o sangue dos átrios para os ventrículos. Cada átrio tem um apêndice expandido chamado aurícula. Os átrios estão separados um do outro por um fino septo interatrial muscular; os ventrículos estão separados um do outro pelo espesso septo interventricular muscular. Situadas respectivamente, nas paredes da artéria aorta e da artéria pulmonar, existem as válvulas sigmóide aórtica e sigmóide pulmonar, sendo também chamadas válvulas semilunares devido seu formato de meia-lua. Elas permitem, quando se abrem, a passagem do sangue do ventrículo esquerdo para a artéria aorta e do ventrículo direito para artéria  pulmonar e, quando se fecham, impedem o retorno do sangue para os ventrículos quando estes se relaxam (DÂNGELO; FATTINI, 2005).

A passagem do sangue dos átrios para os ventrículos se faz por meio da abertura das válvulas cardíacas, chamadas de válvulas atrioventriculares. O fechamento destas válvulas não possibilita o retorno do sangue para as cavidades de origem. Tais válvulas são a mitral ou biscúpide e a tricúspide. A primeira localiza-se no septo atrioventricular esquerdo, possuindo duas cúspides, e a segunda localiza-se no septo atrioventricular direito, sendo constituída por três cúspides. Protuindo internamente do miocárdio, existem os músculos papilares, que se ligam às cúspides valvulares por meio das cordoalhas tendinosas. Tais músculos possuem como função básica impedir a projeão das válvulas atrioventriculares para o interior dos átrios durante a contração dos ventrículos. Havendo ruptura das cordoalhas tendinosas ou paralisação dos músculos papilares, as válvulas se projetam para trás, ocorrendo refluxo de sangue para os átrios, caracterizando assim grave insuficiência cardíaca (SINGI, 2007).

[pic 2][pic 3]

Figura 2 – Vista posterior coração (NETTER, 2008).

É importante notar que o funcionamento das válvulas cardíacas acontece de modo passivo, o que significa que encontra-se dependente de variações de pressão no interior das cavidades do coração. Desse modo, as atrioventriculares se abrem quando a pressão interior dos átrios é maior do que a dor ventrículos e fecham-se quando a pressão no interior dos ventrículos é maior do que a dos átrios. As semilunares se abredm quando a pressão on interior dos ventrículos é maior do que a das artérias aorta e pulmonar e fecham-se quando a pressão nestas duas artérias é maior do que a pressão nos ventrículos.

O miocárdio encontra-se irrigado por duas artérias coronárias, a esquerda e a direita (NETTER, 2008). A esquerda se divide em dois grandes ramos: a artéria descendente anterior esquerda, que dá origem às artérias diagonais e septais, e a artéria circunflexa esquerda, da qual se originam os ramos marginais. Estas artérias percorrem a superfície externa dos ventrículos e dão origem a numerosos ramos, os quais se dividem por toda a extensão do coração, com o objetivo de levar sangue oxigenado ao mesmo, para que este tenha energia suficiente para desempenhar seu papel de “bomba” (ERDMANN et al., 2008).

Note-se que a nutrição dos tecidos cardíacos é feita pela artéria coronária. A passagem do sangue dos átrios para os ventrículos se faz por meio da abertura das válvulas, que impedem o retorno do sangue para as cavidades de origem. No caso de ruptura das cordoalhas tendinosas ou paralisação dos músculos papilares, as válvulas se projetam para trás, ocorrendo refluxo de sangue para os átrios, condição esta que provoca grave insuficiência cardíaca (GUYTON; HALL, 2007).

Tortora e Grabowski (2006) relatam que o átrio direito recepciona o sangue venoso por intermédio de três veias, que retorna o sangue ao coração. Das partes superiores ao coração a veia cava superior traz o sangue, das partes inferiores ao coração a veia cava inferior traz o sangue, e escoando o sangue dos vasos que regam a parede do coração, o seio coronário. Então o átrio direito manda o sangue venoso ao ventrículo direito, que o comprime para o tronco pulmonar. Dividindo-se a artéria pulmonar esquerda e direita, cada uma guia o sangue aos respectivos pulmões. Chegando aos pulmões o dióxido de carbono é trocado por oxigênio, que retorna ao coração pelo átrio esquerdo através de quatro veias pulmonares e sendo bombeado pelo ventrículo esquerdo para a área ascendente da aorta, daí para todo organismo.

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